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O fibroma odontogênico periférico é uma massa relativamente rara, benigna, não encapsulada e gengival de tecido conjuntivo fibroso, considerada a contrapartida extra-óssea do fibroma odontogênico central. Ele foi anteriormente bastante comumente confundido com o fibroma ossificante periférico, até a classificação da OMS (1992), classificado em tumores odontogênicos. O objetivo deste artigo é relatar um caso de fibroma odontogênico periférico gigante de tipo rico em epitélio, avaliando e analisando, segundo a literatura, as suas características. Utilizou-se como ferramenta de diagnóstico a coloração Picrossírius vermelho em campo claro, luz polarizada e fluorescência, uma técnica histológica comumente usada para visualizar colágeno pela determinação da histoquímica da cor de polarização.

O objetivo deste trabalho foi fazer uma revisão de literatura sobre as características clínicas, radiográficas, diagnóstico diferencial, origem e tratamento do cisto dentígero, além de relatar um caso clínico. Os cistos dentígeros são mais freqüentes na maxila do que na mandíbula, geralmente acometendo principalmente a região anterior da maxila e posterior da mandíbula, associados a coroas de dentes retidos na sua porção cervical. As lesões são assintomáticas, não alcançando grandes proporções e clinicamente podem provocar expansão óssea, assimetria facial ou deformidade do local. No caso clínico apresentado, o exame radiográfico demonstrou o dente 23 incluso, radiolucência limitada por uma cortical óssea. A abordagem clínica foi realizada com enucleação cirúrgica e o exame histopatológico confirmou tratar-se de um cisto dentígero.