El presente artículo tiene como propósito inicial realizar una reflexión acerca de las potencialidades analíticas y conceptuales de la teoría espacial de Doreen Massey y David Harvey, en el análisis de la formación para la ciudadanía y la construcción de subjetividades desde la escuela. Para ello, se revisan los conceptos de espacio y espacialidad que los autores han propuesto en dos de sus trabajos más representativos: La condición de la posmodernidad (Harvey, 2003) y Ciudad mundial (Massey, 2008). Se comentan, a modo de introducción y antecedentes, algunas de las propuestas conceptuales del filósofo francés Henri Lefebvre, quien ha realizado un interesante acercamiento fenomenológico al concepto de espacio, sus representaciones y las experiencias vividas por los sujetos. Esta propuesta, de una u otra forma, se puede rastrear en autores como Milton Santos o Edward Soja. De este modo, se toma como punto de partida una premisa que sirve a la vez de eje articulador y de idea central del presente artículo: es relevante para el análisis socioespacial el uso social del territorio, y no el territorio per se. Esta idea está presente tanto en Milton Santos, como en Henri Lefebvre, Edward Soja y en los autores de los que nos ocupamos. En seguida, se exponen de manera muy sucinta algunas observaciones y registros tomados de la práctica pedagógica del autor del artículo con estudiantes de diversos grados del Centro Educativo Rural Olarte de la localidad de Usme en Bogotá. Estos registros hacen parte de las representaciones y concepciones sobre el espacio vivido por parte de los estudiantes. La información que se presenta no pretende seguir un método particular de análisis, sino que se vincula en la reflexión para ilustrar la aplicación de los conceptos de los dos autores estudiados en escenarios escolares. De este modo, se podrán abordar los dos contextos conceptuales, escuela-espacio, y así comprender las posibilidades de un ejercicio político escolar dinámico, constructor de subjetividades y de respeto por la diferencia y la diversidad. As its initial goal, the present article aims to reflect on the analytical and conceptual potentialities of the spatial theory of Doreen Massey and David Harvey with regard to an analysis of citizenship education and the construction of subjectivities in schools. For this purpose, this article reviews the concepts of space and spatiality that the authors pro-pose in two of their most representative works: The Condition of Postmodernity (Harvey, 2003) and World City (Massey, 2008). In the manner of an introduction and background, we comment on some of the conceptual suggestions of the French philosopher Henri Lefebvre, who takes an interesting phenomenological approach to the concept of space, its representations, and the experiences lived by subjects. This approach, in one way or another, can be perceived in authors such as Milton Santos and Edward Soja. Thus, as our point of departure, we adopt a premise that can serve as both the articulating axis and the central idea of the present article; we find the social use of territory, and not territory per se, relevant for socio-spatial analysis. This idea is present in Milton Santos, in addition to Henri Lefebvre, Edward Soja, and the other authors whom we address. Next, we succinctly present some observations and records taken from the pedagogical practice of the author of the article with students from various levels attending the Olarte Rural Educational Center in the neighborhood of Usme in Bogotá. These records are part of the students' representations and conceptions regarding lived space. The information presented does not intend to follow a particular method of analysis but is linked to reflection to illustrate the application of the concepts of the two authors studied in school contexts. In this manner, we can approach the two conceptual contexts, school-space, and thus understand the possibilities of a dynamic political exercise in the school, constructing subjectivities and respect for difference and diversity. O presente artigo tem como propósito inicial realizar uma reflexão sobre as potencialidades analíticas e conceituais da teoria espacial de Doreen Massey e David Harvey, na análise da formação para a cidadania e a construção de subjetividades a partir da escola. Para isso, são revisados os conceitos de espaço e espacialidade que os autores propõem em dois de seus trabalhos mais representativos: A condição pós-moderna (Harvey, 2003) e World City (Massey, 2008). Comentam-se, como introdução e antecedentes, algumas das propostas conceituais do filósofo francês Henri Lefebvre, que realizou uma relevante aproximação fenomenológica ao conceito de espaço, suas representações e as experiências vividas pelos sujeitos. Essa proposta, de uma ou outra forma, pode ser percebida em autores como Milton Santos ou Edward Soja. Desse modo, tomamos como ponto de partida uma premissa que serve ao mesmo tempo de eixo articulador e de ideia central do presente artigo: encontramos relevante para a análise socioespacial o uso social do território e não o território por si. Essa ideia está presente tanto em Milton Santos quanto em Henri Lefebvre, Edward Soja e nos autores com os quais trabalhamos. Em seguida, expõem-se, de maneira sucinta, algumas observações e registros, tomados da prática pedagógica do autor do artigo com estudantes de diversas séries do Centro Educativo Rural Olarte da localidade de Usme em Bogotá. Esses registros fazem parte das representações e concepções sobre o espaço vivido por parte dos estudantes. A informação apresentada não pretende seguir um método particular de análise, mas sim se vincula na reflexão para ilustrar a aplicação dos conceitos dos autores estudados em cenários escolares. Desse modo, poderão ser abordados os dois contextos conceituais, escola-espaço, e assim compreender as possibilidades de um exercício político escolar dinâmico, construtor de subjetividades e de respeito pela diferença e pela diversidade.