10 results on '"Marina Fisher"'
Search Results
2. Parindo no paraíso: parto humanizado, ocitocina e a produção corporal de uma nova maternidade
- Author
-
Jane A. Russo and Marina Fisher Nucci
- Subjects
Gênero ,Parto humanizado ,Maternidade ,Violência obstétrica ,Ocitocina ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 - Abstract
O Brasil é o campeão mundial no número de cesáreas, em especial no setor privado de saúde. Este número pode chegar a mais de 80% entre gestantes das classes média e alta em algumas regiões do país. Contrapondo-se a isso, o movimento do parto humanizado vem ganhando força, tendo como objetivos a denúncia da violência obstétrica e o retorno da a forma natural de parturição e cuidado com o bebê. Neste artigo, pretendemos discutir o modo como o ideário desse movimento implica na constituição de um novo sentido à maternidade a partir de uma concepção de natureza corporal e o papel da ocitocina nesse processo.
- Published
- 2020
- Full Text
- View/download PDF
3. Crítica feminista à ciência: das 'feministas biólogas' ao caso das 'neurofeministas'
- Author
-
Marina Fisher Nucci
- Subjects
Feminism ,Gênero ,Ciência ,Neurociência ,Interdisciplinaridade ,Women. Feminism ,HQ1101-2030.7 - Abstract
Neste trabalho, reflito sobre a relação entre ciência, gênero e feminismo. Para isso, analiso as aproximações entre o importante grupo de pesquisadoras da área de gênero e ciência conhecidas como “feministas biólogas” e a rede internacional interdisciplinar de “neurocientistas feministas”, estabelecida em 2010, chamada NeuroGenderings. O objetivo da NeuroGenderings é trazer uma perspectiva feminista crítica aos estudos recentes sobre o cérebro, especialmente aqueles que buscam por diferenças entre homens e mulheres. As neurofeministas estão engajadas em produzir uma neurociência situada, assumidamente feminista, oferecendo, assim, relevante material analítico para se refletir acerca dos ideais de cientificidade em disputa na ideia de uma neurociência feminista.
- Published
- 2018
4. Crítica feminista à ciência : das “feministas biólogas” ao caso das “neurofeministas”
- Author
-
Nucci, Marina Fisher
- Published
- 2018
5. 'Descolonizar nuestro cuerpo': ginecología natural y la producción de conocimiento acerca de cuerpo, sexualidad y procesos reproductivos en Brasil
- Author
-
Marina Fisher Nucci, Roberta Siqueira Mocaiber Dieguez, and Fernanda de Carvalho Vecchi Alzuguir
- Subjects
cuerpo ,naturaleza ,nature ,corpo ,General Medicine ,body ,natureza ,gênero ,ginecología natural ,medicalización ,ginecologia natural ,gender ,natural gynecology ,medicalização ,medicalization ,género - Abstract
Resumo Recentemente, popularizaram-se grupos de mulheres na internet e em encontros presenciais com o objetivo de compartilhar informações sobre sexualidade, reprodução, corpo feminino e seus processos de tratamento e cura. Esse ideário, em geral intitulado de “Ginecologia Natural”, parte da crítica à medicalização - que teria retirado das mulheres a autonomia sobre si, mantendo-as suscetíveis ao controle sobre seus corpos. Assim, os grupos valorizam aspectos associados ao feminino, mantendo inquestionado, contudo, o primado da diferença entre os gêneros e a noção de uma “natureza feminina” ancorada em um corpo biológico. A partir de uma pesquisa documental de manuais e materiais de referência sobre Ginecologia Natural coletados em dois grupos, este artigo reflete acerca da relação entre os movimentos de mulheres e o ideário da Ginecologia Natural, analisando as concepções sobre corpo, processos reprodutivos, e sexualidade femininos do ideário. Abstract Recently, women’s groups have become popularized on the internet and in face-toface meetings in order to share information about sexuality, reproduction, the female body, and their treatment and healing processes. This ideology, generally called “Natural Gynecology”, is based on the criticism of medicalization - which would have removed from women their autonomy over themselves, keeping them susceptible to control over their bodies. Thus, the groups seek to attribute positive values associated with the feminine, keeping unquestioned, however, the primacy of the difference between genders and the notion of a “feminine nature” anchored in a biological body. Based on a documentary analysis of manuals and reference materials collected in two groups of Natural Gynecology, this article examines the relationship between the women’s movements and the Natural Gynecology ideology, analyzing thoughts on the female body, reproductive processes, and sexuality. Resumen Recientemente, se han vuelto populares grupos de mujeres en internet y en reuniones presenciales para compartir información sobre sexualidad, reproducción, cuerpo femenino y sus procesos de tratamiento y curación. Este ideario, generalmente intitulado “Ginecología natural”, parte de la crítica a la medicalización, que habría quitado la autonomía de las mujeres sobre sí mismas, manteniéndolas susceptibles al control sobre sus cuerpos. Así, los grupos valoran aspectos asociados al femenino, manteniendo incuestionable, sin embargo, la primacía de la diferencia entre géneros y la noción de una “naturaleza femenina” anclada en un cuerpo biológico. A partir de una investigación documental de manuales y materiales de referencia sobre Ginecología Natural recopilados en dos grupos, este artículo reflexiona sobre la relación entre los movimientos de mujeres y el ideario de la Ginecología Natural, analizando sus concepciones sobre cuerpo, procesos reproductivos y sexualidad femenina.
- Published
- 2021
- Full Text
- View/download PDF
6. Aplicativos de monitoramento do ciclo menstrual e da gravidez: corpo, gênero, saúde e tecnologias da informação*
- Author
-
Marina Fisher Nucci, Gabriela Cabral Paletta, and Daniela Tonelli Manica
- Subjects
Gender Studies ,03 medical and health sciences ,Antropologia da Ciência e da Tecnologia ,030505 public health ,0302 clinical medicine ,Ciclo Menstrual ,Gênero ,Women. Feminism ,Gravidez ,HQ1101-2030.7 ,030212 general & internal medicine ,0305 other medical science ,Aplicativo - Abstract
Resumo Neste artigo discutimos as relações entre corpo, saúde, tecnologias e gênero, a partir da análise de aplicativos de monitoramento de ciclos menstruais e da gravidez. Nosso interesse central é analisar, da perspectiva de gênero, que corpos se constituem a partir das interfaces dos aplicativos, e que tipos de dados são produzidos nesses ambientes. Articuladas aos ativismos feministas ligados à tecnologia, propomos uma análise desses aplicativos que tratam da saúde reprodutiva feminina, procurando situá-los no contexto da ampliação das tecnologias da informação ligadas à saúde e ao monitoramento dos corpos (Lupton, 2014).
- Published
- 2021
7. Parir en el paraíso: parto humanizado, oxitocina y la producción corporal de una nueva maternidad
- Author
-
Jane A. Russo and Marina Fisher Nucci
- Subjects
Obstetric violence ,Oxitocina ,Health (social science) ,Violencia obstétrica ,Maternidade ,Communication ,Maternity ,05 social sciences ,Parto humanizado ,Humanized birth ,Gender ,Oxytocin ,Maternidad ,Education ,03 medical and health sciences ,Ocitocina ,0302 clinical medicine ,Gênero ,0502 economics and business ,Violência obstétrica ,Género ,030212 general & internal medicine ,Public aspects of medicine ,RA1-1270 ,050203 business & management - Abstract
O Brasil é o campeão mundial no número de cesáreas, em especial no setor privado de saúde. Este número pode chegar a mais de 80% entre gestantes das classes média e alta em algumas regiões do país. Contrapondo-se a isso, o movimento do parto humanizado vem ganhando força, tendo como objetivos a denúncia da violência obstétrica e o retorno da a forma natural de parturição e cuidado com o bebê. Neste artigo, pretendemos discutir o modo como o ideário desse movimento implica na constituição de um novo sentido à maternidade a partir de uma concepção de natureza corporal e o papel da ocitocina nesse processo. Brazil is the world champion in number of cesarean sections, especially in the private health sector. This figure can reach more than 80% among middle and upper class pregnant women in some regions of the country. Opposing this situation, the “humanized birth” movement has been gaining ground. Its objectives are the denouncement of “obstetric violence” and the return to a “natural” form of parturition and childbirth care. In this article we aim to discuss the way in which the ideas of this movement imply the constitution of a new meaning for maternity based on a conception of bodily nature, and the role played by oxytocin in this process. Brasil es el campeón mundial en el número de cesáreas, en especial en el sector privado de la salud. este número puede llegar a más del 80% entre gestantes de clases medias y altas en algunas regiones del país. En contraposición a este estado de cosas, el movimiento del “parto humanizado” ha adquirido fuerza, teniendo como objetivos la denuncia de “violencia obstétrica” y el retorno de una forma “natural” de parto y cuidado del bebé. En este artículo pretendemos discutir la forma como el ideario de este movimiento implica en la constitución de un nuevo sentido para la maternidad a partir de una concepción de naturaleza corporal y el papel de la oxitocina en ese proceso.
- Published
- 2020
8. Sob a pele: implantes subcutâneos, hormônios e gênero
- Author
-
Daniela Tonelli Manica and Marina Fisher Nucci
- Subjects
antropologia da ciência e da tecnologia ,lcsh:GN1-890 ,Philosophy ,05 social sciences ,lcsh:Anthropology ,hormonal subcutaneous implants ,06 humanities and the arts ,0603 philosophy, ethics and religion ,implantes hormonais subcutâneos ,gênero ,Anthropology ,0502 economics and business ,gender ,060301 applied ethics ,medicalização ,Humanities ,050203 business & management ,anthropology of science and technology ,medicalization - Abstract
Neste artigo, discutimos o desenvolvimento dos implantes subcutâneos de hormônios. Após apresentar alguns dos elementos e controvérsias que envolveram seu surgimento no Brasil, e partindo da atuação do médico baiano Elsimar Coutinho para esse processo, ressaltamos a estabilização desse formato alternativo de administração de hormônios: a via subcutânea. Discutimos a atualização da sua nomeação como “chips”, explorando algumas conexões com o anúncio de pesquisas envolvendo o desenvolvimento tecnológico da via subcutânea, das atuais cápsulas de silicone microporoso para placas de silício e titânio, ativáveis por redes de dados digitais. Tomando como foco o laboratório brasileiro de manipulação Elmeco, que produz implantes há várias décadas, discutimos as diversas formulações de hormônios que têm sido disponibilizadas através da via subcutânea. Procuramos demonstrar como a diversidade dos hormônios empregados está pautada por uma imagética binária de gênero, e o quanto o uso dos implantes hormonais mobiliza elementos ligados a masculinidades e feminilidades. Espera-se que a análise desse processo contribua para problematizar dinâmicas do mercado da medicalização e processos vitais ligados a corpos, gênero, sexualidade e reprodução. In this article, we discuss the development of hormone-based subcutaneous implants. After presenting some of the elements and controversies that were implied in implants appearance in Brazil, and taking as a focus the work of the Brazilian M.D. Elsimar Coutinho, we examine the stabilization of this alternative format of hormone delivery: subcutaneous implants. We discuss its re-conceptualization as “chips”, exploring the connections with the announcement of researches evolving the technological development of subcutaneous methods, from contemporary silicone capsules to a microchip-based device containing micro-reservoirs that can be activated through a wireless signal. Focusing on Brazilian pharmaceutical laboratory called Elmeco, that has been producing silicone implants for decades, we discuss certain hormone formulations that have been made available subcutaneously. We seek to demonstrate how the diversity of hormones being used is determined by binary gender imagery, and how the use of subdermic hormonal implants mobilizes elements connected to femininities and masculinities. We hope this analysis contributes to problematize market dynamics of medicalization and vital processes connected to bodies, gender, sexuality and reproduction.
- Published
- 2017
9. 'Don't cry, research!': Reflections on sex, gender and science from neurofeminism
- Author
-
Nucci, Marina Fisher, Russo, Jane Araujo, Zorzanelli, Rafaela Teixeira, Azize, Rogério Lopes, Rohden, Fabiola, and Manica, Daniela Tonelli
- Subjects
Neurociências ,Feminismo ,Gênero ,Social studies of science ,CIENCIAS DA SAUDE::SAUDE COLETIVA::SAUDE PUBLICA [CNPQ] ,Gender ,Brain ,Sex ,Sexo ,Feminism ,Estudos sociais da ciência ,Neuroscience ,Cérebro - Abstract
Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2020-08-02T16:54:38Z No. of bitstreams: 2 Marina Nucci - Tese disponibilizar 2015.pdf: 1236876 bytes, checksum: ad73463291f474ef394707185e547b05 (MD5) Marina Nucci - Tese completa 2015.pdf: 2315090 bytes, checksum: 60551ac3974bda284aae4a9f7a3800fe (MD5) Made available in DSpace on 2020-08-02T16:54:38Z (GMT). No. of bitstreams: 2 Marina Nucci - Tese disponibilizar 2015.pdf: 1236876 bytes, checksum: ad73463291f474ef394707185e547b05 (MD5) Marina Nucci - Tese completa 2015.pdf: 2315090 bytes, checksum: 60551ac3974bda284aae4a9f7a3800fe (MD5) Previous issue date: 2015-09-04 Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico In this work, we reflected on the relationship between sex, gender, science and feminism, through the analysis of the contemporary production of a group of researchers who call themselves neurofeminists, organized since 2010 in an international network called NeuroGenderings. The goal of NeuroGenderings is to build a critical feminist perspective to recent studies on the brain, especially those studies seeking for differences between men and women. The neurofeminists are engaged in producing a situated neuroscience, openly feminist, that does not leave aside the materiality of bodies and especially that of the brain , at the same time they are politically concerned with gender hierarchies. They seek, therefore, to produce an empirical neuroscience capable of producing what they dub proximity zones between molecules and political landscapes. They also plan to combat neurossexism , that is, masculinity and femininity stereotypes that are present in much of neuroscience scientific production, as well as in its dissemination to the wider public. We mapped the NeuroGenderings network based in two methodological strategies: the reading and analysis of the bibliographical production of the neurofeminists (both from official publications of the network and from individual publications of the researchers) and the observation of the most recent reunion and conference of the NeuroGenderings network, held in the city of Lausanne, Switzerland, in 2014. Neurofeminism offers us relevant analytic material to reflect on the disputed ideals of scientificity regarding the idea of a feminist neuroscience, taking into account the belief that science and politics belong to separate and immiscible spheres, and that neutrality should be a mandatory feature to practice good science. In addition, we observed a common ground between the work of neurofeminists and the work of another important group of scholars in the field of science and gender studies, called feminist biologists . Feminist biologists inspire neuroscientific production, especially with regard to their anti-dualist perspective, that rejects oppositions between sex and gender, nature and culture, viewing them intertwined and inseparable. However, even being the interweaving of sex and gender a consensus among neurofeminists, there is no agreement on how this interweaving should be addressed in neuroscienfic terms. Thus, the discussion around the concept of cerebral plasticity shows some of these disagreements, as well as the tensions between human sciences and neuroscience inside NeuroGenderings, a network marked by interdisciplinarity. These tensions, however, do not invalidate the neurofeminist project to think the brain as an object of shared knowledge. Neste trabalho refletimos acerca das relações entre sexo, gênero, ciência e feminismo, a partir da análise da produção contemporânea de um grupo de pesquisadoras que se denominam como neurofeministas e que, desde 2010, se articulam em uma rede internacional chamada NeuroGenderings. O objetivo da NeuroGenderings é trazer uma perspectiva feminista crítica aos estudos recentes sobre o cérebro, sobretudo aqueles que buscam por diferenças entre homens e mulheres. As neurofeministas estão engajadas em produzir uma neurociência situada, assumidamente feminista, que não deixe de lado a materialidade dos corpos e especialmente do cérebro , ao mesmo tempo em que se preocupam politicamente com as hierarquias de gênero. Procuram, portanto, produzir uma neurociência empírica, capaz de produzir o que chamam de zonas de proximidade entre moléculas e paisagens políticas . Além disso, pretendem combater o neurossexismo , isto é, estereótipos em relação à masculinidade e feminilidade que estariam presentes em grande parte da produção neurocientífica, bem como em sua divulgação para o público mais amplo. Assim, mapeamos a rede NeuroGenderings a partir de duas estratégias metodológicas: a leitura e análise da produção bibliográfica das neurofeministas (tanto as publicações oficiais da rede, como publicações individuais das pesquisadoras) e a observação da reunião e conferência mais recente da NeuroGenderings, que ocorreu na cidade de Lausanne, na Suíça, em 2014. O neurofeminismo nos oferece relevante material analítico para refletirmos acerca dos ideais de cientificidade em disputa na ideia de uma neurociência feminista, levando em conta a crença de que ciência e política pertenceriam a esferas separadas e imiscíveis, e que neutralidade seria característica obrigatória à boa prática científica. Além disso, notamos aproximações entre o trabalho das neurofeministas e os trabalhos de um importante grupo de estudiosas do campo da ciência e gênero, chamadas de feministas biólogas . As feministas biólogas inspiram a produção neurocientífica, principalmente no que diz respeito à perspectiva antidualista, que rejeita a oposição entre sexo e gênero, natureza e cultura, encarando-os como entrelaçados e inseparáveis. Entretanto, embora o entrelaçamento entre sexo e gênero seja consenso entre as neurofeministas, não há acordos sobre a forma como esse entrelaçamento deve ser pensado em termos neurocientíficos. Assim, a discussão em torno do conceito de plasticidade cerebral evidencia alguns desses dissensos, bem como tensões entre ciências humanas e neurociência dentro da NeuroGenderings, rede marcada pela interdisciplinaridade. Essas tensões, porém, não inviabilizam o projeto neurofeminista de pensar o cérebro como um objeto compartilhado de conhecimento.
- Published
- 2015
10. The birth control pill as a 'lifestyle drug': on the medicalization of sexuality
- Author
-
Marina Fisher Nucci
- Subjects
medicine.medical_specialty ,birth control pill ,media_common.quotation_subject ,Human sexuality ,pílula anticoncepcional ,Birth control ,gênero ,Lifestyle drug ,Medicalization ,medicine ,drogas de estilo de vida ,píldora anticonceptiva ,gender ,Psychiatry ,medicalization ,media_common ,lcsh:HQ1-2044 ,lcsh:Public aspects of medicine ,lcsh:RA1-1270 ,sexualidad ,Art ,sexualidade ,sexuality ,medicalización ,Pill ,lcsh:The family. Marriage. Woman ,medicalização ,lifestyle drugs ,Cartography ,género - Abstract
Este artículo discute el proceso de medicalización de la sexualidad, reflexionando sobre la píldora anticonceptiva hormonal y su relación con el concepto de drogas de estilo de vida (entendido como medicamentos no necesariamente utilizados para tratar una afección, sino para mejorar la vida de las personas). La píldora anticonceptiva, lanzada en Estados Unidos en 1957, desde su creación estuvo destinada al uso cotidiano de mujeres saludables, y se convirtió en un importante símbolo cultural, revolucionando sus vidas y la de la sociedad en su conjunto. En ese sentido, se reflexiona acerca del surgimiento de la píldora anticonceptiva y sus transformaciones. Se analiza también el marketing de los laboratorios farmacéuticos, que ha puesto el foco no tanto en el efecto original de control de la natalidad, sino más bien en los efectos secundarios deseables que las nuevas píldoras podrían proporcionar -como reducción del acné y tratamiento de "problemas de humor" relacionados a la menstruación- "adecuándose" de este modo al estilo de vida de la "mujer moderna". Este artigo discute o processo de medicalização da sexualidade, refletindo sobre a pílula anticoncepcional hormonal e sua relação com o conceito de drogas de estilo de vida (entendido como medicamentos utilizados não necessariamente para tratar uma doença, mas para aprimorar a vida das pessoas). A pílula anticoncepcional, lançada em 1957 nos Estados Unidos, foi desde a sua criação destinada à utilização no dia a dia de mulheres saudáveis, e tornou-se um importante símbolo cultural, revolucionando a vida das mulheres e da sociedade em geral. Refletiremos, assim, sobre o surgimento da pílula anticoncepcional e suas transformações. Analisaremos também o atual marketing dos laboratórios farmacêuticos, cujo foco tem sido não tanto no efeito original de controle de natalidade, e mais nos efeitos secundários desejáveis que as novas pílulas poderiam proporcionar - como redução da acne e tratamento de "problemas de humor" relacionados à menstruação - "adequando-se", assim, ao estilo de vida da "mulher moderna". This article discusses the process of medicalization of sexuality, by focusing on the hormonal birth control pill as a 'lifestyle drug,' i.e., medications that are used to improve people's quality of life, instead of treating illness. The birth control pill, released in the US in 1957, has been destined to everyday use by healthy women since its creation. It has revolutionized their lives and society as a whole, becoming an important cultural symbol. This article addresses the emergence of hormonal contraception and its transformations. The marketing of the pill by pharmaceutical companies has been focused less on birth control than on its desirable side-effects-such as acne reduction and the treatment of 'mood problems' related to menstruation- in a search of greater adequacy to a 'modern woman's' lifestyle.
- Published
- 2012
Catalog
Discovery Service for Jio Institute Digital Library
For full access to our library's resources, please sign in.