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O presente artigo discute o papel de Stálin e de seu período na mentalidade política russa, bem como as razões que vêm levando observadores externos a compararem a Rússia atual ao período Stalinista (1924-1953). Para tanto, inicia-se com uma breve avaliação sobre a figura de Stálin e do ‘Culto à Personalidade do Líder’ como fenômeno, o qual teria retornado à Rússia dos dias atuais no contexto de uma crescente propagandização em torno de Vladimir Putin. Posteriormente, analisa-se a relativa melhora da imagem de Stálin perante os russos nos últimos anos e o papel da celebração anual referente ao Dia da Vitória como elemento de afirmação do papel de Stálin como ‘vencedor’ da Segunda Guerra Mundial. Por sua vez, na terceira parte do artigo, demonstra-se que a imagem de Stálin como ‘repressor’ também está presente na memória coletiva russa, ao contrário do que se pontua no Ocidente, provando, assim, a verdadeira ambivalência do legado do ditador soviético para o país.

This paper discusses the Russian approach, from a rhetorical and practical viewpoint, regarding the military and economic predominance of the United States in the International System. The research method adopted was based on the compilation of statements by Russian authorities about the US position on the global stage, as well as on the presentation of the main initiatives and actions taken by the Kremlin, particularly from the 2000s onwards, in opposition to US interests both in the military and economic spheres. The first section initially deals with Russia’s intervention in Syria and Moscow's actions vis-a-vis the dismantling of bilateral nuclear-force treaties signed between the US and the Soviet Union during the Cold War. The second section brings the Russian articulation within the BRICS group as a criticism to American (and Western) privileges within institutions such as the IMF and the World Bank, posteriorly pointing out to the steps taken by Moscow in its quest to make the Russian economy less dependent on the dollar. We conclude by observing that in both military and economic aspects Moscow has obtained moderate results in view of its aspirations regarding the role of counterweight to the American power in International Relations.

Este artigo procura discutir a Globalização enquanto fenômeno, assim como suas consequências, entendimentos, desdobramentos e as principais críticas por parte de analistas, surgidas da observação de suas características mais problemáticas em nossos tempos. Posteriormente, partindo da interpretação desse como fenômeno liderado (principalmente) pelos Estados Unidos, refletimos sobre a posição do Brasil em relação à Globalização, especialmente no que concerne as relações do país com sua contraparte norte-americana. Nesse sentido, destacamos três pontos principais de contato: o turismo, a atração que as produções Hollywoodianas exercem sobre o público brasileiro e, finalmente, dentro da esfera política, as inclinações do atual presidente Jair Bolsonaro para com os Estados Unidos e, em particular, para com seu atual governante [Donald] Trump. Postula-se que a importância do Soft Power americano é fator fundamental na relação entre Brasil e Estados Unidos, num momento em que o chamado discurso Globalista (um dos aspectos ideológicos visíveis da Globalização) encontra-se ameaçado pelo surgimento de governos com tom e retórica mais nacionalistas, como o apresentado pelo governo brasileiro atual, entre muitos outros exemplos. Nesse contexto, os esforços do presidente Bolsonaro no sentido de estreitar laços com o presidente americano [Trump] podem concentrar ainda mais a atenção dada pelos brasileiros aos Estados Unidos e a suas produções culturais, aumentando potencialmente [por exemplo] o número de turistas àquele país e aproximando o Brasil daquele que pode ser considerada o centro difusor da Globalização numa época em que, curiosamente, o governo brasileiro expressa-se em termos de uma retórica anti-globalista. Palavras-Chave: Globalização; Soft Power americano; Política Externa Brasileira.

The architecture of global financial governance has recently been complemented by emerging economies’ efforts to coordinate policies, as exemplified by new coalitions of states and a new set of non-Western international institutions. BRICS, in its turn, has made a significant contribution in this direction by establishing the New Development Bank — an alternative to traditional mechanisms of financing development projects with an emphasis on sustainability. As a representative of the growing cooperation of the BRICS countries in recent decades, the NDB highlights most of the group’s views on financial governance. This paper applies a qualitative/analytical approach to the BRICS and NDB Communiqués and practices in order to demonstrate how the bank has managed to successfully institutionalize the group’s discourse over time.

This article presents an evaluation on Moscow-Washington relations in the context of a renewed antagonism between the two governments, and the foreign policy visions currently employed by the Russian Federation and the United States (in relation to each other) through their compatibility with the Constructivist Theory of IR. We aim to demonstrate that, although the Realist perspective seems (at first glance) the most appropriate one to approach the current foreign policy of both countries (especially on their bilateral relations), ideational factors belonging to the Constructivist Theory still hold sufficient explanatory force in regard to Moscow´s and Washington´s views about each other. In terms of structure, we initially set out to discuss some of the main contributions of Constructivism to IR Theory and its reinterpretation of key-concepts previously crystallized by Neoliberalism/Neorealism. Secondly, we demonstrate how the Constructivist Theory was applied during the Cold War era to explain important events related to the increasing / cooling of tensions between Moscow and the West until the Yeltsin years. Finally, we elaborate on how some of its premises could still be applied today, helping us to fully grasp the current Moscow´s view about the international system and, more importantly, about its complicated relationship with the United States. In methodological terms, the article draws on an analytical (and meta-theoretical) discussion relating the Theory to important events involving both countries politically, deepening the debate on the constructivist vision in IR, while adopting Alexandr Wendt's perspective to substantiate the current argument. Keywords: Constructivism, (Neo)Realism, Russian Foreign Policy, American Foreign Policy, International Relations