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Apresentam-se, para o grande público, os dados mais salientes do epitáfio da eborense Júlia Quintila, encontrado em Beja. O monumento fora estudado, do ponto de vista epigráfico, em IRCP 295.

Procura mostrar-se, em poucas palavras, como, através da actividade arqueológica e das descobertas que proporciona, se pode ir mais além, ao encontro do Homem.

Foi possível relacionar agora o fragmento romano epigrafado patente no Museu de Beja e que se estudara em IRCP 292 com a informação colhida num jornal de 1879 e de que se dera conhecimento no Ficheiro Epigráfico 29 1988 nº 131 (http://hdl.handle.net/10316/26278). O fragmento identificado nos finais do século XIX ter-se-á cindido em dois, de que parte se perdeu e só a metade superior recolheu ao museu. Apresenta-se aqui, pela primeira vez e para o grande público, a proposta de reconstituição da placa monumental na sua totalidade, num trabalho notável do Dr. José Luís Madeira!

Reúne este volume da revista os textos das comunicações apresentadas às IV Jornadas da Arqueologia do Norte Alentejano, realizadas, a 25 e 26 de Março de 2022, em Castelo de Vide, numa organização do Departamento de História da Universidade de Évora, sob orientação da sua directora, Doutora Leonor Rocha. A comunicação a que este texto se refere foi proferida no dia 25, no Centro de Arte e Cultura da Fundação Nossa Senhora da Esperança, no âmbito do tema geral «Historiografia da Arqueologia, memória, território e comunidades», coordenado pela Doutora Ana Cristina Martins. Procura traçar-se uma panorâmica das principais características do que foi a vivência romana em terras do actual Nordeste alentejano. Dá-se particular atenção às povoações com notáveis vestígios dessa época: Ponte de Sor, Alter do Chão, Ammaia, Elvas e Monforte.

É número da série "História" da revista National Geographic. Ainda que editada em Espanha, tem versão em língua portuguesa. Este número foi monográfico, inteiramente dedicado à «Lusitânia Romana Fronteira do Mundo Antigo». Foi o imperador Augusto um político hábil, que – em relação à Lusitânia – soube adoptar uma estratégia deveras conciliadora: ratificou os limites das entidades populacionais indígenas, manteve os cultos dos povos nativos e, paulatinamente, foi deixando que os povos também lhe prestassem culto, qual incarnação divina. A religião servia magnificamente os intuitos políticos de submissão.

Descrevem-se e situam-se três colunas que, pelas suas características e localização, poderão ter sido, embora anepígrafas, marcos de um itinerário romano.

Este volume duplo (71-72), datado de 2019-2020, foi apresentado a 30 de Junho de 2022. Estuda-se uma ara romana encontrada em Lisboa e que integra, desde 2020, o espólio lapidar do Museu Arqueológico do Carmo. Datável do século II da nossa era, apresenta um texto fora do comum, porquanto o dedicante homenageia a mãe, que provavelmente morreu de parto ou quando ele era de mui tenra idade, dado que dela não se lembra nem nunca lhe pediu alimento (quem nec meminit nec pane postulavit).

Retomam-se - para o grande público - as informações colhidas na inscrição nº 306 do livro «Inscrições Romanas do Conventus Pacensis» [IRCP], para mostrar como, a partir delas, é susceptível de se analisarem aspectos da vida conjugal.

Dá-se a conhecer o fragmento de um terminus augustalis, cuja reconstituição completa se propõe. Ignoram-se, por enquanto, os povos que delimitaria, mas relaciona-se com outros dois, identificados nas proximidades e que se incluem na política organizativa peninsular do imperador Cláudio. Data do ano 43.

Inscrição nº 807. Dá-se a conhecer um altar romano dedicado a I. O. M. (Júpiter Óptimo Máximo), identificado por ocasião das obras de restauro da igreja de A-dos-Francos, no concelho português de Caldas da Rainha.

Retoma-se, para o grande público, a inscrição IRCP 351, a salientar pormenores carinhosos desse epitáfio mandado lavrar para um menino escravo de apenas três anos de idade.

Fragmento de um epitáfio romano, em que a mãe, Sentia Avita, recorda um filho, cujo nome desapareceu na fractura.

Explicita-se o contexto arqueológico em que se encontrou uma ara romana. Manifesta-se o interesse que há em melhor explorar os vestígios antigos aí existentes. Apesar de o seu campo epigráfico estar bastante deteriorado pelas intempéries, propõe-se uma leitura que dá a conhecer mais um testemunho do culto à divindade indígena Arentius, sendo dedicante um indígena de onomástica tipicamente lusitana.

Prossegue-se no intuito de mostrar como a análise cuidada de uma epígrafe romana pode fornecer informações válidas do ponto de vista da vivência cultural nessa época. Se um texto escrito se destinava, então, ao público seu contemporâneo, um texto gravado visava o presente e o futuro. Utiliza-se o exemplo de uma epígrafe já conhecida, da Lusitânia, para mostrar a evidência do que se pretende demonstrar.

Faz-se uma síntese das revelações proporcionadas pelos monumentos epigráficos para o conhecimento do que foi, no tempo dos Romanos, o território hoje ocupado pelo município de Moura. Discute-se se teria pertencido à Bética ou à Lusitânia e chama-se a atenção para a importância histórica do achado recente de uma epígrafe em que está presente a fórmula "in honorem domus divinae". Câmara Municipal de Moura

Revisita-se uma inscrição romana de Beja (IRCP 240), o hermes dedicado pelos publici liberti a um cidadão, D. Iulius Saturninus. Mostra-se a importância que tem a existência de um hermes no conjunto da epigrafia da colónia de Pax Iulia, na medida em há mais um e, exceptuando os 5 testemunhos da capital, Mérida, mais nenhuma cidade lusitana apresenta este tipo de monumento epigráfico fora do comum. É, porém, texto para o grande público, no sentido de salientar o contributo da Epigrafia para a História.

Revisita-se a inscrição IRCP 4, com o objetivo de se enquadrar esta homenagem a Aureliano no âmbito da política geral e local na 2ª metade do século III. O propósito de se exprimir, desta forma, fidelidade ao poder central, a fim de também se obterem benesses no âmbito económico, parece ter sido, de facto, a intenção primordial dos magistrados ossonobenses. The inscription IRCP 4, solemn dedication to the emperor Aurelianus, is, in fact, an evident demonstration of the local fidelity to the Roman central government. It reveals – no doubt – the common symbiosis religion/politic, but, here, in this strategic maritime civitas, the economic raisons are also, certainly, most important.

Retoma-se o estudo de uma epígrafe romana de Beja (Pax Iulia), porque, embora já conhecida (CIL II 46, IRCP 231), merece reflexão o seu significado, ao documentar a forma como a Mulher se evidencia na vida pública, uma vez que, neste caso, com o pretexto de honrar Serápis Panteu, o que pretende evocar é a memória do filho.

Dá-se notícia de quatro fragmentos de finas placas romanas de mármore com grafitos, sem que seja possível sugerir qualquer reconstituição.

Publica-se uma ara funerária romana, onde vem o epitáfio de Januária, de 35 anos, mandado lavrar por seu filho Eugânime, o qual não a conheceu nem foi por ela alimentado. Esta terminologia é deveras inusitada e leva-nos a crer que a mãe possa ter morrido de parto.

É a inscrição nº 762. Dá-se a conhecer o fragmento de uma inscrição romana monumental, que encimaria um edifício feito in honorem domus divinae. Realça-se o carácter singular desta epígrafe no panorama do corpus epigráfico da Hispânia romana.

Mostra-se a pertinência que detém a apresentação de argumentos a favor da tese que proclama ser o rio Guadiana o limite definido ao tempo dos Romanos para separar administrativamente a província da Lusitânia da província romana da Bética. Discutem-se esses argumentos.

Prossegue-se no intuito de mostrar como a análise cuidada de uma epígrafe romana pode fornecer informações válidas do ponto de vista da vivência cultural nessa época. Se um texto escrito se destinava, então, ao público seu contemporâneos, um texto gravado visava o presente e o futuro. Utiliza-se o exemplo de uma epígrafe já conhecida, da Lusitânia, para mostrar a evidência do que se pretende demonstrar. The study of a Roman epigraph can give us a very real image of the Roman life. In fact, the Roman literary texts show us a daily existence presented to the people of this time; a Roman epigraph was made to the present, we know, but, specially, to the future. An example is done to explain that.

Prossegue-se no intuito de mostrar como a análise cuidada de uma epígrafe romana pode fornecer informações válidas do ponto de vista da vivência cultural nessa época. Se um texto escrito se destinava, então, ao público seu contemporâneo, um texto gravado visava o presente e o futuro. Utiliza-se o exemplo de uma epígrafe já conhecida, da Lusitânia, para mostrar a evidência do que se pretende demonstrar. No caso, porém, desta árula romana do Poço de Barnabé, há dois aspectos sedutores: o significado a atribuir à decoração e a tentativa de descobrir que teónimo se esconde sob a sigla com que, na epígrafe, vem identificado. Um desafio para o epigrafista.

«Ficheiro Epigráfico» é um suplemento de «Conimbriga», revista do Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Dá-se a conhecer uma novo altar dedicado a uma divindade pré-romana já conhecida na Lusitânia: Cosus. Há, porém, três novidades a assinalar: a primeira presença clara do antropónimo Madurus, a apresentar-se como exclusivo da Lusitânia; uma nova forma de dativo do teónimo indígena Cosus; e um epíteto sem paralelo até ao momento: Erulancus.

«Ficheiro Epigráfico» é um suplemento de «Conimbriga», revista do Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, destinado a dar a conhecer inscrições antigas inéditas. Dão-se a conhecer três colunas anepígrafas, que, pelo seu contexto arqueológico e morfologia, poderão ter sido utilizadas no tempo dos Romanos - com ou, mais provavelmente, sem inscrição - para assinalar uma via.

Não se concebe uma cidade sem inscrições. Desde os tempos sumérios até à actualidade, exerce o monumento epigráfico um fascínio inigualável. Há, pois, toda uma paisagem epigráfica de que comungam as gentes e de que se servem indivíduos e entidades para fazerem passar a sua mensagem. Assim, numa peça de teatro: há sempre uma mensagem a transmitir nas peças que aí se representam; mas também nas inscrições que envolvem todo o cenário. Fazemos, pois, brevíssima viagem pelas epígrafes dessa Lisboa romana, detendo-nos aqui e além, para terminarmos, como se impunha, no teatro, cuja paisagem epigráfica ali está a enquadrar a cena, os actores… tal como as faixas publicitárias móveis dos estádios de futebol modernos!... Vêem-se e ouvem-se os actores, sim, mas os letreiros permanecem lá, eloquentes à sua maneira, impávidos e serenos. Falamos da promoção que o augustal perpétuo C. Heius Primus e toda a sua família assim lograram obter. A datação precisa da epígrafe que mandou gravar constitui mais um sintoma (a juntar a outros) de uma ligação estreita de Olisipo com a capital do Império. E, finalmente, confirmamos que a imagem que das epígrafes se desprende é a de elevada cultura geral e epigráfica, manifestada quer na onomástica dos olisiponenses, quer na tipologia de fino recorte clássico da quase totalidade dos monumentos que chegaram até nós, quer nos formulários adoptados. Detivemo-nos propositadamente no teatro, pois não haveria, de facto, melhor ambiente para uma conclusão: a epígrafe põe em cena personagens, emoções, histórias, políticas – tal como o teatro!... Abstract It is inconceivable to think of a city with no inscriptions. From Sumerian times until the present day, epigraphic monuments have exercised an unparalleled fascination. There is, therefore, an epigraphic landscape that is shared amongst peoples and which both individuals and entities have used as a vehicle for transmitting their message. Just as in a theatre: a message is always conveyed in the staged plays; but also by the inscriptions placed around the entire setting. We will, therefore, make a brief tour of the epigraphy of this Roman Lisbon, stopping here and there, and ending, as it should be, at the theatre, whose epigraphic landscape provides a setting for the scene, actors… just like led advertising in modern football stadiums!... Surely, actors can be seen and heard, but these advertising signposts simply remain there, eloquent in their own way, impassive and serene. We discuss the promotion obtained by the augustalis perpetuus C. Heius Primus and his entire family. The exact dating of the inscription that he ordered is yet another piece of evidence of the existence of a strong connection between Olisipo and the capital of the Roman Empire. Finally, we confirm that a high level of general and epigraphic culture can be inferred from the epigraphy, as displayed by the names of the inhabitants of Olisipo, either in the fine classical style of almost all the monuments that have survived to date or the formulae adopted. We have stopped at the theatre on purpose, as this is the ideal setting for an ending: inscriptions bring to life characters, emotions, histories and policies – just like the theatre!...

Procura explicitar-se quais as razões por que um descendente de colonos itálicos de Olisipo resolveu, no século I da nossa era, mandar esculpir um altar epigrafado a uma divindade indígena, cujo nome ainda não fora encontrado: Triborunnis!

Ficheiro Epigráfico é um suplemento da revista «Conimbriga». Dá-se a conhecer um ladrilho romano com grafito numérico, interpretável como indicativo do número de ladrilhos contados até aí. O facto de o número terminar em I - CLI - em vez do mais normal CL incitou os autores a sugerirem uma relacionação com esse costume no Norte de África.

Estudam-se quatro grafitos de Alcácer do Sal (a romana Salacia), em peças de «terra sigillata», datáveis dos séculos I e II da nossa era. Apesar de ser um lote demasiadamente exíguo para se lavrarem conclusões de índole geral, há três questões que levanta: a) Três siglas seguidas deverão ser consideradas sempre como indicativas de tria nomina? b) Que significado atribuir ao facto de coexistirem numa peça a marca do oleiro e um grafito? c) Poderá ser Nilius o diminutivo de Manilius?

Mediante a utilização de filtros, logrou-se obter melhor visualização da superfície epigrafada de uma estela funerária romana, conhecida desde o século XVII, encastrada na fachada da igreja de S. Domingos (concelho de Moimenta da Beira, Portugal). Tecem-se, pois, as habituais considerações acerca dos antropónimos latinos e pré-romanos aí documentados, nomeadamente Sailcius e Laucus, nada frequentes até ao momento.

Estuda-se, do ponto de vista epigráfico, a inscrição romana identificada numa casa particular, em Ariz, concelho de Moimenta da Beira. É território que ficava no conventus Scallabitanus da província romana da Lusitânia.

Editou o volume Trinidad Nogales Basarrate. São as actas da IX Mesa Redonda Internacional de Lusitânia, realizada em Madrid, no Museo Arqueológico Nacional, a 29 e 30 de Setembro de 2016. O volume é dedicado a Jean-Gérard Gorges, que foi o iniciador, em Bordéus, desta série de mesas-redondas. Many analyses were proposed about religion and really concretized in this quarter of century, from the first round-table about Roman Lusitania, in 1978 at Bordeaux, to our days. Original ideas were presented and also – perhaps it this the most important factor of the knowledge’s renewal – more divinities’ names were known. In this paper we try to show those enormous advancements about the so named classic divinities, oriental and indigenous divinities. We think that the geographic distribution of the cults had not changed: the classic divinities and the oriental divinities (strongly attached to the economic interests of their ‘brothers’) were obviously more present in the cities, and the indigenous divinities had the rural people’s preferences. Nevertheless, four important epigraphic monuments were recently discovered. Their texts gave us the opportunity to know better how the pre-roman peoples were organized and what was, in reality, his religious mentality in comparison with the urban cults, where the politic influences are more evident.

Estuda-se uma placa funerária da Lusitânia romana, em que os defuntos são, verosimilmente, o pai e duas filhas de mui tenra idade, com onomástica latina, usada, porém, à maneira indígena. De realçar o facto de quem mandou exarar o epitáfio (possivelmente a mãe) ter solicitado ao 'ordinator' que deixasse espaço para aí também se gravar, depois, o seu nome.

'Cyberjornal' era um jornal digital, editado em Cascais, cuja publicação cessou recentemente. Como se assinala no final do texto, houve transcrição da nota de reportagem no blogue do autor; pela novidade dos vestígios dados a conhecer, optou-se também por se incluir a nota no Estudo Geral. Nota de reportagem, ilustrada, em que se dá conta da relevante importância dos vestígios arqueológicos romanos (e de épocas posteriores) que foram postos a descoberto aquando da abertura das fundações para a construção de um hotel em Lisboa. Por consenso entre as várias entidades intervenientes, parte significativa das estruturas foram devidamente enquadradas no projecto arquitectónico do hotel, que, também por isso, se baptizou de Eurostat Museum Hotel. De notar, por exemplo, a descoberta da mais antiga estela em escrita fenícia do Ocidente peninsular.

The territory of Ferreira do Alentejo is situated between Pax Iulia (Beja) and Salacia (Alcácer do Sal), in the Lusitanian conventus Pacensis. Is near also to the so-called «Sudoeste Alentejano», where prospered, in the Iron Age, a strange civilisation that had also an strange pre-roman language, already not deciphered today. In this paper, I try to demonstrate that this Ferreira do Alentejo’s territory at the Roman period, with various villae not yet excavated and with singular epigraphic monuments, was surely in one eminent cross-way: at west, the mineral exploration and a traditional lifestyle; at east, the urban life of Pax Iulia. The few epigraphic monuments conserved have, in this moment, a very difficult lecture and interpretation, but their decoration let us remember some pre-roman decoration. In other hand, in the epigraphic texts one nomen is very present: Mummius. I think that was one of the more important families in the region at the Roman period.

Ficheiro Epigráfico é um suplemento da revista Conimbriga, editada pelo Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, criado em 1982 para dar a conhecer rapidamente os monumentos epigrafados romanos identificados na Península Ibérica. Dá-se a conhecer um epitáfio romano achado em reutilização, que apresenta como singularidade - ainda que seja essa uma característica dos monumentos epigráficos romanos da região - o facto de apresentar antropónimos etimologicamente latinos (Laurus, Rufus, Primula e Varus), usados à maneira indígena, a denotar a fácil apropriação, logo no início do contacto com os Romanos, dos nomes próprios eminentemente relacionáveis com características concretas dos indivíduos assim identificados.

Volta a estudar-se, do ponto de vista epigráfico, a ara romana, que fora encontrada, em reaproveitamento, na parede norte da igreja da Vila Velha de Mourão (distrito de Évora, Conventus Pacensis). A novidade prende-se com a nova interpretação dada à 1ª linha da epígrafe: D(iis) D(eabus) O(mnibus) S(acrum).

O volume tem o nº 58 na Colecção Instrumenta, dirigida pelo Professor José Remesal Rodríguez. Depois de se analisarem as singularidades textuais e tipológicas das estelas do Sudoeste peninsular, conclui-se que esta área se revelou, logo desde os primeiros tempos romanos, importante pólo de atracção, sendo passível de garantir que a vizinhança das minas de Aljustrel (vicus metallum Vipascense) e, de certeza, de muitos outros filões do que hoje chamamos «a faixa piritosa do Alentejo» exerceu papel preponderante, de que os castella dados a conhecer por Manuel e Maria Maia podem ter constituído centros directamente ligados a pequenas explorações e à sua necessária defesa.

"Conimbriga" é uma revista de Arqueologia, preparada pelo Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. Procura dar-se conta do interesse que a publicação deste «corpus» detém para o estudo da ocupação romana no território da cidade romana de Caurium (hoje, Cória, na Extremadura espanhola). Este é o IV volume de uma série sistemática a que o autor tem lançado ombros a fim de dar a conhecer todas as epígrafes romanas descobertas naquela área extremenha.

O volume insere as actas do II Congresso de Arqueologia da Associação dos Arqueólogos Portugueses, realizado, em Lisboa, de 22 a 25 de Novembro de 2017, e teve coordenação editorial de ARNAUD (José Morais) e MARTINS (Andrea). Duas sondagens arqueológicas na área do Espigão das Ruivas, Cascais, em 1991, possibilitaram identificar vestígios de uma ocupação que perdurou intermitentemente entre a Idade do Ferro e o período medieval. O sítio arqueológico assenta sobre um esporão natural, do litoral, na falésia do lado poente da praia de Porto Touro ou Guincho Velho. Dali observa-se uma vasta área de mar entre o cabo Raso e o cabo da Roca. Os materiais mais antigos mostram uma ocupação inicial da Idade do Ferro enquanto os mais modernos são já do período islâmico, associados a uma estrutura quadrangular de pedra seca.

Estuda-se o fragmento de uma placa funerária romana inédita encontrada recentemente na Herdade da Font'Alva (Elvas). Tem a particularidade de, na interpretação apresentada, a mãe da defunta estar identificada com os «tria nomina», que é uma característica da identificação masculina, em Roma.

Traça-se uma panorâmica das comunicações apresentadas no decorrer da IX Mesa-Redonda Internacional da Lusitânia, realizada no Museo Arqueológico de Madrid, nos dias 30 e 31 de Outubro de 2016, em concomitância com a exposição «Lusitânia - Origem de Dois Povos», patente naquele museu. Fez-se, no fundo, uma reflexão sobre os vários aspectos estudados da Lusitânia Romana nos últimos 25 anos.

Síntese acerca do que se tem investigado sobre Alcácer do Sal na época romana. Explicita-se a razão do nome; refere-se o interesse que, em todos os tempos, despertou nos historiadores; releva-se o papel fundamental que deteve do ponto de vista estratégico e económico (os Cornelli Bocchi, a emissão de moeda…). Analisa-se, nesse contexto, o pedestal dedicado por uma flamínia a I. O. M. (IRCP 183); a consagração de Vicanus, Bouti filius, ao imperador Augusto (IRCP 184), a presença da onomástica grega e a importância invulgar da tabella defixionis, em que se invocam Hércules e Átis. ENGLISH: Synthesis of the investigation about Salacia: the cause of its Roman designation, the interest of the researchers throughout time, the important strategic and economic position of the town (the family of the Cornelli Bocchi, emission of money…). Additionally, this synthesis includes the reanalysis of uncommon epigraphic texts: the dedication of a flaminica to I. O. M. (IRCP 183), the consecration of Vicanus Bouti filius to the Emperor August (IRCP 184), the significant presence of the Greek names and of a tabella defixionis where the power of Hercules and Atis are invoked.

Faz-se o estudo epigráfico de uma inscrição romana achada na cidade de Viseu, cuja onomástica, embora com aparência latina, é etimologicamente indígena.