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Introdução: Os modelos existentes de serviços de saúde para pessoas com artrite reumatóide são insustentáveis, devido à necessidade de apoio contínuo e urgente para que as pessoas realizem a gestão da sua doença na agudização da mesma, melhorando a sua qualidade de vida, e evitando o consumo desnecessário de recursos de saúde. A tele enfermagem é assim uma alternativa válida, pois a educação em saúde pode ser ministrada remotamente por meio do uso de diversas tecnologias e métodos síncronos e assíncronos, exigindo o envolvimento de profissionais e pacientes. Objetivos: Analisar a perceção das pessoas com artrite reumatóide sobre a implementação de intervenções de eNURSING numa consulta de reumatologia. Material e Métodos: Estudo exploratório, com abordagem qualitativa e análise descritiva. Participaram 5 pessoas com artrite reumatóide, seguidas em consulta de reumatologia, numa unidade hospitalar do centro do país. Dados colhidos em março de 2021, com recurso a focus grupo analisados no software NVIVO, recorrendo à classificação hierárquica descendente e análise de similitude. Resultados: Da análise do verbatim das pessoas com artrite reumatóide, emergiram 4 categorias e 21 subcategorias. As primeiras prendem-se com: dificuldade no autocuidado, barreiras que contribuem para a redução da qualidade de vida, sugestões para a gestão da doença e perceções dos doentes sobre a implementação de eNURSING. Conclusões: As pessoas com artrite reumatóide consideraram, como intervenções eNURSING mais importantes, a criação de linhas de contacto, como telefone ou email, bem como o desenvolvimento de uma aplicação, voltada para a literacia em saúde, onde são patenteadas intervenções de educação em saúde, bem como de gestão e adesão aos tratamentos.