INTRODUÇÃO: Os enfermeiros exercem a sua atividade num ambiente de trabalho fértil em fatores que favorecem o aumento dos níveis de stresse no trabalho. Estes afetam o trabalhador e as organizações, podendo a resiliência ser um fator protetor. OBJETIVO: Conhecer os níveis de Resiliência e Burnout de enfermeiros, sua variação em função de caracteristicas sociodemográficas e profissionais e a relação entre ambos, no sentido de verificar se a Resiliência pode ajudar na promoção da saúde mental e ocupacional dos enfermeiros. METODOLOGIA: Questionário de Caracterização Sociodemográfica e Profissional, Escala de Resiliência e Maslach Burnout Inventory (HSS). Participaram de forma anónima e voluntária 200 enfermeiros de hospitais públicos da área metropolitana do Porto, sendo 70% do sexo feminino, com idades entre 25 e 57 anos (M=33,8 anos), 43% casados ou em união de facto, 36% com filhos, 82% com licenciatura, 76% com vinculo definitivo, 80% trabalha em turno rotativo, média 10,6 anos de experiência na profissão e média de 6,6 anos de tempo na instituição. RESULTADOS: Encontraram-se niveis de moderada exaustão emocional, baixos valores de despersonalização e elevados valores de realização pessoal e de Resiliência. Existem correlações negativas entre exaustão emocional e resiliência, e correlações positivas entre realização pessoal e resiliência. A análise comparativa evidenciou o turno com diferenças significativas na despersonalização, tendo valores mais elevados nos trabalhadores de turno rotativo. A resiliencia explica negativamente 8% da exaustão emocional e positivamente 26% da realização pessoal, surgindo apenas 5% da amostra com Burnout elevado e 12% com resiliência reduzida. CONCLUSÃO: A resiliência pode ajudar a reduzir a vulnerabilidade dos enfermeiros ao Burnout, pois elevada resiliência está relacionada com menos stress, protegendo do Burnout.Os resultados alertam para a prevenção do Burnout, nomeadamente no que se refere aos turnos, pois estes comprometem o comportamento resiliente e aumentam a vulnerabilidade ao Burnout. INTRODUCTION: Nurses work in stressful contexts, which affect them and the organizations. However, resilience can be a protective factor. AIM: To know Resilience and Burnout levels among nurses, their variation according sociodemographic and professional characteristics, and the relationship between these variables, in order to verify if resilience can help to promote nurses’ mental and occupational health. METHODS: Questionnaire about sociodemographic and professional data, Resilience Scale and Maslach Burnout Inventory (HSS). Participated anonymously and voluntary 200 nurses of public hospitals from the metropolitan area of Oporto, being 70% female, 82% graduated, 76% with a definitive contract, 80% working in rotating shift. They have an average of 10.6 years of professional experience, and 6.6 years of time at the current institution. RESULTS: We found moderate levels of emotional exhaustion, low values of depersonalization and high values of personal achievement and resilience. There are negative correlations between emotional exhaustion and resilience, and positive correlations between personal achievement and resilience. Comparative analysis showed that only work shifts present significant differences in depersonalization, with higher values among nurses with rotated work shifts. Resilience explains negatively 8% of emotional exhaustion and positively 26% of personal achievement. Only 5% of the participants present high Burnout levels and only 12% present reduced resilience levels. CONCLUSION: Resilience can help to reduce the nurses’ vulnerability to Burnout, since high resilience is related with less stress, protecting from Burnout. Results alerts for Burnout prevention, particularly related with work shifts. INTRODUCCIÓN: Los enfermeros trabajan en contextos estresantes, lo que los afecta a eles y a las organizaciones. La Resiliencia puede ser un factor protector. OBJETIVO: Conocer los niveles de resiliencia y de agotamiento profesional (Burnout) de los enfermeros, su variación en función de las características sociodemográficas e profesionales y la relación entre ellos, para verificar si la resiliencia ayuda en la promoción de la salud mental y laboral de los enfermeros. METODOLOGÍA: Cuestionario de caracterización demográfica y profesional, Escala de Resiliencia y Maslach Burnout Inventory (HSS). Participaron de forma anónima y voluntaria, 200 enfermeros de hospitales públicos de Porto: 70% mujeres, con edad entre 25-57 años (M=33,8 años), 43% casadas/con pareja, 36% con niños, 82% con grado, 76% con contrato laboral definitivo, 80% con cambio de horas laborales. Tenían 10,6 años de experiencia en la profesión y 6,6 años en la institución. RESULTADOS: Fueran encontrados niveles moderados de agotamiento emocional, bajos valores de despersonalización y altos valores de realización personal y resiliencia. Hay correlaciones negativas entre agotamiento emocional y resiliencia, correlaciones positivas entre realización personal y resiliencia. El análisis comparativo demostró que los cambios laborales de hora afectan la despersonalización, con valores superiores en los trabajadores que cambian las horas. La resiliencia explica negativamente 8% de agotamiento emocional y positivamente 26% de realización personal. Solamente 5% de los participantes presentan Burnout elevado y 12% tienen resiliencia reducida. CONCLUSIÓN: La resiliencia puede ayudar a reducir la vulnerabilidad de los enfermeros a lo agotamiento profesional, porque una elevada resiliencia se relaciona con menos tensión, protegiendo de lo agotamiento profesional. Los resultados advierten para la prevención de agotamiento profesional, sobretodo relacionado con los horarios laborales.