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Introdução: O Padel é uma modalidade desportiva muito semelhante ao ténis. A sua prática tem aumentado de forma exponencial na última década, principalmente a prática amadora. À semelhança de outras modalidades desportivas, o Padel distingue-se por uma elevada exigência física, principalmente a nível cardiovascular, provocando alterações substanciais na frequência cardíaca (FC) dos seus praticantes. Contudo, a sua prática apresenta também alguns riscos associados, tais como riscos cardiovasculares, que podem ser prevenidos através da monitorização da variabilidade da frequência cardíaca (VFC), uma técnica não invasiva que nos fornece informação sobre a modulação autonómica. Através da análise da VFC, é possível retirar diversos biomarcadores, que de uma forma robusta nos vão indicar os níveis de saúde, bem-estar e resiliência ao stress. Não há, no entanto, estudos a nível mundial que caracterizem a VFC durante as partidas de Padel. Objetivos: Este estudo tem como objetivo a monitorização das respostas da VFC e a sua caracterização por meio de métricas lineares e não lineares durante três momentos: em repouso, durante o jogo e na recuperação. Método: Participaram neste estudo transversal vinte e sete jogadores amadores. A VFC foi registada através de um monitor RS800CX, de marca Polar. Para o estudo da VFC, foram utilizadas técnicas convencionais lineares, para analisar o domínio do tempo e o domínio da frequência, e para a análise das medidas não lineares, foram utilizadas técnicas específicas. Para a análise estatística foi utilizado o software Statistical Package for Social Sciences (SPSS) V24.0. Resultados: Os resultados mostraram que uma partida de Padel impactou significativamente a modulação autonómica em jogadores amadores. Os vários parâmetros nos domínios do tempo, frequência e não lineares foram significativamente reduzidos durante o jogo, enquanto que apenas o alfa-2, HF e LF/HF aumentaram durante o jogo. Além disso, foi detetada uma alteração abrupta na modulação autonómica entre as avaliações do jogo e da recuperação, o que alerta para a necessidade de se repensar as práticas dos protocolos de retorno à calma, permitindo desta forma considerar que a monitorização da VFC pode ser utilizada como uma ferramenta fundamental no processo de tomada de decisão do treino. Conclusões: Foi possível concluir que este estudo é relevante, uma vez que, os vários tempos analisados permitem investigar a evolução de diferentes medidas da VFC nos domínios do tempo, frequência e não linear, esclarecendo a interpretação das variáveis, o que pode levar a uma readaptação das metodologias de treino principalmente no retorno à calma.