This dissertation has the task of highlighting the role of Nietzsche.s life experience in view of his philosophical and psychological production. Giving importance on how the philosopher understood himself, in his book Ecce Homo, in the Fragmentos Postumos and in his correspondence, and taking an interest in his |Clinica Moral| as a foundation for moral criticism, the present research aims at to demonstrate what Nietzsche´s philosophy owes to the meeting of his life.s experience and, especially, the disease. One sought to show that the philosopher, buy imputing his | moral psychology| to his illness, relating as well, like no other philosopher life and work, states that the illness is the nexus between one and another, being thus able to unfold the theme of Nietzsche.s health and disease to health and disease in Nietzsche and, more, psychology in Nietzsche to Nietzsche.s psychology . It is evident, therefore, that the first impulse and inspiration for Nietzsche´s philosophy arose from the need to take care of his own health, transforming all his work in medical records, a therapy that he himself used. Understanding the clinic as a space where one seeks healing, as a technique for restoring balance to the body and considering the body as the essence of nature (physis) that exists, one can take the philosophy of Nietzsche as engendering a new therapy: technique for the maintenance of the great health, departing from a new moral proposal, the moral of overcoming oneself. Esta dissertação tem a tarefa de evidenciar o papel da experiência de vida de Nietzsche diante de sua produção filosófica e psicológica. Dando importância como o filósofo se autoentendeu, em seu livro Ecce Homo, nos Fragmentos póstumos e em sua correspondência, e interessando-se por sua Clínica Moral , enquanto fundamento da crítica à moral, a presente pesquisa tem por objetivo demonstrar o que a Filosofia de Nietzsche deve ao seu encontro com a sua vivência e, sobretudo, a doença. Procurou-se mostrar que o filósofo, ao atribuir sua psicologia moral à sua doença, relacionando, assim, como nenhum outro filósofo, vida e obra, explicita que a enfermidade é o nexo entre uma e outra, podendo-se, dessa forma, desdobrar o tema em saúde e doença de Nietzsche para saúde e doença em Nietzsche e, mais, a psicologia em Nietzsche para psicologia de Nietzsche. Evidencia-se, assim, que o primeiro impulso e inspiração para o filosofar nietzschiano surgiu da necessidade de cuidar da própria saúde, transformando toda a sua obra em prontuário médico, uma terapia que ele próprio usou. Entendendo a clínica, espaço onde se procura a cura, como técnica de restaurar o equilíbrio do corpo e considerando o corpo como a essência da natureza (physis) existente, pode-se tomar a filosofia de Nietzsche como o engendramento de uma nova terapia: técnica de manutenção da grande saúde, a partir de uma nova proposta moral; a moral da superação de si.