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A estenose de narina é considerada uma alteração primaria na síndrome braquicefálica, que tem como característica uma abertura nasal estreita limitando a passagem do ar, sendo facilmente observada externamente. Cães e gatos que demonstram narina estenosada apresentam grande esforço respiratório, cansaço, dispneia, sono inquieto e roncos. O tratamento é a correção cirúrgica por meio do procedimento de rinoplastia, tendo em vista que a síndrome braquicefálica é progressiva, o prognostico se torna favorável quando a cirurgia é feita em animais em que a síndrome não esteja tão avançada. O presente relato tem objetivo apresentar um gato da raça persa, de nove anos de idade com histórico de intolerância ao exercício e secreção nasal frequente. O animal foi submetido à técnica de rinoplastia com o uso do bisturi ultrassônico, o que permitiu uma recuperação cirúrgica mais rápida e pós cirúrgico imediato já apresentando melhora nos sinais clínicos.

A síndrome braquicefálica é um conjunto de alterações anatômicas e fisiológicas, que dificultam a passagem de ar nas vias aéreas. Essa síndrome combina a estenose de narinas e alongamento do palato mole como alterações primárias, que levam a alterações secundárias. Em função desses fatores, o animal faz maior esforço respiratório, apresentando sinais clínicos como ronco durante o sono e acordado, intolerância ao exercício físico, disfagia, espirro reverso e cianose. O relato objetiva apresentar as técnicas cirúrgicas estafilectomia e rinoplastia utilizadas para correção da angústia respiratória em canino da raça Bulldog Francês.

Objetivou-se relatar o caso de um canino, macho, com idade aproximada de sete anos, da raça West Highland White Terrier, apresentando sinais clínicos de disfagia, intolerância ao exercício, engasgos recorrentes e dispneia sendo observados a aproximadamente cinco anos, diagnosticado com prolongamento de palato mole. Os exames complementares de diagnóstico utilizados foram radiografia de tórax e tomografia computadorizada da região crânio cervical revelando hipertrofia de palato mole e linfoadenomegalia cervical. O alongamento do palato mole é uma das anomalias que compõe a síndrome do braquicefálico, podendo ocorrer em qualquer raça, porém pouco relatado em animais que não sejam braquicefálicos. Mediante resultados foi constatado a necessidade de tratamento cirúrgico para ressecção parcial do palato mole, sendo considerado o método mais eficaz para tal anomalia. Foram solicitados exames hematológicos, bioquímicos e avaliação cardiológica como pré-operatório. A Estafilectomia é o nome do procedimento cirúrgico de correção do palato mole alongado, o qual foi realizado com o uso de bisturi ultrassônico. Apesar de ser um aparelho ainda pouco utilizado e reconhecido, seu uso reduz o tempo de trans e pós-operatório, elevando a qualidade de vida do animal já no pós-operatório imediato. Após dez dias de pós-operatório com protocolo de antibiótico, anti-inflamatório, analgésico, protetor gástrico, antivaricoso, alimentação liquida/pastosa sendo pelo menos uma das refeições oferecida gelada por cinco dias, os tutores relataram que o animal começou a apresentar melhora já nas primeiras 24 horas após o procedimento. Conclui-se que a Estafilectomia é um procedimento cirúrgico ainda pouco comum na clínica cirúrgica de pequenos animais, mas de extrema relevância, já que extingue a sintomatologia do paciente promovendo qualidade de vida ao mesmo.