Esta pesquisa tem por objetivo analisar duas questões: 1. Uma que, a partir do dispositivo da existência humanista, pensa numa “Docência Humanista”, que quer salvar a todos ensinando "tudo a todos ao mesmo tempo" desde Comenius, e pensa também na possibilidade de uma "Docência Infame" que emerge de dentro dessa existência humanista, trilhando uma constituição histórica do humano, sujeito e adjetivo; 2. outra, que advém de um olhar sobre os corpos que compões a docência e que, na busca de "relâmpagos artísticos", analisa pistas e regularidades na linguagem matemática atrás de aproximações da Matemática com a Língua e volta até a "Matemática Retórica", pré-algébrica, a fim de compreender como se constituiu a codificação dessa Matemática Retórica, e como pode valer-se da matemática retórica através da História da Matemática e de ficções possíveis, para ensinar a "ler matemática" contemporaneamente. Para tanto, pensa com Foucault na "vida dos homens infames" e olha para a vida dos "Nós da Docência" como e a partir de uma composição dos “Eus da Tese”, recompostos em um Teseu em um labirinto. Para trilhar esse labirinto, toma como fio condutor a bibliografia de Hemingway, por acreditarem – tese e Teseu – que, assim como a relação do autor com o mar o levou a constituir-se e compor-se, a relação com a obra de Hemingway permite à pesquisa trilhar caminhos de amadurecimento que se fazem perceber ao longo da escrita, que se desvela, desnovela, e desfia revisando teoricamente Foucault e Nietzsche, tensionados por Courtine, Bakhtin, Eco e Saussure, e alimentados por Kierkegaard, Deleuze e Guattari enquanto olham para Comenius, Kant e Descartes. O uso de ferramentas teóricas de viés pós-estruturalista permite pensar noções como a Docência Humanista, a Docência Infame e a Retórica Matemática, que vieram a constituir e permitir os entremeios analíticos da pesquisa. A pesquisa foi desenvolvida a partir de um movimento semiose hermética, buscando uma prática interpretativa do mundo e dos textos baseada na individuação das relações de simpatia. Buscando explorar a problemática que se apresenta, esta tese não nega os erros teórico-metodológicos ao longo da pesquisa, mas os ressalta enquanto a infâmia da infâmia. This research intends to analyze two questions: 1. One that, from the humanistic existence’s point of view, thinks a "Humanistic Teaching", which wants to save everyone by teaching "everything to everyone at the same time" since Comenius, and also thinks about the possibility of an "Infamous Teaching" that emerges from within this humanistic existence, pursuing a historical constitution of the human, subject and adjective; 2. another, which comes from a look at beings that make up the teaching and which, in the search for "artistic lightnings", analyzes clues and regularities in the mathematical language following an approximation of mathematics with the Language, and goes back to the "Rhetorical Mathematics", pre-algebraic, in order to understand how the codification of this Rhetorical Mathematics was constituted, and how we can use rhetorical mathematics through the History of Mathematics and possible fictions, to teach how to "read mathematics" contemporaneously. To do so, thinks with Foucault about the "life of infamous men" and looks at the life of the "Selves of Teaching" as compositions of the "US of the Thesis", recomposed in a Theseus in a labyrinth. To walk through this maze, it takes Hemingway's bibliography as a guideline, as they believe - thesis and Theseus - that, just as the author's relationship with the sea led him to constitute and compose himself, the relationship with Hemingway's work allows the research to wander paths of maturation that are perceived throughout the writing, which is unveiled, unfolds, and unravels theoretically reviewing Foucault and Nietzsche, tensioned by Courtine, Bakhtin, Eco and Saussure, and fed by Kierkegaard, Deleuze and Guattari as they look to Comenius, Kant and Descartes. The use of theoretical tools with a post-structuralist bias allows us to think about notions such as Humanistic Teaching, Infamous Teaching and Mathematical Rhetoric, which was constitutive and allowed the analysis of the research. The research was developed from a hermetic semiosis movement, seeking an interpretive practice of the world and texts based on the individuation of sympathy relations. Seeking to explore the problem that arises, this thesis does not deny the theoretical-methodological errors throughout the research, but highlights them as the infamy of infamy. Esta investigación pretende analizar dos cuestiones: 1. Una que, desde el punto de vista de la existencia humanística, piensa una "Enseñanza Humanística", que quiere salvar a todos enseñando "todo a todos al mismo tiempo" desde Comenius, y también piensa en la posibilidad de una "Enseñanza Infame", que surge de dentro de esta existencia humanística, persiguiendo una constitución histórica de lo humano, sujeto y adjetivo; 2. otra, que proviene de una mirada a los seres que componen la enseñanzay que, en la búsqueda de “relámpagos artísticos”, analiza pistas y regularidades en el lenguaje matemático siguiendo una aproximación de las matemáticas con la lengua materna, y se remonta a una “Matemática Retórica", pre-algebraica, para comprender cómo se constituyó la codificación de esta Matemática Retórica, y cómo podemos utilizar la matemática retórica a través de la Historia de las Matemáticas y sus posibles ficciones para enseñar a "leer matemáticas" contemporáneamente. Para tanto, piensa con Foucault en la "vida de los hombres infames" y mira la vida de los "Nosotros de la Enseñanza" como composiciones de los "Yoes de la Tesis", recompuestos en un Teseo en un laberinto. Para recorrer este laberinto se toma como guía la bibliografía de Hemingway, pues creen - tesis y Teseo - que, así como la relación del autor con el mar lo llevó a constituirse y componerse, la relación con la obra de Hemingway permite que la investigación deambule caminos de maduración que se perciben a lo largo del escrito, que se desvela, despliega y desentraña revisando teóricamente a Foucault y Nietzsche, tensionados por Courtine, Bakhtin, Eco y Saussure, y alimentados por Kierkegaard, Deleuze y Guattari a mirar Comenius, Kant y Descartes. El uso de herramientas teóricas con sesgo postestructuralista permite pensar nociones como Enseñanza Humanística, Enseñanza Infame y Retórica Matemática, que fueran constitutivas y permitiran las análisis de la investigación. La investigación se desarrolló a partir de un movimiento de semiosis hermética, buscando una práctica interpretativa del mundo y de los textos a partir de la individuación de las relaciones de simpatía. Buscando explorar el problema que se plantea, esta tesis no niega los errores teórico-metodológicos a lo largo de la investigación, pero los destaca como la infamia de la infamia.