1. Marriage patterns in São Paulo coffee economy (1860-1930)
- Author
-
Oswaldo Mário Serra Truzzi
- Subjects
Etnicidad ,media_common.quotation_subject ,Economía cafetera ,Sao Paulo ,Immigration ,Population ,Imigração ,Inmigración ,Ethnic group ,State (polity) ,Matrimonios ,Ethnicity ,Inbreeding ,Marriage ,Coffee economy ,education ,Socioeconomics ,Casamentos ,Demography ,media_common ,education.field_of_study ,White (horse) ,Economia cafeeira ,Etnicidade ,language.human_language ,São Paulo ,Geography ,lcsh:HB848-3697 ,Endogamia ,Workforce ,language ,Great Depression ,lcsh:Demography. Population. Vital events ,Immigation ,Portuguese - Abstract
O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir as pautas matrimoniais vigentes em um município típico da economia cafeeira paulista, entre 1860 e 1930, tomando tal variável como indicador do vigor da identidade étnica e do grau de assimilação dos estrangeiros na sociedade local. São Carlos foi fundado em 1857 e conformou-se, a partir da penúltima década do século XIX, como um município bastante representativo da economia cafeeira que se desenvolveu no Estado. De fato, com uma mão de obra inicialmente composta por escravos negros, a partir dos anos 1880 o município passou a receber expressivas levas de imigrantes europeus - italianos, portugueses, espanhóis e outros numericamente menos significativos - para trabalhar nas plantações de café, a ponto de, em 1894, ter recebido o maior contingente de imigrantes de todo o interior paulista. A partir de uma análise dos 15.011 registros paroquiais de casamento observados no período, o trabalho discute a evolução das preferências matrimoniais desses diversos grupos que, ao lado de brasileiros brancos e negros, conformaram uma população estimada em 60 mil indivíduos em 1930. Os dados analisados indicam que a origem nacional atuou como condicionante muito significativo das opções matrimoniais efetivamente concretizadas até pelo menos final dos anos 1920. Assim, as evidências colhidas apontam que pelo menos as primeiras duas gerações de indivíduos de origem imigrante, que viveram em São Carlos até a Grande Depressão do final da década de 1920, mostraram-se bastante resistentes ao processo de assimilação, pelo menos sob o ângulo das pautas matrimoniais. This paper discusses marriage patterns in a representative city in the state of São Paulo during the coffee economy of 1860-1930. It takes these patterns as indicators of the strength of ethnic identities and of the assimilation of European immigrants in the local society. The city of São Carlos was founded in 1857 and by the late 19th century, it can be seen as fairly typical of the coffee economy that developed in the state of São Paulo. In fact, with a workforce initially composed of African slaves, from the 1880s the city began to receive significant waves of European immigrants - Italians, Portuguese, Spanish and other less numerically significant - for work on coffee plantations, to the point that, in the year of 1894, it received the highest number of immigrants in all of the state, except for the capital. From an analysis of 15,011 parish registers of marriage observed in the period, this paper discusses the evolution of marriage preferences among diverse groups that, alongside black and white Brazilians, conformed an estimated population of 60,000 individuals in 1930. The data analyzed indicate that national origin served as very significant determinant of marital options effectively implemented until at least the late 1920s. Thus, the evidence gathered indicates that at least the first two generations of persons of immigrant origins, living in São Carlos until the Great Depression in the late 1920s, were quite resistant to the process of assimilation, at least in regards to marriage patterns. El objetivo de este trabajo es presentar y discutir las pautas matrimoniales vigentes en un municipio típico de la economía cafetera paulista, entre 1860 y 1930, tomando tal variable como un indicador del vigor de la identidad étnica y del grado de asimilación de los extranjeros en la sociedad local. San Carlos fue fundado en 1857 y se convirtió, a partir de la penúltima década del siglo XIX, en un municipio bastante representativo de la economía cafetera que se desarrolló en el estado de Sao Paulo. De hecho, con una mano de obra inicialmente compuesta por esclavos negros, a partir del año 1880 y en adelante, el municipio pasó a recibir ingentes masas de inmigrantes europeos - italianos, portugueses, españoles y otros numéricamente menos significativos- para trabajar en las plantaciones de café, hasta el punto de que, en 1894, había recibido el mayor contingente de inmigrantes de todo el interior del estado de Sao Paulo. A partir de un análisis de los 15.011 registros parroquiales de matrimonio observados en el período, el trabajo discute la evolución de las preferencias matrimoniales de esos diversos grupos que, junto a los brasileños blancos y negros, conformaron una población estimada en 60 mil individuos en 1930. Los datos analizados indican que el origen nacional actuó como un condicionante muy significativo en las opciones matrimoniales, efectivamente consumadas en matrimonios, hasta por lo menos final de los años veinte del siglo pasado. Así pues, las evidencias recogidas apuntan a que por lo menos las primeras dos generaciones de individuos de origen inmigrante, que vivieron en San Carlos hasta la Gran Depresión del final de la década de 1920, se mostraron bastante resistentes al proceso de asimilación, por lo menos bajo el ángulo de las pautas matrimoniales.
- Published
- 2012
- Full Text
- View/download PDF