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Objective: To describe a case of congenital syphilis with a late diagnosis and identify missed opportunities at diverse phases/levels of healthcare, which led to late diagnosis. Case description: Boy, 34 days of life, referred from a basic healthcare unit to a tertiary hospital due to enlarged abdominal volume and progressive jaundice for 2 weeks, fecal hypocholia, hepatosplenomegaly, anemia, low platelet count and elevated liver enzymes. At physical examination, the infant presented with erythematous-exfoliative lesions on the palms and soles, macular rash in the inguinal region, ascitis, palpable liver 5 cm below the right costal margin and a palpable spleen 3 cm from the left costal margin. Infant serology: reactive CMIA (chemiluminescent microparticle immunoassay), VDRL (Venereal Diseases Research Laboratory) 1:1024 and reactive TPHA (Treponema pallidum Hemagglutination). Maternal serology: reactive CMIA and TPHA, VDRL 1:256. Radiography of the long bones showed symmetric periostitis, periosteal thickening, and lucent bands in the femur, humerus, ulna and tibia. After treatment with crystalline penicillin, the infant showed clinical and laboratory improvement, receiving hospital discharge at the 18th hospitalization day. Comments: This case shows that congenital syphilis is occasionally diagnosed late as a result of failed strategies to prevent this disease, both in the basic and secondary/tertiary levels of care. The application of interventions recommended by the Ministry of Health and identification of the situation in which there is ineffective implementation of these measures are important to assess routine care in all levels of healthcare and diverse units responsible for newborn and infant health care. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

O acidente vascular encefálico isquêmico (AVEi), embora pouco frequente em crianças, possui alta morbimortalidade. Doenças hematológicas representam de 4 a 6% das causas de lesões cerebrais isquêmicas. Dentro desse contexto, a leucemia é uma das causas de AVEi em pediatria. Relatamos aqui um caso raro de AVEi como manifestação clínica inicial de leucemia em um paciente pediátrico. RDN, 4 anos, com história súbita de afasia, hemiparesia a direita, desvio de rima labial e dificuldade de deambulação. Exame neurológico inicial com hemiplegia à direita. Tomografia computadorizada de crânio apresentou hipodensidade frontal à esquerda e o hemograma mostrou 50 mil plaquetas, 1240 leucócitos e 11 g/dL de hemoglobina. Ressonância nuclear magnética evidenciou isquemia em território de artéria cerebral média, desvio da linha média e herniação de uncus. Na UTI pediátrica evoluiu com clínica de hipertensão intracraniana sendo submetido a craniectomia descompressiva. Observado presença de blastos no sangue periférico no 5° dia de internação, ocorrendo óbito após 2 dias. Diagnóstico de leucemia mielóide aguda confirmado por necropsia. As neoplasias hematológicas possuem associação com lesões isquêmicas em sistema nervoso central. Leucoestase e plaquetopenia, comumente presentes nestes casos, são fatores que podem comprometer a perfusão cerebral adequada. Além das neoplasias hematológicas, outras causas de AVEi são: malformações arteriovenosas congênitas, distúrbios de coagulação e fenômenos tromboembólicos. Assim sendo, a leucemia deve ser sempre considerada entre os diagnósticos etiológicos do AVEi na faixa etária pediátrica. Além disso, o diagnóstico das neoplasias hematológicas deve ser afastado em todos os pacientes portadores de pancitopenia. [ABSTRACT FROM AUTHOR]

A dengue é uma doença com amplo espectro de sinais, sintomas e gravidade. Sua forma grave associada a manifestações atípicas foi associada a um maior período de recuperação e necessidade de terapia intensiva. Relatamos um caso grave com manifestação atípica. J.L.C.R, 3 anos, admitido com quadro de febre há sete dias, associada a prostração e odinofagia. Há 3 dias teve início rash cutâneo e linfadenomegalias cervicais à direita. Ultrassom sugestivo de linfadenomegalias reacionais. Evoluiu com insuficiência renal, anasarca e desconforto respiratório, sendo encaminhado ao HC-UNICAMP. Durante internação, apresentou insuficiência respiratória e choque, necessitando de drogas vasoativas e ventilação mecânica. Não houve alterações de coagulograma ou plaquetopenia. Foi conduzido com hipótese diagnóstica de choque séptico criptogênico e evoluiu com melhora clínica, recebendo alta da UTI após 9 dias. Sorologias para Febre Maculosa, Leptospirose, Epstein-Barr, Toxoplasmose, Citomegalovírus e Bartonelose negativas. Sorologia (ELISA IgM) para Dengue foi positiva. Manifestações atípicas da dengue em pediatria, embora pouco conhecidas, ocorrem em cerca de 40% dos casos pediátricos. A linfadenopatia foi descrita como a principal manifestação atípica em crianças, com destaque também para odinofagia que foi observada em 24,7% das crianças com dengue. A odinofagia é significativamente uma manifestação mais comum em crianças do que em adultos com dengue. A ocorrência de choque refratário a volume é rara, sendo responsável por 2,4% das manifestações atípicas. O conhecimento das manifestações atípicas da dengue e dos sinais e sintomas que indicam maior gravidade são fundamentais para identificação precoce e melhores desfechos. [ABSTRACT FROM AUTHOR]