This study investigated the occurrence of plastic particles in the digestive tracts of fish from headwater streams in a human-thinly populated region of the subtropical Sinos River basin in southern Brazil. In total, 258 individuals from 17 species were collected using electric fishing. Thirty-eight percent (38%) of the specimens contained plastic particles. All of them were fibers, with a maximum count of 43 per individual. Plastic fibers were the fourth most abundant food category. Results showed that the uptake of these plastic particles was proportional to the number of ingested food items. Fiber counts in the guts correlated with the uptake of Trichoptera, which are invertebrates using plastic particles to construct their protective cases. No significant difference in plastic uptake was detected between benthic and water column fish. No evidence of bioaccumulation of plastic particles was found in the intestines. The distance from urban areas was not related to the number of ingested plastic particles, concluding that plastics are ubiquitous and available to biota, even in remote locations. The most probable source of these particles is residences close to the streams which discharge the sewage of washing machines without any treatment. Resumo Este estudo investigou a ocorrência de partículas plásticas no trato digestivo de peixes de riachos de cabeceira em uma região de baixa densidade humana da bacia subtropical do rio dos Sinos no sul do Brasil. No total, 258 indivíduos de 17 espécies foram coletados por meio da pesca elétrica. Trinta e oito por cento (38%) dos espécimes continham partículas de plástico. Todos eram fibras, com contagem máxima de 43 por indivíduo. As fibras plásticas foram a quarta categoria de alimentos mais abundante. Os resultados mostraram que a absorção dessas partículas plásticas foi proporcional ao número de itens alimentares ingeridos. A contagem de fibras nos intestinos se correlacionou com a absorção de Trichoptera, que são invertebrados que usam partículas de plástico para construir suas capas protetoras. Nenhuma diferença significativa na absorção de plástico foi detectada entre peixes bentônicos e de coluna d'água. Nenhuma evidência de bioacumulação de partículas plásticas foi encontrada nos intestinos. A distância das áreas urbanas não foi relacionada ao número de partículas plásticas ingeridas, concluindo que os plásticos são ubíquos e disponíveis para a biota, mesmo em locais remotos. A fonte mais provável dessas partículas são as residências próximas aos córregos que descarregam os esgotos das máquinas de lavar sem nenhum tratamento.