1. Impacto clínico, terapêutico e social do canabidiol na epilepsia recorrente
- Author
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Thyago de Oliveira Afonso, Samuel Lopes dos Santos, Ranniely Kauany Bezerra da Silva, Layanne Cavalcante de Moura, Yonara Cristiane Ribeiro, Gustavo Baroni Araújo, Simone Barroso de Carvalho, Elvira Marques da Luz Dias, Igor de Oliveira Carvalho, Joelma Maria dos Santos da Silva Apolinário, João Victor Filgueiras Mota, Guilherme Dantas Borges, Ana Izabel Aparecida Vieira, Bernardo da Luz Barbosa, Sandro Marcelo da Silva Ferreira Júnior, Higor Kardek Firmino da Silva, Simone de Souza Cunha Ribeiro, Camilla Julianne Loureiro de Oliveira Andrade, Sara da Silva Siqueira Fonseca, Sabrina Sousa Fontenele, Valéria Fernandes da Silva Lima, Andressa Laila Silva Lima, Maria da Conceição Viana Sousa, Estefany Camila Bomfim dos Santos, Samara Atanielly Rocha, Vanessa Cristina de Almeida Viana, Jaciara Pinheiro de Souza, and Murilo de Jesus Porto
- Subjects
General Medicine - Abstract
Introdução: Estima-se que mais de 50 milhões de pessoas no mundo tenham diagnóstico de epilepsia, no entanto, um terço dessas pessoas não possuem a patologia controlada, apresentando quadros de convulsão e epilepsia recorrente. Desta forma, buscar novas terapêuticas antiepilépticas são necessárias, a atividade antiepiléptica dos canabinóides têm-se mostrado com grande poder terapêutico. Objetivo: Responder quais os impactos clínicos, terapêuticos e sociais do uso do canabidiol (CBD) em pacientes com epilepsia recorrente. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica no método de revisão de integrativa de literatura, realizado entre os meses de abril e maio de 2021, nas bases de dados da MEDLINE/Pubmed e LILACS, por meio dos descritores e operador booleano “Canabidiol” AND “Epilepsia”. Localizando-se artigos publicados entre os anos de 2016 e maio de 2021. Resultados e discussões: O mecanismo de ação ainda não é bem esclarecido, mas é reconhecido sua atuação sobre as manifestações psiquiátricas e neurológicas nas fendas pré-sinápticas. A terapia associada entre CBD e as terapias convencionais para epilepsia apresentaram melhora significativa nos sintomas epilépticos, havendo relatos de melhora completa dos sintomas em até 87,5% dos pacientes. No entanto, cerca de 10% dos pacientes queixam-se de efeitos indesejáveis e desagradáveis como aumento da ansiedade, angústia, medo, tremor e sudorese excessiva durante o tratamento, dado que seu efeito é dose dependente, necessitando de atenção do prescritor para os efeitos indesejados. O impacto social é relatado pelos pacientes como melhora na qualidade de vida e laboral, dada a diminuição da frequência de eventos convulsivos. Conclusão: A terapêutica associada do CBD com a terapia convencional na epilepsia recorrente mostra-se com grandes impactos clínicos e sociais para os pacientes acometidos. No entanto, requer atenção dos prescritores para manifestações clínicas de efeitos colaterais para readequação terapêutica e seguimento. Diante disto, a importância de novos estudos terapêuticos com o CBD é estabelecida pela necessidade de compreender mecanismos de ação e atuação em demais áreas complexas cerebrais que a epilepsia atua para ajudar no tratamento de diversas manifestações desta patologia neurológica.
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- 2021
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