1. Espace, territoires et maladies vectorielles : enseignements des Suds pour lutter contre la menace des arboviroses au Brésil ?
- Author
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Pascal Handschumacher, Walter Massa Ramalho, Florence Fournet, and Reuillard, Patrícia
- Subjects
territoires de santé ,practices of space ,territórios de saúde ,05 social sciences ,0211 other engineering and technologies ,0507 social and economic geography ,maladies vectorielles ,021107 urban & regional planning ,02 engineering and technology ,vector borne diseases ,General Medicine ,environnement ,doenças transmitidas por vectores ,práticas do espaço ,Political science ,territories of health ,meio ambiente ,pratiques de l’espace ,050703 geography ,Humanities ,environment - Abstract
As doenças transmitidas por vetores fazem parte de uma ameaça continuamente renovada à saúde humana. Adaptação dos vetores, mudanças climáticas, transformação dos ambientes, globalização do comércio, urbanização: tudo isso favorece e até mesmo mantém o surgimento e a disseminação destes riscos infecciosos. No Brasil, a notícia gira em torno das arboviroses transmitidas pelo Aedes aegypti, já que o país enfrenta o avanço da dengue, da Zika e do Chikungunya e a persistência da febre amarela. Outras doenças transmitidas por vetores, como as esquistossomoses, mantêm-se ao redor de áreas irrigadas do rio São Francisco. A dinâmica espacial dessas patologias destaca o papel da estruturação dos espaços, do funcionamento das redes, do crescimento da população e dos serviços de saúde, ecoando estudos realizados em torno das doenças transmitidas por vetores em outros lugares e sobre outros continentes. Ao relembrar os ensinamentos geográficos resultantes de alguns trabalhos interdisciplinares, propomos renovar o olhar sobre as doenças transmitidas por vetores através de confrontações de experiências de ambos os lados do Atlântico, bem como das fronteiras sul-americanas. doenças transmitidas por vetores, meio ambiente, práticas do espaço, territórios de saúde. Les maladies à transmission vectorielle constituent une menace sans cesse renouvelée pour la santé humaine. Adaptation des vecteurs, changement climatique, transformation des environnements, mondialisation des échanges, urbanisation, favorisent le maintien voire l’émergence et la diffusion de ces risques infectieux. Au Brésil, l’actualité se focalise autour des arboviroses transmises par les Aedes aegypti, le pays étant confronté à l’essor aussi bien de la dengue, du Zika, que du Chikungunya et la persistance de la fièvre jaune. D’autres maladies vectorielles se maintiennent comme les schistosomoses, autour des périmètres irrigués du rio São Francisco. La dynamique spatiale de ces pathologies souligne le rôle de la structuration des espaces, du fonctionnement des réseaux, de l’essor de l’urbanisation, de l’offre de soins, faisant écho à des études menées autour des maladies vectorielles, en d’autres lieux et sur d’autres continents. En rappelant les enseignements géographiques issus de quelques travaux interdisciplinaires, nous proposons de renouveler le regard porté sur les maladies vectorielles par des confrontations d’expériences de part et d’autre de l’Atlantique, voire des frontières sud-américaines. Vector-borne diseases are a constantly renewed threat to human health. Vectors adaptation, climate change, environment modifications, globalization, urbanization, promote the persistence or even the emergence and diffusion of these infectious risks. In Brazil, today’s preoccupations are focused on Aedes transmitted arboviruses. The country is facing the rise of dengue, Zika, Chikungunya and the persistence of yellow fever. Other vector-borne diseases such as schistosomiasis, persist around the irrigated perimeters of Sao Francisco River. The spatial dynamics of these diseases underline the role of the structuring of spaces, the functioning of networks, the growth of urbanization, and the supply of care, echoing studies carried out around vector-borne diseases, in other places and on other continents. By recalling the geographical teachings resulting from some interdisciplinary work examples, we propose to renew the focus on vector-borne diseases by confronting experiences on both sides of the Atlantic, or even then South American borders.
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- 2022
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