Why should archeology be quarantined? What would be the virus that archeology spreads without us noticing? It is, on the one hand, a discipline of knowledge, a science that, like all of them, establishes a distance between it and lay knowledge. At the same time, it is knowledge, accumulated over decades and centuries by peoples who, many times, were colonized by mechanisms that include, precisely, the subordination of their knowledge. Epistemic violence is not unrelated to the archaeological function, since defining what is stated as valid knowledge leads to the implicit or explicit denial of other knowledge. Furthermore, knowledge, that is, what archeology is and also what archeology is about, is tense in a struggle for what, not only archeology, but knowledge is. It is not only about this or that knowledge about this or that, but also about what we consider to be knowledge and, fundamentally, what it is not. In short, coloniality is structurally housed in the archaeological function as an epistemic struggle, a struggle for meta-knowledge. Thus, archeology is not just a hegemonic knowledge about peoples, cultures and histories, which are often subordinate. It also contributes decisively to demarcate the hegemonic understanding of knowledge. This text is not about archeology, but about what archeology is and what archeology is not: knowledge or, better yet, meta-knowledge. ¿Por qué debería ponerse en cuarentena la arqueología? ¿Cuál sería el virus que propaga la arqueología sin que nos demos cuenta? Es, por un lado, una disciplina del conocimiento, una ciencia que, como todas ellas, se aleja del conocimiento lego. Al mismo tiempo, se trata de conocimientos, acumulados durante décadas y siglos por pueblos que, muchas veces, fueron colonizados por mecanismos que incluyen, precisamente, la subordinación de sus conocimientos. La violencia epistémica no es ajena a la función arqueológica, ya que definir lo que se afirma como conocimiento válido implica la negación implícita o explícita de otros conocimientos. Además, el conocimiento, es decir, qué es la arqueología y también qué es la arqueología, está en tensión en una lucha por lo que no solo es la arqueología, sino también el conocimiento. No se trata solo de tal o cual conocimiento, de tal o cual, sino también de lo que consideramos conocimiento y, fundamentalmente, de lo que no es. En definitiva, la colonialidad se aloja estructuralmente en la función arqueológica como lucha epistémica, lucha por el metaconocimiento. Por lo tanto, la arqueología no es solo un conocimiento hegemónico sobre personas, culturas e historias, que a menudo están subordinadas. También contribuye de manera decisiva a demarcar la comprensión hegemónica del conocimiento. Este texto no trata de arqueología, sino de qué es la arqueología y qué no es la arqueología: conocimiento o, mejor aún, metaconocimiento. Por que a arqueologia deve ser colocada em quarentena? Qual seria o vírus que a arqueologia espalha sem que percebamos? É, por um lado, uma disciplina do conhecimento, uma ciência que, como todas elas, estabelece um distanciamento entre ela e o saber leigo. Ao mesmo tempo, trata-se de conhecimentos, acumulados ao longo de décadas e séculos por povos que, muitas vezes, foram colonizados por mecanismos que incluem, justamente, a subordinação de seus conhecimentos. A violência epistêmica não é alheia à função arqueológica, uma vez que definir o que é afirmado como conhecimento válido acarreta a negação implícita ou explícita de outros conhecimentos. Além disso, o conhecimento, isto é, o que é a arqueologia e também o sobre o que é a arqueologia, está tensionado em uma luta pelo que, não apenas a arqueologia, mas o conhecimento é. Não é só sobre esse ou aquele saber, sobre isso ou aquilo, mas também sobre o que consideramos ser conhecimento e, fundamentalmente, o que não é. Em suma, a colonialidade está estruturalmente alojada na função arqueológica como uma luta epistêmica, uma luta pelo metaconhecimento. Assim, a arqueologia não é apenas um conhecimento hegemônico sobre povos, culturas e histórias, muitas vezes subordinadas. Também contribui de forma decisiva para demarcar a compreensão hegemônica do conhecimento. Este texto não é sobre arqueologia, mas sobre o que é a arqueologia e o que não é a arqueologia: conhecimento ou, melhor ainda, metaconhecimento.