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A pandemia corona seria uma oportunidade e um teste para a educação religiosa? Seria o espaço para questões existenciais? Pode ser que a educação religiosa, na sua orientação normativa para a liberdade através de uma agenda oculta nas suas estruturas e práticas profundas, se torne menos uma escola de linguagem de liberdade do que uma escola de particularidade ou mesmo de falta de liberdade. Para mostrar a relevância deste sistema crítico-produtivo, procede-se, através de uma abordagem teórico-bibliográfica, em três passos: primeiro, uma abordagem exemplar através do discurso da vulnerabilidade; segundo, demonstrar as suas aporias; finalmente, contorna-se a dimensão política da educação religiosa como um elemento essencial, em sua relevância enquanto sistema crítico-produtivo

A digitalização é ambivalente: por um lado, oferece enormes oportunidades de liberdade, networking e comunicação; por outro lado, a digitalização está associada à subjetivação, constrangimentos e pressão para capitalizar. Isso tem um impacto na espiritualidade na esfera pública. Desenvolve uma grande dinâmica, é promissor, mas continua problemático. A presente pesquisa, de viés teórico-bibliográfico, parte da realidade da digitalização como desafio para a teologia. Em seguida, trabalha contornos da espiritualidade cristã e sua relação com o contexto digital. Por fim, propõe uma discussão crítica sobre o tema

A religião tornou-se um fenômeno altamente ambivalente na modernidade tardia. Para alguns, é um recurso duradouro de significado, mesmo em uma sociedade altamente pluralista ideologicamente. Para outros, pertence à esfera privada, não à esfera pública. O que ambos provavelmente compartilhariam, entretanto, é a suposição de que uma religião de Estado estaria em contradição com as promessas de liberdade e de autonomia da modernidade. Mas onde está o lugar da religião em uma sociedade democrática? O texto discute essa questão altamente complexa em um exame de duas teorias que moldaram debates no campo como poucos. A partir dessa discussão, outras perspectivas para uma posição fundamentada teologicamente que é responsável em termos de teoria democrática são dadas como conclusão

O presente artigo propõe-se analisar as causas da crise atual da Igreja e oferece, ao final, algumas pistas para a ação e mudanças efetivas. Inicialmente, constata-se que dentre as múltiplas causas dessa crise estão também as próprias estruturas da Igreja, contestando a tese largamente difundida de que se trataria, na verdade, de uma crise de Deus, motivada pela secularização, e não da Igreja. Feita essa constatação, faz-se necessário, metodologicamente, perguntar que tipo de Eclesiologia faria frente a essa crise e de que recursos da Tradição se poderia dispor. A tese defendida é de que uma Eclesiologia orientada no sujeito é capaz de combinar questões estruturais e questões de Deus. Os recursos a que se recorre para fundamentar tal Eclesiologia são as doutrinas do sensus fidei e a da sacramentalidade da Igreja. Conclui-se explicitando as reformas necessárias que emergem dessa Eclesiologia. Essas não serão possíveis sem uma participação ativa de todos os membros da Igreja e são condição necessária para que a Igreja se torne uma Igreja pública

O presente artigo analisa a relação entre o cristianismo e o judaísmo, de acordo com a Declaração do cristianismo com as religiões não cristãs, intitulada Nostra Aetate, do Concílio Ecumênico Vaticano II, de 1965, em quatro pontos. O primeiro estuda a história da elaboração da Declaração durante os trabalhos do Vaticano II, abordando as pressões feias por pessoas e grupos. O segundo ponto expõe os conteúdos mais significativos da Declaração em estudo. O terceiro ponto analisa o efeito da Nostra Aetate e sua importância para o diálogo inter-religioso. O quarto e último ponto esboça as linhas fundamentais para uma teologia cristã do judaísmo. Finaliza afirmando que a Declaração ainda tem um tempo de verificação diante de si