Este trabalho analisa os conceitos de "figura" e "recapitulação" presentes em O tempo que resta, de Giorgio Agamben. Seu objetivo é demonstrar a importância que estes têm como parte do chamado "paradigma agambeniano da imagem", tanto no sentido político como metodológico. Uma vez que a "figura" e a "recapitulação" implicam ao mesmo tempo uma análise filológica das Cartas de Paulo de Tarso e uma reflexão sobre o próprio método filosófico. Nesse sentido, será exibido como eles fazem coincidir e tornam indiscerníveis o objeto e o método da investigação, em uma estratégia que identifica "figuras" do passado (autores, conceitos, temas) para as recapitular em uma nova direção. Desde esses conceitos, então, tratará de analisar uma série de referência que Agamben coloca, desenvolve e volta a retomar, ao longo de sua obra, em torno da relação entre estética e política. [ABSTRACT FROM AUTHOR]