CAPES - Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior Este trabalho objetivou avaliar a influência da conicidade interna (11,5° e 16°) na interface pilar/implante e no comportamento mecânico de específicos implantes cone Morse. Dessa forma, este trabalho foi divido em três capítulos com diferentes objetivos. No capítulo 1 foi analisado o comportamento mecânico de implantes dentários com angulação de cone em 11,5° e 16° e seus respectivos pilares em titânio, por meio de Análise de Elementos Finitos (AEF) e teste de fadiga, seguindo as normas ISO 14801. Cinquenta e quatro implantes tipo cone Morse foram divididos em seis grupos, variando para os diversos implantes: conexão e macrogeometria externa. Foram realizados os testes computacionais para distribuição de tensão (AEF) e em sequencia os testes de fadiga, seguindo as normas ISO 14801. Os resultados apresentados demonstram que independente da macrogeometria externa dos implantes, o sistema com 16° de inclinação interna de cone foi mais resistente quando comparado ao grupo com 11,5°. No capítulo dois, foi realizado teste de resistência a fratura e padrão de falhas por meio de microscópio óptico. Vinte implantes com seus respectivos componentes protéticos foram divididos em 2 grupos, variando apenas o ângulo de conicidade interna. Os implantes foram fixados à uma estativa metálica e submetidos ao teste de resistência à fratura numa máquina universal de testes mecânicos. Em seguida foi realizada avaliação para determinar o padrão de falha das amostras. Os resultados apontam que o sistema com 16° foi estatisticamente mais resistente quando comparado ao sistema com 11.5°. Além disso, as amostras do grupo com 16° tendem a deformar na região cervical, enquanto as amostras com 11.5° tendem a fraturar no terço médio. No terceiro capítulo, foi realizado a avaliação do espaço microscópico existente entre o corpo do implante e o corpo do componente (interface P/I) comparando implantes de conicidades diferentes (11,5° e 16°), por meio de microtomografia computadorizada e microinfiltração com azul de toluidina. Dezesseis implantes com ápice perfurado e seus respectivos componentes protéticos instalados foram dividos em dois grupos, variando o ângulo de conicidade interna (11,5° e 16°). Estes implantes foram 10 instalados em tubos plásticos. Com auxílio de equipamento específico, foi aplicado azul de toluidina no ápice dos implantes e posteriormente aplicado 2 bahr de pressão por um período de 60 minutos. Após o teste, as amostras foram submetidas a microtomografia computadorizada a fim de avaliar se havia algum espaço microscópico entre componente protético e implante. Não foi possível observar azul de toluidina extravasando pela região pilar e implante e não foi possível encontrar nenhuma imagem que sugerisse espaço microscópico entre implante e componente protético na tomografia computadorizada. Graças aos resultados apresentados pelos capítulos supracitados, conclui-se que o sistema de implantes com conicidade interna em 16°, apresenta uma maior resistência quando comparado aos implantes de 11,5°, independente da macrogeometria. Além disso, independente da inclinação das paredes dos implantes cone Morse, não se observa desajustes entre o componente protético e os implantes. The aim of this study was answering some questions related to specific dental implants with Morse taper prosthetic connection. The main objective was to evaluate and compare the influence of inclination of internal taper (11.5° and 16°) on the abutment/implant interface and on the mechanical behavior of specific Morse taper implants. Thus, this study was didactically divided into three different chapters for the specific objectives. In Chapter 1, the mechanical behavior of 11.5° and 16° internal taper inclination and their respective titanium abutments was analyzed by Finite Element Analysis (FEA) and fatigue testing, following ISO 14801 standard. Fifty-four Morse taper implants were divided into six groups, varying implant, connection and macrogeometry. The computational tests for stress distribution (FEA) were performed and, then, the fatigue tests following the ISO 14801 standard. The results showed that independent of the macrogeometry of the implants, the system with 16° internal taper inclination was more resistant. In Chapter 2, fracture resistance and failure pattern tests were performed using a specific methodology. Twenty implants with their respective prosthetic abutments were divided into 2 groups, varying only the internal taper inclination. Subsequently, the implants were fixed, and the bending test was performed in a universal mechanical testing machine. Finally, the evaluation was performed to determine the failure pattern of the samples. The results indicate that the 16° system was statistically stronger when compared to the 11.5° system. In addition, samples from the 16° group tend to deform in the cervical region, while 11.5° samples tend to fracture in the middle third. In the third and last Chapter, the microscopic space between the interface implant/abutment was analyzed by comparing implants of different internal taper inclination (11.5° and 16°) using computed microtomography and microleakage with toluidine blue. Sixteen implants with open apex and their respective prosthetic abutments were divided into two groups, varying only the inclination of internal taper between them (11.5° and 16°) and installed in plastic tubes. Using a specific equipment developed by group, toluidine blue was applied to the apex of the implants and subsequently applied 2 bahr of pressure for 60 minutes. After the test, the samples were submitted to computed microtomography in order to evaluate if there was any microscopic space between the prosthetic abutment and the implant. It was not possible to observe toluidine blue extravasating the peri-implant region and could not find any image that would suggest microscopic space between implant and prosthetic abutment on computed tomography. Due to the results presented by the above chapters, it can be concluded that the 16° internal taper implant system has a higher resistance compared to 11.5° implants, regardless of macrogeometry. In addition, no microgaps was observed between the prosthetic abutment and implants in both systems studied, thus maintaining the biological sealing. Tese (Doutorado) 2022-03-16