A artrite reumatoide (AR) é uma doença inflamatória, sistêmica e progressiva que leva a deformidade e destruição das articulações. Por ser uma doença crônica, a AR necessita de tratamento por tempo prolongado, acarretando custos elevados para o Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento medicamentoso inclui utilização de agentes biológicos, como os anti-TNF, que são indicados para pacientes que apresentaram falha terapêutica ao tratamento com Medicamentos Modificadores do Curso da Doença Sintéticos (MMCDs). O objetivo deste estudo foi avaliar a efetividade e a segurança dos agentes anti-TNF, usados no tratamento da artrite reumatoide disponibilizados pelo SUS por meio da Superintendência Regional de Saúde de Belo Horizonte, Minas Gerais. Os pacientes foram acompanhados por 18 meses, através de entrevista na primeira dispensação do medicamento e em seguida, a cada seis meses. A coorte foi constituída por 51 pacientes com AR, em sua maioria do sexo feminino e com tempo médio de duração da doença de 10,11 anos. Cerca de 65% (n= 33) dos pacientes iniciaram o estudo com o uso de adalimumabe, enquanto 19,6% (n= 10) utilizavam etanercepte, 13,7% (n= 7) golimumabe e 2,0% (n= 1) certolizumabe. O Clinical Disease Activity Index (CDAI) apresentou valor médio de 25,03, evidenciando atividade alta da doença no início do acompanhamento. Houve diferença estatisticamente significativa entre o valor médio do CDAI apresentado na primeira entrevista quando comparado ao valor da segunda, terceira e quarta entrevista. Entretanto, o mesmo resultado não foi observado ao comparar o CDAI da segunda para a terceira e da terceira para quarta entrevista. Verificou-se que apenas 52,9% (n= 27), 51,0% (n= 26) e 52,9% (n= 27), dos pacientes alcançaram a remissão ou atividade leve da AR, após seis, 12 e 18 meses de tratamento, respectivamente. Após seis meses de tratamento, 74,5% (n= 38) dos pacientes relataram algum tipo de reação adversa, 60,8% (n= 31), após 12 meses e 62,7% (n= 32) após 18 meses. Em geral, o tratamento com os anti-TNF foi bem tolerado pelos pacientes desta coorte. Os resultados deste estudo reforçam a importância de um acompanhamento contínuo dos pacientes para verificar a possibilidade de troca da terapia em situações de falha terapêutica e/ou reações adversas, tanto para garantir uma melhor qualidade de vida para os pacientes como para evitar gasto desnecessário para o SUS. Rheumatoid arthritis (RA) is an inflammatory, systemic and progressive disease that leads to deformity and destruction of joints. RA needs treatment for a long time resulting in high costs for the Brazilian Unified Health System (Sistema Único de Saúde - SUS). Pharmacological treatment includes the use of biological agents, such as anti-TNF, which are indicated for patients who have failed treatment with therapeutic disease-modifying anti-rheumatic drugs (DMARDs). The aim of this study was to evaluate the effectiveness and safety of anti-TNF agents, used in the treatment of rheumatoid arthritis provided by SUS through Regional Health Superintendence of Belo Horizonte, Minas Gerais. Patients were followed by 18 months. Interviews in the first dispensation of the medication and then every six months were conducted. The cohort consisted of 51 patients with RA, mostly female with the average time of disease duration of 10.11 years. Around 65% of patients (n= 33) began the study taking adalimumab, 19.6% (n= 10) took etanercept, 13.7% (n= 7) golimumab, and 2.0% (n= 1) certolizumab. The Clinical Disease Activity Index (CDAI) showed an average value of 25.03, indicating high disease activity at the baseline. There was a statistically significant difference between the average value of CDAI presented in the first interview when compared to the value of the second, third and fourth interview. However, the same was not found when comparing CDAI from second to third, and from third to fourth interview. It was found that only 52.9%, 51.0%, 52.9% of patients achieved remission or mild activity of RA after six, 12 and 18 months of treatment, respectively. At 6 months of follow-up after treatment, 74.5% (n= 38) of patients reported some type of adverse reaction, 60.8% (n= 31) after 12 months and 62.7% (n= 32) after 18 months. Overall, treatment with anti-TNF has been well tolerated by patients in this cohort. The results of this study reinforce the importance of continuous monitoring of patients to verify the possibility of exchange of therapy in treatment failure situations and / or adverse reactions, to ensure a better quality of life for patients and avoid unnecessary expense by SUS.