1. Aruanda and Banho de cheiro: the autobiographical route of the writer paraense Eneida
- Author
-
Santos, Edimara Ferreira, Rocha, Fátima Cristina Dias, Pereira, Júlio César França, Lopez, Anna Faedrich Martins, Santos, Matildes Demetrio dos, and Viegas, Ana Cristina Coutinho
- Subjects
Eneida, 1903-1971 Autobiografia ,Autobiografia na literatura ,Eneida de Moraes ,Autobiografemas ,Morada da subjetividade ,Autobiographical rhetoric ,Home of subjectivity ,Eneida, 1903-1971. Banho de cheiro ,Eneida, 1903-1971. Aruanda ,Eneida, 1903-1971 Crítica e interpretação ,Memória autobiográfica ,Autobiographemes ,LINGUISTICA, LETRAS E ARTES::LETRAS [CNPQ] ,Autobiografia ,Retórica autobiográfica ,Autobiography - Abstract
Submitted by Boris Flegr (boris@uerj.br) on 2021-01-05T14:48:13Z No. of bitstreams: 1 Edimara Ferreira Santos_Tese.pdf: 1387681 bytes, checksum: 5d777e93e10e25a24135079a24302611 (MD5) Made available in DSpace on 2021-01-05T14:48:13Z (GMT). No. of bitstreams: 1 Edimara Ferreira Santos_Tese.pdf: 1387681 bytes, checksum: 5d777e93e10e25a24135079a24302611 (MD5) Previous issue date: 2018-09-26 Having as starting point the contemporary debate on autobiography, this thesis seeks to construct a reading of the works Aruanda (1957) and Banho de Cheiro (1962), by paraense writer Eneida de Moraes. For this study, we sought theoretical support from Leonor Arfuch (2010, 2013) with the ideas of biographical space and home of subjectivity, both categories that helped thinking about Biografia do livro , Autocrítica e Carta testamento . Similarly, the theoretical contribution of Sylvia Molloy (2004) helped us to read the works from the autobiographical categories and the autobiographical rhetoric. In this sense, we consider the biographical space, the self-images, the fables of self, the autobiographies and the autobiographical rhetoric with which Eneida organizes, in Aruanda and Banho de cheiro, the stages of his life. In the mentioned works, the writer structures her life course in three stages childhood, youth and adulthood marked by the following autobiographies: a) childhood fiction, family romance, places of memory, popular types of the city of Belém and life in colleges; b) the relationship with the mother, the complicity with the brothers and the formation in University; c) intellectual and political formation (militancy and prisons); and d) life with friends in the city of Rio de Janeiro. From this perspective, it is possible to perceive that Eneida's self-writing and the creation of her self-images derive from different strategies that mobilize the writer's memory, leading to the construction of scattered and fragmentary self-images. In this process, the chronicles of Aruanda, the autobiographical stories of Banho de Cheiro, and the media that define the home of the author's subjectivity a set of texts in which the writer, even though in a discontinuous and inconclusive way, shows off an identity of a strong woman, who chose and walked her way without hesitation, making writing and political militancy the furniture of her ethical and aesthetic journey A partir do debate contemporâneo sobre a autobiografia, esta tese procura construir uma leitura das obras Aruanda (1957) e Banho de Cheiro (1962), da escritora paraense Eneida de Moraes. Para este estudo, buscamos apoio teórico de Leonor Arfuch (2010; 2013) com as ideias de espaço biográfico e de morada da subjetividade, ambas categorias que ajudaram a pensar sobre Biografia do livro , Autocrítica e Carta testamento . Do mesmo modo, a contribuição teórica de Sylvia Molloy (2004) nos ajudou a fazer a leitura das obras a partir das categorias autobiografemas e retórica autobiográfica. Neste sentido, levamos em conta o espaço biográfico, as autoimagens, as fabulações de si, os autobiografemas e a retórica autobiográfica com que Eneida organiza, em Aruanda e Banho de cheiro, as etapas de sua vida. Nos textos mencionados, a escritora estrutura seu percurso em três etapas infância, mocidade e fase adulta , marcadas pelos seguintes autobiografemas: a) a ficção da infância, o romance familiar, os lugares da memória, os tipos populares da cidade de Belém e da vida nos colégios; b) a relação com a mãe, a cumplicidade com os irmãos e a formação na Faculdade; c) a formação intelectual e política (a militância e as prisões); e d) a vida com os amigos na cidade do Rio de Janeiro. Dessa perspectiva, é possível perceber que a escrita de si de Eneida e a criação de suas autoimagens decorrem de diferentes estratégias que mobilizam a memória da escritora, levando à construção de imagens de si dispersas e fragmentárias. Nesse processo, ganham importância as crônicas de Aruanda, os relatos autobiográficos de Banho de Cheiro, e os suportes que definem a morada da subjetividade da autora paraense um conjunto de textos nos quais a escritora, mesmo que de modo descontínuo e inconcluso, configura-se como mulher forte, que escolheu e trilhou seu caminho sem hesitações, fazendo da escrita e da militância política a mobília de seu percurso ético e estético
- Published
- 2018