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As impressões digitais se configuram em uma das biometrias mais utilizadas na distinção de pessoas. Tal fato se baseia em importantes características que apresentam: estabilidade após o desenvolvimento completo, fácil classificação dos padrões de desenhos, coleta pouco invasiva e singularidade ao longo da vida de um indivíduo. Neste estudo, foram mensuradas e analisadas estatisticamente a densidade de cristas (ou linhas) de fricção de três áreas diferentes - ulnar, radial e proximal - das dez impressões digitais de 100 homens e de 100 mulheres brasileiros. O objetivo foi verificar se estas características dependiam do sexo a ponto de permitir distingui-lo categoricamente. Padrões similares de densidades foram encontrados para as áreas ulnar e radial, o que permitiu representá-las indistintamente por meio da densidade de linhas da região distal; enquanto que significativa variabilidade foi encontrada entre as regiões distais e proximais, sendo que, em ambas, as mulheres apresentaram maior densidade de linhas. Em alguns casos, homens e mulheres apresentaram diferenças estatisticamente significativas em suas mãos, dedos e tipos fundamentais. A partir das densidades de linhas distal e proximal, foram desenvolvidos limiares para discriminação sexual em casos de identificação humana no Brasil.