The family Botryosphaeriaceae (Ascomycota, Botryosphaeriales) encompasses several ecologically diverse fungal species, which are usually isolated as endophytes or pathogens, from various woody hosts. The present work aimed to identify morphologically and by molecular techniques as well as to assess the pathogenicity of isolates of Botryosphaeriaceous fungi obtained from fruit plants grown in the Brazilian Northeastern region. After the isolation of DNA from the fungi the combined analyses of fragments sequency of transcribed spacer (ITS) of ribosomal DNA, translation elongation factor 1-α (TEF-1α) and β-tubulina (βt) were used to determine the phylogenetic relationships among the isolates which lead to identification of six fungal species of Lasiodiplodia, two of Neofusicoccum, one of Pseudofusicocuum and one of Neoscytalidium associated with die-back and cankers on the following host plants: Lasiodiplodia brasiliense (Manilkara zapota, Mangifera indica and Spondias purpurea), L. caatinguensis sp. nov (Anarcadium occidentale, S. purpurea, S. mombin and Citrus sinensis), L. euphorbicola (Annona muricata and Cocos nucifera), L. theobromae (S. purpurea, Talisia esculenta and A. occidentale), L. pontae sp. nov (S. purpurea and A. occidentale), L pseudotheobromae (S. purpurea, Tamarindus indica and A. occidentale), Neofusicoccum brasiliense (Psidium guajava), Neofusicoccum kwambonambiense (A. occidentale), Neoscytalidium hyalinum (A. occidentale and M. indica) e Pseudofusicoccum stromaticum (A. occidentale). As far as the morphology of isolates is concerned there were significant differences among them, mainly concerning the culture media and the incubation temperatures adopted. Generally, isolates presented a white mycelial growth, becoming dark after aging. As for pathogenicity all species were pathogenic to fruits of mango as well as to seedlings of A. occidentale and S. purpurea. All species of pathogenic Lasiodiplodia were the young plants of soursop. However, the aggressiveness of the isolates varied as the species and the host species Lasiodiplodia being the most aggressive. The cashew genotype BRS253 behaved as the most susceptible of all genotypes tested, followed by CCP76, BRS189 and BRS226, which did not present any significant difference among them. All the other genotype were considered as moderately resistant, especially BRS274 and Embrapa 51, upon which the fungal isolates showed no pathogenicity differences. Both fungicides tested were able to inhibit the fungal growth in vitro conditions, despite carbendazin had been a little more efficient than tebuconazole. A família Botryosphaeriaceae (Ascomycota, Botryosphaeriales) é composta por complexos de espécies crípticas endofíticas e patogênicas capazes de provocar sintomas de cancros e morte descendente de ramos a diversos hospedeiros, sobretudo plantas lenhosas, dentre as fruteiras tropicais se destacam. Objetivou-se com o presente estudo realizar a caracterização biológica, molecular e o controle de isolados fúngicos família Botryosphaeriaceae associados a fruteiras tropicais no Nordeste brasileiro. Dentre as técnicas utilizadas estão: o sequenciamento gênico combinado das regiões do espaçador interno transcristo (ITS) do DNA ribossômico, fator de elongação 1-alfa (TEF-1α) e β-tubulina (βt) para a determinação das relações filogenéticas entre os isolados, dados de caracteres morfofisiológicos e patógenico, bem como a avaliação dos métodos de controle químico e genético das espécies identificadas. Diante da caracterização molecular foi possível a identificação de seis espécies do complexo Lasiodiplodia, dentre as quais duas novas espécies, duas espécies de Neofusicoccum, uma de Pseudofusicocuum e uma de Neoscytalidium associadas a diversas fruteiras tropicais. Dentre essas espécies e seus respectivos hospedeiros estão: Lasiodiplodia brasiliense (Manilkara zapota, Mangifera indica e Spondias purpurea), L. caatinguensis sp. nov (Anarcadium occidentale, S. purpurea, S. mombin e Citrus sinensis), L. euphorbicola (Annona muricata e Cocos nucifera), L. theobromae (S. purpurea, Talisia esculenta e A. occidentale), L. pontae sp. nov (S. purpurea e A. occidentale), L pseudotheobromae (S. purpurea, Tamarindus indica e A. occidentale), Neofusicoccum brasiliense (Psidium guajava), Neofusicoccum kwambonambiense (A. occidentale), Neoscytalidium hyalinum (A. occidentale, M. indica) e Pseudofusicoccum stromaticum (A. occidentale). Através da caracterização morfológica dos isolados, percebeu-se grandes semelhanças morfofisiológicas entre os isolados, notando-se variações em taxa de crescimento quando submetidos a diferentes meios de cultura e temperaturas de incubação. Em geral, os isolados apresentaram abundante crescimento micelial, de coloração inicialmente esbranquiçada se tornando escura com a idade. Quanto à patogenicidade, todos os isolados de Botryosphaeriaceae foram patogênicos a frutos de manga, aos diferentes genótipos de cajueiro e as plantas jovens de umbu-cajá. Todas as espécies de Lasiodiplodia foram patogênicas a plantas jovens de gravioleira. No entanto, a agressividade dos isolados variou quanto à espécie e ao hospedeiro, sendo as espécies de Lasiodiplodia as mais agressivas. No que concerne às medidas de controle genético e químico, respectivamente: o genótipo BRS253 foi o mais susceptível as espécies, seguido do CCP76, BRS189 e BRS226 que não diferiram entre si. Os demais genótipos foram moderadamente resistentes, com destaque para BRS274 e Embrapa 51, nos quais as espécies não diferiram em virulência; os fungicidas tebuconazole e carbendazin inibiram o crescimento in vitro das espécies, não obstante o carbendazin tenha se mostrado mais eficiente.