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Os aspectos cognitivos, sociais e afetivos da aprendizagem são o foco da psicopedagogia. Uma das questões relacionada à aprendizagem é o desenvolvimento matemático do estudante. Por isso, este estudo tem como objetivo, analisar a evolução das pesquisas brasileiras no campo da psicopedagogia sobre aprendizagem matemática. Nesta pesquisa qualitativa, após critérios de escolha da base de dados, foram selecionados 17 artigos da Revista da Associação Brasileira de Psicopedagogia que tinham como assunto a matemática. Por meio da Análise Textual Discursiva (ATD), verificou-se que as pesquisas se enquadraram em três categorias distintas: dificuldade de aprendizagem em matemática sob o olhar da psicopedagogia; avaliação psicopedagógica em matemática; e cognição e matemática. Percebeu-se o papel fundamental do senso numérico e da memória de trabalho no desenvolvimento do conceito de número. Assim como, verificou-se a eficácia de intervenções que promovem o ensino explícito e aplicam diferentes estratégias. Pesquisas futuras são fundamentais para continuar avançando no conhecimento sobre a aprendizagem matemática relacionada à psicopedagogia.

A aprendizagem matemática é um processo que se inicia juntamente com o desenvolvimento da criança e é influenciado pelas experiências que ela constrói ao longo da vida. Nessa direção apresenta-se resultados de uma pesquisa qualitativa desenvolvida com o objetivo de compreender como a mobilização de processos cognitivos, por meio da exploração de elementos da natureza, na Educação Infantil, contribui para a aprendizagem matemática de crianças pequenas. Para a construção de dados, utilizou-se oficinas pedagógicas e roda de conversa com crianças de uma turma de jardim II, de uma escola municipal da cidade de Juruti-PA. Os resultados obtidos indicam que a aprendizagem matemática resulta da experiência, que é resultante de um processo reflexivo, que cada um constrói na interação com as coisas, e que, na Educação Infantil, flores, folhas, gravetos podem constituir um campo interativo que viabiliza a aprendizagem matemática.

O trabalho é resultado de pesquisa desenvolvida no curso de Pós-Graduação Lato Sensu em Educação Matemática da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), com delineamento bibliográfico, e teve como objetivo geral analisar como as canções são abordadas nas produções acadêmico-científicas publicadas nos Anais dos Encontros Baianos de Educação Matemática no período de 2013 a 2021. Para isso, foi feito um levantamento prévio que contemplou o período de 2013 a 2021, no qual ocorreram os últimos 5 (cinco) eventos. Dos trabalhos localizados e que apresentavam a canção como parte de sua temática, num total de 10 (dez), foi examinado se havia a presença de definição de canção, como eram abordados os aspectos musicais e os aspectos linguísticos da canção, e como esses aspectos eram relacionados ao processo de ensino e aprendizagem de matemática. Com o suporte teórico de Tatit (2016), Caldas (2016) e Cavalcanti (2013), obteve-se como resultados a identificação de 6 (seis) trabalhos que, em sua maioria, apresentavam uma definição de canção, concentravam as análises nos aspectos linguísticos das canções e não explicitavam de forma clara a relação entre as abordagens e o processo de ensino e aprendizagem de conteúdos matemáticos.

Muitos estudantes enfrentam dificuldades em cursar o Ensino Médio de forma satisfatória devido à falta de compreensão de conceitos matemáticos essenciais. Essas dificuldades podem resultar em notas baixas, reprovação e até mesmo evasão. O campus Maceió, do Instituto Federal de Alagoas, recebe mais de 500 estudantes por ano, muitos dos quais têm dificuldades na disciplina de matemática. Para abordar essa questão, realizamos uma pesquisa que utiliza a Teoria dos Registros de Representação Semiótica para identificar as deficiências dos alunos da primeira série do Ensino Médio no campus Maceió. Para atingirmos este objetivo, primeiramente, conduzimos uma revisão sistemática da literatura que investigou como a Teoria dos Registros de Representação Semiótica tem sido usada para analisar o conhecimento matemático dos alunos do Ensino Médio. Após isso, um teste de cinco questões foi aplicado em 56 estudantes de três dos sete cursos. A análise das respostas nos apresentou que os estudantes apresentam grande dificuldade na conversão do texto em língua materna para a linguagem algébrica e na questão de expressão numérica que envolvia a conversão para somente um registro.

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This essay aims to discuss the importance of the historical investigation of mathematics as a cognitive agent in the comprehensive learning of school mathematics. Initially, I make conjectures regarding creativity as a human ability according to its cognitive dynamics in the acts of knowing, understanding, and explaining. Throughout the essay, I discuss and reflect on principles that support the use of historical investigative practices in mathematics teaching, considering that teachers need to appropriate historical mathematical facts to promote a mediation that provides conceptual reorganizations around the mathematical objects that students will construct during their school learning. These are investigative, problematizing, and foundational principles of mathematics teaching and learning, which take historical mathematical facts as cognitive agents in mathematics teaching and as triggers of student learning. Finally, I mention themes that can be agents for teaching and learning mathematics, evoking conceptual and pedagogical functions for teaching mathematics based on historical mathematical methods. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

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Um modo de discutir e interpretar motivos para a aprendizagem é por considerar os conceitos de background, middleground e foreground. Esse trabalho se situa no contexto da Educação Matemática Crítica, área em que os conceitos de background e foreground foram amplamente discutidos e pesquisados. Desenvolvo aqui um ensaio teórico que busca apresentar e discutir o outro conceito mencionado: o conceito de middleground. Os motivos que uma pessoa tem para aprender podem ser desenvolvidos nas interpretações que ela faz de suas experiências passadas e de sua bagagem cultural (background), nas interpretações que ela faz de seu contexto social atual (middleground), e no modo como ela percebe suas oportunidades sociais e visualiza suas perspectivas de futuro (foreground). Para aprofundar a reflexão aqui produzida, foi desenvolvida uma entrevista realizada com três pessoas que estavam envolvidas em algum processo de aprendizagem, não necessariamente formal ou institucionalizado. Os resultados apresentam discussões que contribuem no sentido de entender e interpretar os motivos que levam uma pessoa a aprender.

This article aims to analyze the specificities of the construction of algebraic thinking by deaf students in the early and final years of elementary school through a Systematic Review. The specific objectives are: to identify the curricular recommendations - National Common Curricular Base (2017) and Pernambuco Curriculum (2019) related to the construction of algebraic thinking by elementary school students; to retrieve from the CAPES Periodicals Portal, Brazilian Digital Library of Theses (BDTD) and Google Scholar research that deals with the construction of algebraic thinking or the learning of mathematical knowledge by deaf students; to point out the recommendations of the literature on the development of algebraic thinking by deaf elementary school students. The study was guided by a systematic literature review methodology based on the Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyses (PRISMA), which started with searches for articles and dissertations in the CAPES Periodicals Portal, BDTD and Google Scholar databases. A total of 2 727 studies were identified. After applying the inclusion or exclusion criteria, nine studies were selected for review. The results indicated that deaf students, like hearing students, present particularities in the construction of mathematical knowledge, especially in the Algebraic Unit Theme.

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No campo da educação matemática, há pesquisas que discutem sobre o olhar que as pessoas possuem sobre o ensino de matemática em contexto escolar, expondo o pensamento de que a matemática é difícil de ser compreendida, ou ainda, a vontade de evitá-la. No entanto, acreditamos que o processo da escolarização pode contribuir para a superação de desafios e dificuldades enfrentadas, em relação à aprendizagem de conteúdos da disciplina. Assim, no presente artigo, estabelecemos como objetivo compreender possíveis obstáculos epistemológicos que se apresentam à construção da cognição matemática em contexto escolar. Para tanto, tivemos como aporte teórico a teoria bachelardiana, e realizamos uma pesquisa bibliográfica de artigos científicos no banco de dados da Scielo, delimitando o período de 2011 a 2021. Verificamos que as crianças aprendem as noções e os conteúdos matemáticos em decorrência de processos complexos que implicam uma construção, trilhando o caminho do concreto ao abstrato, na sistematização dos conhecimentos matemáticos.

Este estudo objetiva identificar o processo de inovação educacional vinculado à melhoria do quadro do processo de ensino-aprendizagem em matemática de estudantes dos anos iniciais. Para tal, apresentamos as “Oficinas de Criatividade em Matemática”, um projeto idealizado e promovido pelo Grupo PI – Pesquisas e Investigações em Educação Matemática, do Departamento de Matemática da Universidade de Brasília. As oficinas foram realizadas em duas turmas de 4º ano do Ensino Fundamental em uma escola pública em Brasília, consistindo em uma intervenção em criatividade no campo da matemática, nas quais os estudantes foram estimulados a solucionar problemas matemáticos. Dentre estas, analisamos a Oficina do Consumo Saudável e Consciente, à luz do componente de inovação presente na atividade, na qual os estudantes deveriam elaborar e solucionar problemas contextualizados, voltados para a dinâmica do consumo, permitindo a discussão sobre sustentabilidade, consumo ético, consciente, responsável e saudável. Nesta pesquisa participante, de caráter exploratório e observacional, verificamos que as turmas utilizaram o pensamento crítico e criativo para solucionar problemas matemáticos no decorrer das atividades relacionadas à oficina. Isso possibilitou estimular e manter o interesse dos estudantes pela área do conhecimento em questão, percebendo-se na centralidade das discussões e identificando valores não apenas individuais, a partir de propostas matemáticas significativas.

Este artigo investiga as potencialidades do software GeoGebra para o ensino e a aprendizagem matemática. Para tanto, é realizada uma revisão bibliográfica, de cunho interpretativo e à luz da Gênese Instrumental, alicerçada em 120 dissertações de mestrado acadêmico, disponíveis no catálogo de Teses e Dissertações da CAPES (2009 a 2019). Os resultados explicitam conteúdos matemáticos, empregos e ações de professores e alunos em práticas envolvendo o GeoGebra. Com a articulação teórica, elucidam-se artefatos diversos que podem ser constituídos a partir do software, além de modos como usuários modificam e se apropriam desses artefatos, mobilizando esquemas de uso e utilização. Desse modo, fica evidente a pertinência de orientações teóricas que permitam analisar com consistência esses processos, identificando a Gênese Instrumental, orientada pelos processos de instrumentação e instrumentalização, como aporte teórico promissor para subsidiar investigações envolvendo ensino e aprendizagem de Matemática e o software GeoGebra, considerando seus múltiplos agentes e aspectos.

Trata-se do resultado de uma pesquisa em que, a partir da resolução de problemas, buscou-se identificar a manifestação de um pensamento algébrico no estudante, e entender como o professor poderia interferir para o desenvolvimento desse pensamento. Para que isso se cumprisse, foi elaborado e aplicado um plano de ensino em uma turma do sétimo ano do Ensino Fundamental, em dois momentos. Um de observação, em que o professor procurou entender se apenas o engajamento do estudante na resolução de um problema seria suficiente para fazer manifestar nele um pensamento algébrico. Outro, de mediação do professor, feita por meio de questionamentos que buscavam direcionar a linha de raciocínio do estudante para uma das vertentes do pensamento algébrico. Como resultado, evidenciou-se que, para fazer emergir um pensamento algébrico através da resolução de problemas, há a necessidade de se criarem/adaptarem problemas adequados para cada situação; e que a contextualização de um pensamento de generalização a partir de casos particulares, observados por meio de números, pode desencadear um aumento da capacidade do aluno de fazer manipulação do desconhecido como se fosse conhecido, levando-o a conceber objetos matemáticos, como variável, incógnita, constante, etc., necessários para o entendimento e a aprendizagem de conteúdos matemáticos.

In this study, we sought to analyze the use of auxiliary representations in mathematics teaching from the point of view of Raymond Duval's semiocognitive theory of mathematical learning. This analysis took as the main parameter the semiocognitive comparison between the didactic representations created and the main representation that characterizes the mathematical object under study. We observed the relevance of these representations created to better understand the semiotic systems used because they can enable the differentiation of meaningful units through treatment operation. Such differentiation is paramount for allowing the coordination of the conversion operation between the semiotic systems involved. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

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