O Mesoclemmys tuberculata, comumente conhecido como cágado do nordeste, é uma espécie endêmica do nordeste brasileiro e, podem ser encontrados nas caatingas e agreste, além do rio São Francisco e bacias adjacentes. Dentre as afecções que acometem esses animais, a ingestão de anzóis e linhas de pesca se apresentam normalmente como um achado acidental em radiografias, podendo causar lesões graves no trato gastrointestinal. As indicações para cirurgia esofágica incluem corpos estranhos, tumores, perfurações, estenoses, entre outros. Em comparação com as cirurgias realizadas em outras regiões do trato digestivo, estas requerem mais cuidados no pós operatório, e o manejo alimentar é um dos fatores que determinam o sucesso do procedimento cirúrgico. O presente trabalho tem como objetivo relatar o caso de um espécime de cágado do nordeste encaminhado pela Polícia Ambiental para o setor ambulatorial do Parque Zoobotânico Arruda Câmara. Posteriormente ao exame clínico, observou a presença de um anzol de pesca em região de terço proximal do esôfago. O animal encontrava-se estável e foi encaminhado para o centro cirúrgico para retirada do corpo estranho. Após 15 dias sem nenhuma complicação pós-cirúrgica, o animal recebeu alta e foi encaminhado para soltura no próprio Parque.