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Os acontecimentos nas últimas semanas têm me feito pensar seriamente que estou vendo uma série de documentários do passado. Na França, um partido de extrema direita, a Frente Nacional de Jean Marie Le Pen, consegue ir para o segundo turno da eleição presidencial, derrotando o candidato socialista, Lionel Jospin. Na Venezuela, um presidente populista, Hugo Chavez, é derrubado do poder por uma ação militar e, apesar de ele ter sido reempossado, parecia um típico golpe de Estado latino-americano dos anos 70. Será possível que estamos voltando ao passado? Apesar das aparências, quero acreditar que não.

O objetivo desse texto é avaliar se, dada a atual conjuntura de crise econômica e social em alguns países europeus e no Ocidente em geral, haveria um risco real de volta do fascismo. A questão do fascismo "reciclado" e na adaptação de vários regimes ao regime democrático sem se tornarem, obrigatoriamente, democracias, será especialmente enfocado.

The article sets out to analyze fascist and neo-fascist movements in Chile, in the period following World War II. Chile is an exemplary case for this type of analysis, as it had a significant fascist movement in the period between world wars, with several radical right organizations appearing later on. The objective of the study is to understand how the defeat of the Axis and post-war context affected these fascist movements, including some composed by women. [ABSTRACT FROM AUTHOR]