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Este artigo analisa a paradiplomacia como uma nova prática das relações internacionais em uma fase avançada da globalização caracterizada pela emergência de novos atores e agendas de associação e cooperação no quadro de blocos de integração, grupos de países ou relações bilaterais. Com uma abordagem baseada no conceito de ator, a pesquisa explora as especificidades da paradiplomacia, as possíveis articulações com a diplomacia clássica e as condições que explicam seu aparecimento no contexto de um sistema internacional em transição decorrente dos processos de mundialização e globalização, descentralização, crescente agência das unidades subnacionais e dinâmicas de escopo trasnacional. Os resultados da pesquisa realizada com metodologia qualitativa de análise de documentação primária estabelecem a diversidade das práticas paradiplomáticas nas dimensões de atores, escalas espaciais e articulações entre os níveis subnacional, estatal e internacional, a capacidade do estado para assimilar as práticas paradiplomáticas a serviço do interesse nacional e as potencialidades da paradiplomacia para a cooperação intra ou inter-regional

A atuação internacional de agentes subnacionais no que é entendido como paradiplomacia tem sido recorrente desde a década de 1990. Isso ressalta a projeção internacional de interesses até então contidos no âmbito das agendas nacionais e repercute na dinâmica dos processos de cooperação regional entre países. Essa realidade merece ser repensada em termos teóricos e conceituais. Tratam-se, neste artigo, das possíveis mudanças na dinâmica de integração regional em função das transformações que têm possibilitado a ascensão do exercício paradiplomático e a proeminência de agentes subnacionais no cenário internacional. Inicialmente, discutem-se os conceitos de integração regional e de paradiplomacia e levantam-se questões pertinentes à necessidade de contemplar o exercício paradiplomático na dinâmica integracionista de uma região. Em seguida, analisam-se as possibilidades de compreensão dos processos de integração incorporando exercício paradiplomático como uma de suas vias constitutivas