In view of the passion for knowledge and the centrality of the reading activity for the writer Hilda Hilst – an identifiable fact in the extention of her library, in the references to several authors in her books –, in the notes in her notebooks and in the interviews she gave, this article intends to approach a productive reading practice simultaneously to a writing process. By these means, we will introduce some axis of Casa do Sol library, where Hilda Hilst lived for almost forty years and built most of her work. When bringing to the scene the writings on the margins of what was published, the fundaments usually characterized as literary “work” are questioned. En vista de la pasión por el conocimiento y la centralidad de la actividad de lectura para la escritora Hilda Hilst, un hecho identificable en la amplitud de su biblioteca, en las referencias a varios autores en sus libros, en las notas en sus cuadernos y en las entrevistas que dio, este artículo tiene como objetivo abordar la práctica de la lectura productiva que ocurre simultáneamente con un proceso de escritura. Para tanto, realizaremos una introduccion a la biblioteca de Casa do Sol, donde vivió Hilda Hilst durante casi cuarenta años y donde construyó la mayor parte de su trabajo. Al traer a la escena los escritos al margen de lo que se publicó, se cuestionan los fundamentos generalmente caracterizados como “obra” literaria. Tendo em vista a paixão pelo conhecimento e a centralidade da atividade de leitura para a escritora Hilda Hilst – fato identificável na amplitude de sua biblioteca, nas referências a diversos autores em seus livros, nas anotações em seus cadernos e nas entrevistas que dava –, este artigo delineia uma prática de leitura produtiva que acontece simultaneamente a um processo de escrita. Para tanto, faz uma introdução à biblioteca da Casa do Sol, local em que Hilda Hilst viveu por quase quarenta anos e onde construiu a maior parte de sua obra. Ao trazer para a cena os escritos hilstianos que correm à margem do que foi publicado – ampliando, dessa maneira, as materialidades da escrita – questiona-se os fundamentos do que se costuma caracterizar como “obra” literária.