The present study addresses correlations between lifestyle and engagement in physical activity, in addition to discussing the conditions that make it possible for amateurs to continue with a complex practice such as surfing for a long time. To this end, we interviewed eleven surfers with more than ten years of uninterrupted practice on the south coast of São Paulo. Using content analysis, it was possible to find that their permanence is less influenced by matters of gender, age and marital status (usually prioritized in the literature on the topic) than by employment conditions. It is argued that engagement in surfing is linked to the lifestyle and ideals of youth, while the conditions that lead amateurs to keep this practice involve family and employment relationships, the stability of which provides security to routine and modulates the games between social and nature times. Thus, mature surfers narrate a way of living that values prudent attitudes as a means for re-signifying surfing in their lives, pointing to a transformation of the surf culture. It is considered that the relationships between permanence in practice and job stability are worth investigating in further studies. RESUMO No presente estudo, tratamos das relações entre estilo de vida e aderência à atividade física e discutimos as condições que possibilitam a longa permanência de amadores numa prática complexa como o surfe. Para tanto, entrevistamos onze surfistas com mais de dez anos de prática ininterrupta no litoral sul de São Paulo. Por meio de uma análise de conteúdo, foi possível constatar que a sua permanência é menos influenciada por questões de gênero, idade e estado civil (geralmente priorizada na literatura sobre o tema) do que condições empregatícias. Discute-se que adesão ao surfe é vinculada ao estilo de vida e aos ideais de juventude, ao passo que as condições de continuidade da prática dos amadores envolvem a família e os vínculos de emprego, cuja estabilidade dá segurança à rotina e modula os jogos entre os tempos sociais e da natureza. Assim, os surfistas maduros narram um modo de viver que valoriza atitudes prudentes como uma forma de ressignificação do surfe em suas vidas, apontando para uma transformação da cultura do surfe. Considera-se que as relações entre permanência na prática e estabilidade do emprego merecem ser investigadas em estudos futuros.