Submitted by Thiago Pinho (pinho.thiago@hotmail.com) on 2021-05-07T13:38:54Z No. of bitstreams: 1 TESE ATUALIZADA.pdf: 1693916 bytes, checksum: 055d3108c742ae56574c1947f7cc5772 (MD5) Approved for entry into archive by Isaac Viana da Cunha Araújo (isaac.cunha@ufba.br) on 2021-05-12T03:20:47Z (GMT) No. of bitstreams: 1 TESE ATUALIZADA.pdf: 1693916 bytes, checksum: 055d3108c742ae56574c1947f7cc5772 (MD5) Made available in DSpace on 2021-05-12T03:20:47Z (GMT). No. of bitstreams: 1 TESE ATUALIZADA.pdf: 1693916 bytes, checksum: 055d3108c742ae56574c1947f7cc5772 (MD5) FABESB (Bolsa Doutorado) e CAPES (Sanduíche) A Teoria Social, enquanto um fluxo constante de palavras e práticas, sempre passou por transformações, ganhando novos contornos ao longo do tempo, assim como um rio ajusta seu curso dependendo da geografia do espaço. Sua face contemporânea é mais radical, intensa, muitas vezes até ácida, indo muito além do que Jeffrey Alexander chamou de novo movimento teórico, ultrapassando o simples compromisso de síntese de categorias. As transformações, ao menos recentemente, seguem um padrão descentrado, rizomático, sem aquela rigidez e centralidade que costumavam conduzir o percurso sociológico. O propósito dessa tese, toda ela costurada no formato de um ensaio, é compreender um pouco esse instante vivido pela Teoria Social Contemporânea, essa espécie de retomada teórica, ao perceber seus limites e suas implicações, recorrendo, ao mesmo tempo, às principais obras do sociólogo francês Bruno Latour, como “Irreductions”, tendo como background os escritos de Graham Harman e tantos outros representantes da OOO (Ontologia Orientada ao Objeto). “Irreductions”, na verdade, é um anexo do livro “Pasteurização da França”, publicado em 1984. Com suas 86 páginas, acompanhadas de um tom aforismático, muito próximo ao nietzschiano, Latour deixa transparecer o seu vínculo com a Teoria Social Alternativa (T.S.A), retomando figuras como Espinosa, Nietzsche, Deleuze, Whitehead, Gabriel Tarde e muitos outros. Como consequência dessa abertura epistemológica, da superação daquilo que Latour chamou de ciências transcendentais, uma pluralidade de instâncias de sentido começa a reivindicar terreno no campo sociológico, esse não mais sufocado por uma única cadeia de significação. Teoria Social, agora, deixa de ser apenas o estudo das interações humanas, ao abrir espaço para outras potencialidades (ou seriam virtualidades?), incluindo até mesmo seres inanimados, como mesas, notebooks, carros, etc. Social Theory, as a constant flow of words and practices, has always undergone transformations, gaining new contours over time, just as a river adjusts its course depending on the geography of space. Its contemporary face is more radical, intense, often even acid, going far beyond what Jeffrey Alexander called a new theoretical movement, going beyond the simple commitment to the synthesis of categories. The transformations, at least recently, follow a decentered and rhizomatic pattern, without the rigidity and centrality that used to guide the sociological path. The purpose of this thesis, all stitched together in the format of an essay, is to understand a little this instant lived by Contemporary Social Theory, this kind of theoretical resumption, by perceiving its limits and its implications, resorting, at the same time, to the main works of the French sociologist Bruno Latour, such as "Irreductions", having as background the writings of Graham Harman and many other representatives of OOO (Object-Oriented Ontology). "Irreductions" is actually an appendix to the book "Pasteurization of France", published in 1984. With its 86 pages, accompanied by an aphorismatic tone, very close to Nietzsche’s, Latour makes apparent his link with Alternative Social Theory (A.S.T), taking up figures such as Spinoza, Deleuze, Whitehead, Gabriel Tarde and many others. As a consequence of this epistemological opening, of the overcoming of what Latour called transcendental sciences, a plurality of instances of meaning begins to claim ground in the sociological field, no longer suffocated by a single chain of signification. Social Theory, now, is no longer only the study of human interactions, opening space for other potentialities (or would it be virtualities?), including even inanimate beings, such as tables, laptops, cars, etc.