Osteossarcoma é o tumor ósseo maligno primário mais comum, com uma taxa de incidência nos adolescentes de 8 a 11 casos/milhão entre 15 e 19 anos. No Brasil, estima-se 350 casos/ano até 20 anos. A sobrevida é de até 70% em cinco anos para os não metastáticos e 80% de sobrevida global. Quando recaem, essa sobrevida atinge 20% em um ano. Pacientes com Osteossarcoma devem ser acompanhados frequentemente com estudos radiológicos para investigação de metástases, por pelo menos 5 anos após término do tratamento , sendo mais intensivo nos dois primeiros anos, onde ocorrem a maioria das recaídas. Objetivo: Avaliar o acompanhamento do pós tratamento nos pacientes portadores de osteossarcoma. Casuística e Métodos: Estudo retrospectivo realizado na Fundação Pio XII Hospital de Câncer de Barretos, com 52 pacientes tratados de Osteossarcoma pelo Departamento de Pediatria, no período de janeiro de 2000 a julho de 2006. Os dados foram coletados através de uma ficha clínica, que constava registros sócios demográficos e clínicos. Foi realizada a análise descritiva dos dados. Para a associação das variáveis independentes ao comparecimento à consulta, utilizou-se o teste qui-quadrado. Resultados: Dos 52 pacientes analisados, 61,5 % eram do sexo masculino, com mediana de idade de 15 anos e 48,1% procedentes do Estado de São Paulo. Em relação às variáveis clínicas, 59,6% recidivaram e desses recidivados, 58% foram pulmonar. Desses com recidiva pulmonar, 44,4% no momento da recaída apresentavam queixa e não adiantaram a consulta. Não houve associação estatisticamente significativa entre as características demográficas com o comparecimento adiantado à consulta, sendo que os residentes a menos de duas horas do hospital representaram 33,3% e os que residiam há mais de 21horas de viagem 30,8% (p=0,073). Nas consultas em que ocorreram atrasos, 54,5% dos pacientes estavam hospedados em alojamento (p=0, 010). Entre os pacientes, 81,3% dos que adiantaram a consulta apresentavam queixas quando comparados com os que não adiantaram (p=0,005). Dos pacientes que recidivaram, 12,9% compareceram atrasados em alguma consulta, enquanto que os não recidivados,47,6% atrasaram em alguma consulta (p=0,006).Nas consultas em que houve atrasos, 54,5% estavam hospedados em alojamento(p=0,010). Conclusão: Em nossa experiência podemos inferir que a distância não foi fator preponderante para o comparecimento atrasado às consultas e que a maioria dos pacientes que compareceram atrasados à consulta dependiam do alojamento para hospedagem. Verificou-se que os pacientes que adiantaram a consulta apresentavam mais queixas, e estas estavam associadas ao resultado positivo dos exames realizados. Além disso, nos pacientes que recidivaram, aqueles que adiantaram a consulta não apresentaram diferença estatisticamente significativa na sobrevida livre de recidiva Osteosarcoma, the most common malignant primary bone tumor, with incidence rates, for adolescents between 15 to 19 years old, of 8-11 cases/ million. In Brazil, it is estimated 350 cases/ year until 20 years of age. It has a survival of up to 70% in five years for the non-metastatic ones and a global survival of up to 80%. When they relapse, this survival reaches 20% in one year, and it might reach 40 % in five years. Osteosarcoma patients should be followed up, frequently, with radiologic studies to investigate metastases, for at least five years after the end of treatment, which should be more intensive in the two first years, where most of the relapses occur. Aim: To evaluate the post-treatment follow-up in osteosarcoma patients. Material and methods: A retrospective study carried out at Fundação PioXII Hospital de Câncer de Barretos evaluated 52 osteosarcoma patients who were treated by the Pediatrics Department, between January, 2000 and June, 2006. Data were collected using a clinical file which comprised socio-demographic and clinical data. Results: 52 patients were analyzed, 61,5% were male, the mean age was 15 years old, and 48,1% were from São Paulo State. In regard to the clinical variables, 59,6% of patients relapsed, and from those, 58% have lung relapses. 44,4%of the patients who had lung relapses, presented some kind of complain and did not move up their visits. There was no statistically significant difference between the demographic features and the early attendance to visits, and people who lived less than a two-hour-trip from the hospital represented 33,3% of patients whereas people who lived more than a 21-hour-trip, represented 30,8% (p=0,073). The relapse showed association with late attendance to visit, because 12,9% of relapse patients were late (p=0,006). Among the late patients, 54,5% of them were in housing(p=0,005). Conclusion: In our study, we could infer that distance was not an important factor to late attendance to visits, and most late patients depended on housing to have a place to stay. During follow-up, it was verified that early patients presented more complaints, and those were related to the positive results of the exams. Besides, in relapse patients, those who have moved up their visits, did not present statistically significant difference in the relapse-free survival