Aproximadamente 2.2 bilhões de pessoas no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (2020), apresentam alguma deficiência visual para perto ou para longe e a maior parte delas, encontra-se com baixa visão. Pessoas com deficiências visuais, comumente apresentam muitas dificuldades para se mover e realizar tarefas da vida diária devido às condições de iluminação desfavoráveis existentes nos ambientes. Portanto, o objetivo deste trabalho foi investigar os efeitos da iluminação na mobilidade e nas atividades da vida diária de pessoas com baixa visão, e identificar quais patologias se beneficiam dessa pesquisa. Para isso, uma revisão sistemática da literatura foi realizada e diretrizes do método PRISMA (2009) foram consideradas. As buscas na literatura conduziram-se em 8 bases de dados eletrônicas, sendo 6 convencionais (PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane Library, PsycINFO e Lighting Research and Technology) e 2 da literatura cinzenta (Google Scholar e ProQuest). Os termos low vision e sinônimos combinados com lighting e seus sinônimos foram usados para as buscas realizadas até maio de 2020. Para a inclusão e exclusão dos estudos, critérios de elegibilidade foram definidos antes do início das buscas. O Jadad Scale foi utilizado para avaliar a qualidade dos estudos individuais. A revisão sistemática da literatura resultou em 11 artigos totalmente relevantes para a presente pesquisa: 6 para atividades da vida diária (AVD) e 5 para mobilidade. Todos os artigos mostraram, tanto de forma quantitativa quanto qualitativa, a importância e o impacto da iluminação artificial e natural na vida de pessoas com baixa visão. 189 indivíduos, predominantemente femininos, foram investigados na questão AVD, e 512, predominantemente masculinos, na questão Mobilidade. Altos níveis de iluminação beneficiaram idosos com baixa visão e degeneração macular relacionada à idade em suas atividades da vida diária, principalmente na cozinha. Baixos níveis reduziram o desempenho da mobilidade dos indivíduos com meia-idade e baixa visão. Conclui-se que, apesar de moderados os efeitos dos altos níveis de iluminação nas atividades da vida diária e mobilidade, a qualidade de vida melhorou significativamente para essa população. E como a maior parte dos estudos relacionados à baixa visão e à iluminação englobava diversas doenças, houve dificuldade para apontar quais níveis de iluminação seriam os ideais para cada patologia, indicando a necessidade de mais pesquisas nessa área Aproximately 2.2 billion people in the world, according to World Health Organixaton (2020), have some near or far visual impairment and most them, with low vision. People with visual loss, commonly have many difficulties in moving and performing routine tasks, due to adverse lighting conditions existing in the environments. Therefore, the aim of this work was to investigate the effects of lighting on mobility and daily living activities of people with low vision and to identify which pathologies are benefited from this research. For this, a systematic literature review was carried out and PRISMA Statement guidelines (2009) were considered. Database searches conducted in 8 electronic databases, 6 from conventional (PubMed, Web of Science, Scopus, Cochrane Library, PsycINFO and Lighting Research and Technology) and 2 from gray literature (Google Scholar and ProQuest). The terms low vision and its synonyms combined with lighting and its synonyms were used for searches that were carried out until May 2020. For inclusion and exclusion of records, eligibility criteria were defined before the beginning of database searches. The Jadad Scale was used to assess the quality of individual studies. The systematic review of literature resulted in 11 articles totally relevant: 6 for daily living activities (ADL) and 5 for mobility. All articles showed, either quantitatively or qualitatively, the importance and impact of artificial light and daylight in the lives of people with low vision. 189 predominantly female individuals were investigated in ADL question and 512 predominantly male in the Mobility question. High levels of lighting benefited elderly with low vision and age-related macular degeneration in their daily activities, especially in the kitchen. Low levels of lighting reduced the mobility performance of individuals with middle age and low vision. In conclusion, despite the moderate effects of high levels of lighting on activities of daily living and mobility, the quality of life improved significantly for this population. And as most studies related to low vision and lighting encompassed several diseases, it was difficult to point out which lighting levels would be ideal for each pathology, indicating a need for more research in this issue