Mediterranean spotted fever is an infectious disease included in the human rickettsiosis group, with its main distribution in the Mediterranean and South European countries. It is an endemic disease in Portugal, with dogs acting as the main domestic reservoir. Children are a particularly vulnerable group due to their close contact with household animals and by frequently playing outdoors. In this study, we aim to describe the local epidemiology and characterize the clinical features and treatment options in a Portuguese endemic region.We performed a prospective descriptive study of the Mediterranean spotted fever cases admitted to the paediatrics emergency department of a of a group II hospital, between January 1st 2013 and December 31st 2015. All patients were examined by a physician, who was later asked to fill out a detailed questionnaire regarding clinical presentation, diagnostic attitudes and treatment of their patients. Parents were later interviewed and questioned about post-discharge disease evolution.We registered 32 cases (93.9% reported between July and October). After fever, the most frequent reported symptoms were myalgia (37.5%), abdominal pain (25%) and headache (25%). Exanthema was present in 84.4% of cases by the third day of fever:maculonodular (53.1%), papular (37.5%) and macular (9.4%). Eschars were found in 59% of patients, with regional lymphadenopathypresent in 46.9% of cases. Azithromycin (84.4%) and doxycycline (15.5%) were the selected treatments in our population, with no cases of therapeutic failure or side-effects reported.The incidence of Mediterranean spotted fever is higher in our population in comparison with the rest of the country. Fever, myalgia, abdominal pain and headache were the most common presenting symptoms, while exanthema was the predominant cutaneous finding. Azithromycin was the preferred treatment and it proved to be successful and safe in all cases.Introdução: A febre escaro-nodular é uma doença infeciosa aguda incluída no grupo das rickettsioses humanas, que atinge sobretudo os países da bacia do Mediterrâneo e sul da Europa. É uma doença endémica em Portugal com o cão como principal reservatório doméstico. As crianças são um grupo particularmente vulnerável devido ao contato próximo com animais domésticos e a brincarem em campos e jardins. O principal objetivo deste estudo foi perceber e estudar a epidemiologia local, bem como caracterizar a clinica e a resposta terapêutica da nossa população. Material e Métodos: Foi realizado um estudo prospetivo descritivo de todas as crianças com febre escaro-nodular admitidas no serviço de urgência de um hospital grupo II, entre janeiro de 2013 e dezembro de 2015. Todos os doentes foram avaliados por médico, que respondeu a um questionário referente as manifestações clínicas apresentadas e atitudes de diagnóstico e terapêuticas instituídas. Os pais foram posteriormente contatados, por telefone, e questionados sobre a evolução da doença. Resultados: Foram registados 32 casos (93,9% de julho a outubro). Além da febre, as queixas mais frequentes foram mialgias (37,5%), dor abdominal e cefaleias (25%). O exantema estava presente no terceiro dia de febre em 84,4%: maculopapulonodular (53,1%); papular (37,5%) e macular (9,4%). Foi identificada escara em 59% e adenopatia satélite em 46,9%. Azitromicina (84,4%) ou doxiciclina (15,5%) foram os antibióticos de escolha, com sucesso em qualquer dos casos. Não foram relatadas complicações. Conclusão: A incidência de febre escaro-nodular na nossa população é alta, quando comparada com a incidência no restante país. Febre, mialgias e cefaleias foram os principais sintomas e sinais registados enquanto a presença de exantema foi o achado dermatológico predominante. Azitromicina, antibiótico de escolha na maioria dos casos, mostrou ser eficaz.