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O propósito do texto é perceber como bailarinas da Mimese Companhia de Dança Coisa (Mimese) compreendem a produção de partilha sensível (Rancière, 2005) dentro do processo de criação em dança que vivem, enquanto participantes do grupo. Como metodologia, o artigo usou da intepretação de escritos de Rancière e os aplicou nas entrevistas feitas com integrantes da companhia. Dessa maneira, há a compreensão, através das entrevistas com o elenco, que a partilha sensível se dá pelo fato de pessoas diversas terem acesso ao modo de produção de danças ao entrarem em contato com o trabalho desenvolvido pela diretora Luciana Paludo.

O trabalho resulta de uma atividade pedagógica realizada por um grupo de pesquisadores vinculados à disciplina de Seminário de Tese em Artes Cênicas, do currículo do Curso de Doutorado do Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas da UFRGS, oferecida em 2018. A experiência parte de uma proposta de análise, síntese e reflexão crítica de trabalhos acadêmicos representativos de conteúdos relacionados às pesquisas em andamento; e culmina na elaboração de produções textuais envolvendo temáticas emergentes no campo das Artes Cênicas. A apresentação do trabalho “em mosaico” reflete a diversidade de temáticas e a forma compartilhada de preparação dos escritos pelos sujeitos da experiência.

Busca-se no artigo resgatar e contextualizar aspectos da história da dança-teatro desde seu surgimento até o momento em que Bausch adentra nesse cenário artístico, e enfocar elementos presentes em cena na poética bauschiana, a partir de premissas da “teatralidade” (Féral, 2004), conceito explorado nos estudos teatrais da atualidade.

O texto apresenta uma reflexão a respeito do ensino de dança no meio escolar, sua relação com três modelos pedagógicos e seus respectivos pressupostos epistemológicos, a partir dos estudos de Becker (2008). Tendo por base uma pesquisa bibliográfica de cunho qualitativo, busca-se estabelecer conexões entre cada um desses modelos pedagógicos e suas abordagens por parte do professor de dança no ensino formal. O trabalho aponta para a necessidade de conscientização do profissional do ensino da dança em relação ao ato de ensinar e de análise crítica da própria prática docente como pontos de partida para a exploração das possibilidades e a superação dos limites que se apresentam na sala de aula.