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Quando vivem no campo, geralmente, as mulheres não possuem o reconhecimento e valorização de seu trabalho, sendo que seus papéis socioespaciais ficam restritos à esfera reprodutiva do lar e acabam buscando, na cidade, uma situação diferente. A partir do caso das mulheres que viveram no campo e depois migraram para a cidade, no município de Muzambinho-MG, essa pesquisa buscou compreender se seus papéis socioespaciais e as relações de trabalho se alteraram a partir do momento que passaram a viver no espaço urbano. Partindo de entrevistas com mulheres do campo e migrantes da cidade, pode-se concluir que, no contexto da realidade de uma cidade pequena, permeada pela ruralidade, a busca por melhores condições de vida na cidade foi, de certa forma concretizada, embora ainda vivenciem papéis socioespaciais desiguais, especialmente, pelos postos ocupados com menor remuneração e pela responsabilidade integral do trabalho reprodutivo