FACEPE A cistatina C (CysC) é um marcador precoce de disfunção renal, o qual é mais preciso na predição do risco de falha renal do que a creatinina, e tem se mostrado independente de sexo, idade, dieta e massa muscular. Assim, o desenvolvimento de testes diagnósticos rápidos, precisos e sem a necessidade de manipulação por pessoal especializado, comoos imunossensores, é de grande importância para quantificação da CysC. Neste trabalho foram desenvolvidos ensaios imunossensores eletroquímicos para detectar a alteração nos perfis serológicos de CysC. Nanopartículas de silício (MCM-41) funcionalizadas foram utilizadas no desenvolvimento de plataforma sensora. Um eletrodo de ouro funcionalizado com monocamadas auto-organizadas (SAMs) de ácido mercaptopropiônico (MPA) foi utilizado para a imobilização do MCM-41 e as leituras feitas através da técnica de impedância eletroquímica. Além disso, buscando o melhoramento dos sensores eletroquímicos, foi desenvolvido um imunossensor utilizando nanocompósito de óxido de grafeno-aminoferroceno. Aqui, o ferroceno funciona como centro de atividade eletroquímica para leituras diretamente em sangue ou soro. Nos ensaios desenvolvidos, as monocamadas auto-organizadas de MPA permitiram a estável imobilização das nanopartículas de silício. Estas, por sua vez, foram funcionalizadas com sucesso através da adição de grupamentos amina, o que foi comprovado através da análise por Infravermelho por Transformada de Fourier (FT-IR). Além disso, as nanopartículas admitiram o aumento da capacitância na interface entre o eletrodo e a solução redox, a estável imobilização dos anticorpos e sensível detecção da CysC, com uma faixa de detecção linear de 0,2 a 1,0 μg/mL e limite de detecção de 0,06 μg/mL. No segundo trabalho, a funcionalização do grafeno com o aminoferroceno foi bem-sucedida, sendo comprovada através de análise de FT-IR. O imunossensor baseado em nanocompósito de grafeno-aminoferroceno permitiu um aumento da área eletroativa do eletrodo e da área para imobilização de biomoléculas, comprovada através da técnica de Microscopia de Força Atômica. A plataforma permitiu a detecção linear da CysC na faixa de 0,1 a 1000 ng/mL e limite de detecção de 0,03 ng/mL com alta sensibilidade, sendo uma excelente alternativa para detecção eletroquímica da CysC em tempo real sem o uso de sondas redox. As vantagens deste imunossensor incluem testes rápidos com menos etapas pelo simples uso de uma superfície redox. Os métodos aqui descritos se mostraram estáveis e sensíveis na detecção de CysC e, por consequência, de grande importância para a prevenção e detecção precoce de doenças renais. Cystatin C (CysC) is an early marker of renal dysfunction, which is more accurate in predicting the risk of renal failure than creatinine, and has been shown to be independent of gender, age, diet and muscle mass. Thus, the development of fast, accurate and no need for handling by skilled personnel, such as immunosensors, is of great importance for quantifying CysC. In this work, electrochemical immunosensor assays were developed to detect the change in CysC serological profiles. Functionalized silica nanoparticles (MCM- 41) were used in the development of sensor platform. A functionalized gold electrode with self-assembled monolayers (SAMs) of mercaptopropionic acid (MPA) was used for immobilization of the MCM-41 and readings made using the electrochemical impedance technique. In addition, seeking the improvement of electrochemical sensors, an immunosensor using graphene-aminoferrocene oxide nanocomposite was developed. Here, ferrocene acts as the center of electrochemical activity for readings directly in blood or serum. In the assays developed, the self-assembled monolayers of MPA allowed stable immobilization of silica nanoparticles. These, in turn, were successfully functionalized through the addition of amine groups, which was confirmed by Fourier Transform Infrared (FT-IR) analysis. In addition, the nanoparticles allowed for increased capacitance at the interface between the electrode and redox solution, stable immobilization of antibodies and sensitive CysC detection, with a linear detection range of 0.2 to 1.0 μg/mL and limit detection rate of 0.06 μg/mL. In the second work, the functionalization of graphene with aminoferrocene was successful, being confirmed by FT-IR analysis. The grapheneaminoferrocene nanocomposite-based immunosensor allowed an increase in the electrode electroactive area and the area for immobilization of biomolecules, proven by the Atomic Force Microscopy technique. The platform allowed linear detection of CysC in the range 0.1 to 1000 ng/mL and detection limit of 0.03 ng/mL with high sensitivity, making it an excellent alternative for real time electrochemical detection of CysC without the use of redox probes. Advantages of this immunosensor include rapid testing with fewer steps by simple use of a redox surface. The methods described herein have been shown to be stable and sensitive in detecting CysC and therefore of great importance for the prevention and early detection of kidney disease.