O presente artigo propõe uma reflexão crítica no que tange ao chamamento do Serviço Social para intervenção em desastres, considerando que, majoritariamente, o exercício profissional de assistentes sociais neste campo encontra-se voltado para o atendimento da população após a ocorrência de impactos, o que contribui para o reforço de características presentes na profissão desde a sua gênese, como o caráter subalterno e a ênfase na dimensão técnico-operativa, desvinculada das demais dimensões profissionais. Com base em situações recentes e no levantamento de pesquisas e estudos sobre o tema, são realizados apontamentos que buscam a alteração desta realidade, a partir de um maior alinhamento entre as ações desenvolvidas por assistentes sociais na gestão de desastres e o projeto ético-político que vem sendo construído por segmentos da categoria desde as últimas décadas do século XX