IntrodutionPost-dural puncture headache (PDPH) is one of the most common complications of neuraxial blockade. In obese pregnant women, the epidural technique is more difficult to perform, with a higher block failure rate and risk of accidental dural puncture (ADP). The aim of our study was to evaluate the relationship between body mass index (BMI) and the development of PDPH. Material and MethodsWe conducted a retrospective study between January 2007 and December 2014. We reviewed the record sheets of patients who experienced ADP/PDPH. Patients were divided into two groups according to BMI, non-obese (BMI < 30 kg/m2, G 0.05). Severe PDPH occurred in 4 (11.4%) women in G < 30 and did not occur in G ≥30 (p > 0.05). Conservative treatment was performed in all patients. The epidural blood patch (EBP) was performed in 42.9% in G < 30 and 17.4% in G ≥ 30 (p = 0.043, OR 3.563; 95% CI 1.00-12.67). After redefinition of groups of women with BMI < 40 kg/m2 and IMC ≥ 40 kg/m2, there was no difference in the incidence and intensity of PDPH, or the need to perform EBP. DiscussionLow level of evidence suggests that the risk of PDPH decreases as the BMI increases. In our study, the incidence and characteristics of PDPH were similar in obese and non-obese women, but the need for an EBP was lower in obese pregnant women, suggesting that BMI may be protective. ConclusionThere was no evidence that obese patients are less prone to the development of PDPH. However, obesity was associated with lower need of EBP., IntroduçãoA cefaleia pós-punção da dura-máter (CPPD) é uma das complicações mais comuns do bloqueio do neuroeixo. Em grávidas obesas, a abordagem do espaço epidural é tecnicamente mais difícil, associando-se a maior taxa de bloqueio falhado e risco de punção acidental da dura-máter (PAD). O objetivo do nosso estudo foi avaliar a relação entre o índice de massa corporal (IMC) e o desenvolvimento de CPPD. Material e MétodosRealizámos um estudo retrospetivo, entre janeiro de 2007 e dezembro de 2014. Revimos as folhas de registo das doentes em que ocorreu PAD/CPPD. As parturientes foram divididas em dois grupos de acordo com o IMC, não obesas (IMC < 30 kg/m2, G < 30) e obesas (IMC ≥ 30 kg/m2, G ≥ 30). Utilizámos o SPSS 22.0 no tratamento estatístico dos dados. ResultadosOcorreram 58 PAD (0,3%) e 45 (77,6%) mulheres desenvolveram CPPD. Comparando o G < 30 (n = 35) e o G ≥ 30 (n = 23), a incidência de CPPD foi semelhante (80,0% vs 73,9%, p > 0,05). A CPPD grave ocorreu em 4 (11,4%) mulheres no G < 30 e não ocorreu no G ≥ 30 (p > 0,05). O tratamento conservador foi efetuado em todas as doentes. O blood patch epidural (BPE) foi realizado em 42,9% no G < 30 e 17,4% no G ≥ 30 (p = 0,043, OR 3,563 IC 95% 1,00-12,67). Após redefinição dos grupos em mulheres com IMC < 40 kg/m2 e IMC ≥ 40 kg/m2, não houve diferença na incidência e intensidade de CPPD, nem na necessidade de realização de BPE. Discussão O baixo nível de evidência sugere que o risco de CPPD diminui à medida que o IMC aumenta. No nosso estudo, a incidência e as características da CPPD foram similares em gestantes obesas e não obesas, mas a realização de BPE foi inferior nas parturientes obesas, sugerindo que IMC superior pode ser protetor.ConclusãoNão foi encontrada evidência de que as doentes obesas estejam menos predispostas ao desenvolvimento de CPPD. Contudo, a obesidade esteve associada a menor realização de BPE.