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Objetivo: A hemodiálise pode ser considerada um fator de risco para o desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, afinal a dependência deste tratamento exige mudanças drásticas na rotina dos doentes, de modo a causar dificuldades psicossociais, financeiras e profissionais. Identificar a prevalência de sintomas psíquicos em portadores de insuficiência renal crônica (IRC) em tratamento hemodialítico.Método: Este estudo avaliou a prevalência de ansiedade, depressão e risco de suicídio por meio da aplicação do questionário Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI), realizado em uma única etapa, nos pacientes que frequentam a Clínica Renal do Extremo Oeste, em São Miguel do Oeste.Resultados: De 115 pacientes, foram excluídos apenas aqueles com doença mental prévia, totalizando 92 avaliados. A fim de minimizar os riscos psicológicos, as aplicações foram acompanhadas por uma psicóloga, e aqueles que apresentaram quadros psiquiátricos foram encaminhados para o serviço de psicologia oferecido pela clínica. A participação na pesquisa foi voluntária, anônima, e exigiu a assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Dentre os resultados obtidos, a ansiedade (47%) foi apontada como distúrbio psicológico mais prevalente, seguido de depressão (37%), e, por fim, risco de suicídio (16%). Também foi constatado que os pacientes com um ano de hemodiálise eram os que mais apresentavam queixas psiquiátricas, comparados aos com maior tempo de diálise.Contribuições: Portanto, a partir destes dados, este trabalho possibilita que os profissionais da saúde elaborem estratégias de abordagem para amenizar sintomas de cunho psicológico que podem surgir devido a esta terapia renal.Palavras-chave: Insuficiência Renal Crônica; Hemodiálise; Sintomas Psíquicos. ABSTRACTObjective: Hemodialysis can be considered a risk factor for the development of psychiatric disorders, after all, the dependence on this treatment requires drastic changes in the patients' routine, causing psychosocial, financial, and professional difficulties. To identify the prevalence of psychological symptoms in patients with chronic renal failure (CRF) undergoing hemodialysis.Methods: This study evaluated the prevalence of anxiety, depression and risk of suicide by applying the Mini International Neuropsychiatric Interview (MINI) questionnaire, carried out in a single step, in patients attending the Extremo Oeste Renal Clinic, in São Miguel do West.Results: Of 115 patients, only those with previous mental illness were excluded, totaling 92 evaluated. In order to minimize psychological risks, the applications were monitored by a psychologist, and those who presented psychiatric conditions were referred to the psychology service offered by the clinic. Participation in the research was voluntary, anonymous, and required the signing of the Free and Informed Consent Term (FICT). Among the results obtained, anxiety (47%) was identified as the most prevalent psychological disorder, followed by depression (37%), and finally, risk of suicide (16%). It was also found that patients with one year of hemodialysis were the ones with more psychiatric complaints, compared to those with longer dialysis time.Contributions: Therefore, based on these data, this work enables health professionals to develop approach strategies to alleviate psychological symptoms that may arise due to this renal therapy.Keywords: Chronic Kidney Failure; Hemodialysis; Psychic Symptoms.

Os níveis circulantes de metilglioxal (MGO) estão aumentados durante o diabetes, infarto agudo do miocárdio (IAM) e doenças inflamatórias. O MGO é um carbonil altamente reativo que gera produtos finais de glicação avançada (AGEs), uma classe de moléculas associada com sinalização inflamatória e insuficiência cardíaca (IC). Drogas anti-AGEs, como a aminoguanidina (AMG), são empregadas no contexto experimental com sucesso limitado. Apesar disso, dados referentes ao impacto de níveis aumentados de MGO in vivo na inflamação durante o infarto são insuficientes. Neste estudo, foi investigado se a administração de MGO in vivo poderia modular a polarização de macrófagos e o remodelamento cardíaco em 10 dias. Ratos Wistar machos de 90 dias de idade (n=68) foram randomicamente alocados nos seguintes grupos: sham, IAM, IAM + MGO, IAM + AMG. Diferentes subgrupos de animais foram seguidos por 2, 6 e 10 dias. Citocinas (IL-6, IL-1β, TNF-α, e IL-10) foram analisadas em homogenato cardíaco e houve um aumento de 65% nos níveis de IL-6 no grupo tratado com MGO no dia 6. No entanto, a expressão de MRC1, um marcador de macrófago M2, aumentou 2x, indicando um direcionamento ao perfil M2. Em conformidade, um aumento de 51% na fibrose cardíaca foi detectado nos animais tratados com MGO, apesar de não serem encontradas diferenças na função cardíaca. Curiosamente, a AMG não protegeu contra o perfil M2 ou a fibrose cardíaca. Nossos resultados sugerem que o MGO pode predispor os macrófagos em direção ao fenótipo M2 e aumentar a fibrose depois de um evento de infarto agudo do miocárdio.