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A palatalização das oclusivas dentais/alveolares no Português Brasileiro (doravante PB) é bastante recorrente, mas não em todas as regiões do país. A forma africada, uma tendência natural das línguas, nem sempre é a forma mais utilizada, convivendo com exemplos do tipo "[t]ia" vs. "[t?]ia" e "[d]ia" vs. "[d?]ia". O objetivo desse artigo é discutir, a partir de um estudo em painel nos moldes labovianos, resultados que foram obtidos na comunidade de fala de João Pessoa, revisitando quatro informantes que fizeram parte do corpus original do Projeto Variação Linguística no Estado da Paraíba (VALPB). A fala desses participantes foi comparada a partir de gravações feitas pelo VALPB em 1993 e 2015. Foram consideradas as seguintes variáveis linguísticas: vozeamento da oclusiva, contexto fonológico precedente, tonicidade e categoria gramatical. Os resultados mostram que, na amostra de 2015, as seguintes variantes induziram de maneira significativa a palatalização: "[?]", na variável contexto precedente, “desvozeado”, na variável vozeamento, e "postônica", na variável tonicidade. A variável categoria gramatical, por outro lado, não foi estatisticamente significativa para a indução da palatalização na amostra de 2015.

As técnicas laparoscópicas revolucionaram o campo da cirurgia com benefícios que incluem redução da dor pós-operatória, retorno mais precoce às atividades normais após a cirurgia e menos complicações pós-operatórias, como infecção da ferida, hérnia incisional, em comparação com as técnicas abertas. Os locais para portas múltiplas em cirurgia laparoscópica são escolhidos para triangular a câmera e os instrumentos em torno de um ponto focal dentro do abdômen, mantendo assim o acesso ideal para manipulação dos instrumentos e fornecendo posições confortáveis para o cirurgião e assistente. As taxas gerais de complicações para o acesso laparoscópico não são significativamente diferentes entre as técnicas de agulha de Hasson e Veress para insuflação abdominal. As condições que podem exigir uma abordagem alternativa para o acesso laparoscópico incluem a presença de hérnia umbilical, cirurgia abdominal anterior, obesidade e gravidez. Os problemas relacionados ao acesso, incluindo falha de entrada, insuflação extraperitoneal, vazamento ou sangramento nas portas e perda da posição da porta ou pneumoperitônio, são exclusivas da cirurgia laparoscópica, a solução dessas questões deve ser abordada de maneira sistemática para minimizar a perda de tempo e prevenir o desenvolvimento de outras complicações.

Introdução: A mudança comportamental faz parte do tratamento conservador da incontinência urinária (IU) após a prostatectomia radical (PR). No entanto, nem todos os pacientes conseguem modificar seu estilo de vida.Objetivo: Esclarecer as intervenções comportamentais para IU após PR de maneira que os pacientes consigam incorporá-las no seu dia a dia.Metodologia: Foi realizada uma revisão integrativa da literatura, a fim de abranger o máximo de informações sobre o tema.Resultados e discussão: Foram encontrados 39 artigos com a estratégia de busca “((behavioral therapy) AND (urinary incontinence)) AND (men)” nas bases de dados Medline (PubMed), Lilacs (BVS) e (Pedro), sendo selecionados nove artigos para esse estudo. As mudanças no estilo de vida de homens incontinentes após PR poderiam ser facilitadas com os seguintes esclarecimentos: (1) praticar exercícios para os músculos do assoalho pélvico diariamente, em três séries de contrações rápidas e três séries de contrações sustentadas de três, cinco, sete ou 10 segundos, em pé, sentado e deitado; (2) ingerir aproximadamente 35 ml de líquidos por Kg de peso corporal diariamente; (3) ingerir líquidos preferencialmente pela manhã, evitando o consumo três horas antes de dormir; (4) evitar bebidas alcoólicas e cafeína (café em geral, chá preto / verde / mate, guaraná em pó, bebidas energéticas, refrigerante de cola e chocolate); (5) marcar horário para as micções, iniciando com incremento semanal de 15 minutos, até alcançar três / quatro horas entre as micções; (6) fazer diário miccional; (7) caminhar por 30 minutos pelo menos cinco vezes por semana em intensidade que permita falar de maneira ofegante; (8) consumir frutas e vegetais; (9) evitar alimentos/bebidas cítricas/ácidas.Conclusão: As intervenções comportamentais para homens incontinentes após PR devem ser esclarecidas de maneira específica e simples para que os pacientes consigam modificar seu estilo de vida.

A obesidade e o sobrepeso são definidos como o acúmulo excessivo de gordura corporal, considerando obesa a pessoa que apresenta índice de massa corpórea (IMC – peso em quilogramas dividido pelo quadrado da altura em metros) maior ou igual a 30 kg/m2 e com sobrepeso pessoas com IMC entre 25 e 29,9kg/m2, as causas da obesidade são complexas e multifatoriais e incluem fatores genéticos, hormonais, ambientais, comportamentais, sociais e culturais. A obesidade nas mulheres está associada a uma série de situações mórbidas que se relacionam à infertilidade em muitos dos casos. Por definição a Infertilidade é a dificuldade de um casal obter gravidez no período de um ano tendo relações sexuais sem uso de nenhuma forma de anticoncepção, isso e motivado nas mulheres por causas ovarianas e ovulares, tubárias e do canal endocervical, ou até ligadas à própria fertilização, intervenções têm sido propostas, mas estudos mais profundos ainda são necessários. A reversibilidade ou profilaxia da infertilidade em detrimento da obesidade depende do tratamento da moléstia, isto é, o sobrepeso, sendo necessários meios como atividade física e uma dieta regrada com intuito de atingir o índice de massa corpórea ideal, sendo de suma importância as medidas propostas pelo Ministério da Saúde, uma vez que levantam meios pautados nos dez passos para uma alimentação adequada e saudável.

BACKGROUND: The prognostic impact of major postoperative complications (POCs) for intrahepatic cholangiocarcinoma (ICC) remains ill-defined. We sought to analyze the relationship between POCs and outcomes relative to lymph node metastases (LNM) and tumor burden score (TBS).METHODS: Patients who underwent resection of ICC between 1990-2020 were included from an international database. POCs were defined according to Clavien-Dindo classification ≥ 3. The prognostic impact of POCs was estimated relative to TBS categories (i.e., high and low) and lymph node status (i.e., N0 or N1).RESULTS: Among 553 patients who underwent curative-intent resection for ICC, 128 (23.1%) individuals experienced POCs. Low TBS/N0 patients who experienced POCs presented with a higher risk of recurrence and death (3-year cumulative recurrence rate; POCs: 74.8% vs. no POCs: 43.5%, p = 0.006; 5-year overall survival [OS], POCs 37.8% vs. no POCs 65.8%, p = 0.003), while POCs were not associated with worse outcomes among high TBS and/or N1 patients. The Cox regression analysis confirmed that POCs were significant predictors of poor outcomes in low TBS/N0 patients (OS, hazard ratio [HR] 2.91, 95%CI 1.45-5.82, p = 0.003; recurrence free survival [RFS], HR 2.42, 95%CI 1.28-4.56, p = 0.007). Among low TBS/N0 patients, POCs were associated with early recurrence (within 2 years) (Odds ratio [OR] 2.79 95%CI 1.13-6.93, p = 0.03) and extrahepatic recurrence (OR 3.13, 95%CI 1.14-8.54, p = 0.03), in contrast to patients with high TBS and/or nodal disease.CONCLUSIONS: POCs were independent, negative prognostic determinants for both OS and RFS among low TBS/N0 patients. Perioperative strategies that minimize the risk of POCs are critical to improving prognosis, especially among patients harboring favorable clinicopathologic features.

The thermal conductance of a one-dimensional classical inertial Heisenberg model of linear size $L$ is computed, considering the first and last particles in thermal contact with heat baths at higher and lower temperatures, $T_{h}$ and $T_{l}$ ($T_{h}>T_{l}$), respectively. These particles at extremities of the chain are subjected to standard Langevin dynamics, whereas all remaining rotators ($i=2, \cdots , L-1$) interact by means of nearest-neighbor ferromagnetic couplings and evolve in time following their own equations of motion, being investigated numerically through molecular-dynamics numerical simulations. Fourier's law for the heat flux is verified numerically with the thermal conductivity becoming independent of the lattice size in the limit $L \to \infty$, scaling with the temperature as $\kappa(T) \sim T^{-2.25}$, where $T=(T_{h}+T_{l})/2$. Moreover, the thermal conductance, $\sigma(L,T)=\kappa(T)/L$, is well-fitted by a function, typical of nonextensive statistical mechanics, according to $\sigma(L,T)=A \exp_{q}(-B x^{\eta})$, where $A$ and $B$ are constants, $x=L^{0.475}T$, $q=2.28 \pm 0.04$, and $\eta=2.88 \pm 0.04$.

The brain is a complex system whose understanding enables potentially deeper approaches to mental phenomena. Dynamics of wide classes of complex systems have been satisfactorily described within $q$-statistics, a current generalization of Boltzmann-Gibbs (BG) statistics. Here, we study human electroencephalograms of typical human adults (EEG), very specifically their inter-occurrence times across an arbitrarily chosen threshold of the signal (observed, for instance, at the midparietal location in scalp). The distributions of these inter-occurrence times differ from those usually emerging within BG statistical mechanics. They are instead well approached within the $q$-statistical theory, based on non-additive entropies characterized by the index $q$. The present method points towards a suitable tool for quantitatively accessing brain complexity, thus potentially opening useful studies of the properties of both typical and altered brain physiology.

The thermal conductivity of a $d=1$ lattice of ferromagnetically coupled planar rotators is studied through molecular dynamics. Two different types of anisotropies (local and in the coupling) are assumed in the inertial XY model. In the limit of extreme anisotropy, both models approach the Ising model and its thermal conductivity $\kappa$, which, at high temperatures, scales like $\kappa\sim T^{-3}$. This behavior reinforces the result obtained in various $d$-dimensional models, namely $\kappa \propto L\, e_{q}^{-B(L^{\gamma}T)^{\eta}}$ where $e_q^z \equiv[1+(1-q)z]^{\frac{1}{1-q}}\;(e_1^z=e^z)$, $L$ being the linear size of the $d$-dimensional macroscopic lattice. The scaling law $\frac{\eta \,\gamma}{q-1}=1$ guarantees the validity of Fourier's law, $\forall d$.

We numerically study the thermal transport in the classical inertial nearest-neighbor XY ferromagnet in $d=1,2,3$, the total number of sites being given by $N=L^d$, where $L$ is the linear size of the system. For the thermal conductance $\sigma$, we obtain $\sigma(T,L)\, L^{\delta(d)} = A(d)\, e_{q(d)}^{- B(d)\,[L^{\gamma(d)}T]^{\eta(d)}}$ (with $e_q^z \equiv [1+(1-q)z]^{1/(1-q)};\,e_1^z=e^z;\,A(d)>0;\,B(d)>0;\,q(d)>1;\,\eta(d)>2;\,\delta \ge 0; \,\gamma(d)>0)$, for all values of $L^{\gamma(d)}T$ for $d=1,2,3$. In the $L\to\infty$ limit, we have $\sigma \propto 1/L^{\rho_\sigma(d)}$ with $\rho_\sigma(d)= \delta(d)+ \gamma(d) \eta(d)/[q(d)-1]$. The material conductivity is given by $\kappa=\sigma L^d \propto 1/L^{\rho_\kappa(d)}$ ($L\to\infty$) with $\rho_\kappa(d)=\rho_\sigma(d)-d$. Our numerical results are consistent with 'conspiratory' $d$-dependences of $(q,\eta,\delta,\gamma)$, which comply with normal thermal conductivity (Fourier law) for all dimensions., Comment: Contribution to the Festschrift celebrating the 80th anniversary of Professor Giorgio Benedek. 11 pages including 3 figures (v2). Published in Physica D: Nonlinear Phenomena (2023)

Os autômatos celulares são modelos computacionais largamente utilizados para descrever sistemas naturais que simulam comportamentos complexos. Autômatos celulares podem ser entendidos como um conjunto de unidades processadoras simples que interagem entre si e ao longo do tempo apresentam um comportamento global. Uma aplicação de autômatos celulares é a utilização dos mesmos para o entendimento e análise do fenômeno da propagação de incêndios em florestas. Sabe-se que as florestas são compostas por um conjunto de árvores, que são de extrema importância para o homem, tanto para sua sobrevivência quanto para seu lazer. Portanto, a carbonização de vegetais é ainda fator exponencial de preocupação e atenção das autoridades mundiais, levando em consideração o grande número de queimadas em todo o mundo. O ato de queimar é demasiadamente prejudicial ao solo, pois este perde a fertilidade, consequentemente, afetando todo o ecossistema. Estudos ligados à propagação de incêndios florestais têm sido investigados na tentativa de minimizar os danos causados por estes, além de avaliar as condições necessárias para o desenvolvimento e progressão deste tipo de fenômeno. Baseado neste problema, o presente trabalho apresenta um estudo sobre os autômatos celulares, bem como suas aplicações no meio ambiente, e propõe a formalização de um modelo matemático que permita a simulação da propagação de incêndios em florestas de uma determinada área, a ser implementado computacionalmente utilizando a metodologia dos autômatos celulares. Desta forma, será possível, baseando-se em algumas informações geográficas e computacionais, calcular a velocidade de propagação desses incêndios. Testes experimentais serão realizados para, validar o modelo, contrastar o modelo desenvolvido com demais modelos precursores, bem como analisar como cada um dos parâmetros utilizados afeta a velocidade de propagação das queimadas.

Há mais de dois mil anos os sumérios inventaram o primeiro jogo de tabuleiro e desde essa época, os jogos ganharam bastante espaço. Um dos fatores que desencadeou esse processo é o fato de que os jogos podem ao mesmo tempo divertir e desafiar a capacidade de crianças e até mesmo de adultos. Atualmente, com a aquisição facilitada de equipamentos digitais e a produção volumosa de aplicativos para execução de jogos, estes se tornaram uma atração irresistível e ganharam um nicho de mercado atrativo e com possibilidade de expansão. A partir desta percepção, educadores lançam mão de jogos visando aumentar o interesse dos alunos em suas salas de aula. A tecnologia veio auxiliar este objetivo através dos jogos em computador e mais recentemente estes jogos estão sendo portados em dispositivos móveis que facilitam as boas práticas pedagógicas. Tendo em vista estes argumentos, o projeto consiste de duas etapas: a primeira (i) criação de dois jogos educacionais de computador do tipo lógico-matemático, mais especificamente, o jogo “Rasta um”, um jogo de tabuleiro, que tem por objetivo realizar a troca de um objeto de uma extremidade para outra do tabuleiro, com o menor número de lances possíveis, e o segundo jogo denominado “Troca-letras”, que tem por objetivo realizar o menor lances, de tal maneira que o tabuleiro incialmente preenchido com letras “x”, no final do jogo tenha apenas letras “o”. Os dois jogos para desktop foram implementados na linguagem de programação C. A segunda etapa (ii) foi a criação de um jogo para dispositivos móveis na plataforma Android feito na linguagem de programação Lua, cujo objetivo é aperfeiçoar a coordenação motora de crianças através de um jogo denominado “Gol a Gol”. Para trabalhos futuros, espera-se construir uma biblioteca com mais jogos para que os mesmos sejam utilizados em salas de aula para o melhor aprendizado de crianças e adolescentes.endizado de crianças e adolescentes.

Este estudo compara a produção de fricativas em coda medial de uma informante recifense de 10 anos, residente em João Pessoa-PB, com a produção de duas crianças pessoenses e duas recifenses de mesma idade, que nunca saíram de sua comunidade de fala, averiguando em que medida a criança que mudou de cidade assimilou o dialeto pessoense. A diferença entre o comportamento da fricativa em Recife-PE, onde predomina a forma palatalizada (MACEDO, 2004), e em João Pessoa-PB, onde predomina a forma alveolar (HORA, 2003), suscitou a seleção da variável. Coletaram-se amostras de fala mediante inquérito fonético, leitura monitorada e entrevista semiestruturada. As palavras dos primeiros instrumentos foram escolhidas pensando-se no contexto fonológico anterior e seguinte, considerados como variáveis independentes para a aplicação da regra de palatalização. Analisaram-se as fricativas no Praat (BOERSMA; WEENINK, 2009) atentando para o pico espectral, que indicou o grau de palatalização (HENRIQUE et al., 2015), considerado como variável dependente. Como resultados, constatou-se que as fricativas produzidas pela informante recifense, residente em João Pessoa, não apresentaram diferença significativa com relação às crianças pessoenses, diferentemente das produzidas pelas crianças recifenses. Inferiu-se, portanto, que a criança assimilou o dialeto da comunidade onde vive atualmente, que tem apenas o contexto coronal /t/ e /d/ como gatilho para a palatalização. Analisam-se esses resultados à luz do processo de aquisição do segmento fricativo em coda por crianças (OLIVEIRA, 2002; MEZZOMO, 2003; BERTI, 2006) e de novas perspectivas inerentes à Sociolinguística e à comunidade de fala (LABOV, 2008; GUY, 2000).

Com base na Sociolinguística Variacionista (LABOV, 1966, 1972, 2001; ECKERT, 2000, 2001), esta pesquisa tem como objetivo principal investigar a influência do estilo na palatalização das oclusivas dentais /t, d/ (a exemplo de dest[ʃ]ino e desd[ʒ]e) no dialeto do Português Brasileiro (PB) falado na comunidade de fala de João Pessoa - Paraíba. Foram analisadas gravações de 5 informantes que participaram do estudo de recontato do Projeto Variação Linguística no Estado da Paraíba – VALPB (HORA, 1993), coletadas a partir dos instrumentos entrevista, leitura e inquérito fonético. Os resultados mostram que houve um aumento no uso da forma palatalizada de acordo com o grau de formalidade do instrumento de coleta (χ² (2, n = 1053) = 18,68, p < 0,001): inquérito fonético (16,9%, n = 89), leitura (7%, n = 143) e entrevista (5,1%, n = 821).

Este estudo apresenta uma investigação sobre o efeito do estilo, sob a acepção laboviana (LABOV, 1966, 1972, 2001), no comportamento das fricativas coronais em coda medial e final de palavras nas gravações de seis falantes pessoenses. As gravações analisadas foram coletadas em 2015 pelo Projeto Variação Linguística no Estado da Paraíba – VALPB (HORA, 1993) – para a composição de uma amostra em tempo real do tipo painel (LABOV, 2001). Ainda em andamento, este estudo buscou investigar (i) se nas entrevistas de recontato, os seis falantes apresentam os mesmos padrões de uso identificados na comunidade pelos estudos de Hora (2003) e Ribeiro (2006), (ii) se há diferenças na distribuição do uso das formas entre as gravações, considerando as produções em contexto de entrevista, inquérito fonético e leitura; e (iii) se há alguma evidência de que os contextos favorecedores para a regra de palatalização se expandiram para além das oclusivas /t/ e /d/. Nossa análise preliminar sugere que, no geral, os informantes apresentaram um padrão parecido com o de sua comunidade no intervalo de 20 anos, o estilo “inquérito fonético” restringiu o uso da variante palatal em determinado contextos, corroborando a hipótese de Labov (1994), e outros segmentos além do /t/ e /d/ mostraram-se favorecedores ao processo de palatalização.

No Português Brasileiro falado em João Pessoa, Paraíba, os estudos de produção a partir dos dados do Projeto Variação Linguística no Estado da Paraíba – VALPB (HORA, 1993) mostram que a palatalização ocorre em duas consoantes coronais: com taxa de 95% nas fricativas antes de /t, d/ (HORA, 2003) e em torno de 7% nas oclusivas antes de [i] (HORA, 1997; HENRIQUE HORA, 2012). Respectivamente, a primeira ocorre quando po[s]te e de[z]de se tornam po[ʃ]te e de[Ʒ]de, e a segunda quando [t]ia e [d]ia se tornam [tʃ]ia e [dƷ]ia. Este artigo objetiva investigar, na perspectiva da produção e da percepção, o processo de palatalização das fricativas coronais em coda medial e das oclusivas dentais antes de [i] no dialeto do Português falado em João Pessoa – Paraíba. Para investigar a percepção dos ouvintes pessoenses sobre a palatalização das fricativas coronais em coda medial, Henrique (2016) elaborou um experimento de discriminação de fala. Com base nas análises a partir de modelos de regressão linear, o autor constatou que a discriminação não depende do contexto precedente ao fenômeno. Com o objetivo de investigar a discriminação entre oclusivas dentais e africadas por ouvintes pessoenses, utilizando os dados de Amorim (2017), o modelo de regressão logística multivariado aqui proposto considerou como relevantes para a predição da discriminação dos ouvintes apenas as fricativas coronais como contexto precedente. Outras variáveis do modelo (Sexo, Faixa Etária, Tonicidade e Vozeamento), significativas em termos de produção, não foram consideradas relevantes pela análise. Portanto, se, em termos de produção, os dados mostram que a fricativa coronal como contexto precedente condiciona significativamente a produção da palatalização das oclusivas dentais, em termos de percepção, ela reduz o contraste entre as variantes oclusivas dentais e africadas. Como conclusão, mostra-se uma associação entre os processos de palatalização das fricativas e das oclusivas dentais no dialeto pessoense. Uma regra fonológica motiva a ocorrência de palatalização da fricativa coronal antes de /t, d/, e essa fricativa palatalizada influencia de maneira significativa a produção e a percepção da fala diante desse contexto. Em termos de produção, essa palatalização desencadeia a palatalização das oclusivas dentais e, em termos de percepção, ela reduz o contraste entre oclusivas dentais e africadas.

In this paper, we extend a technique due to Romero et al. establishing sufficient conditions to guarantee the parabolicity of complete spacelike hypersurfaces immersed into a Lorentzian Killing warped product whose Riemannian base has parabolic universal Riemannian covering. As applications, we obtain rigidity results concerning these hypersurfaces. A particular study of entire Killing graphs is also made.

Using apparent time data compared with real time data, research method called by Labov (1994) as panel study, this article aims at analyzing the process of palatalization of dental plosives /t, d/ in the Brazilian Portuguese dialect that is spoken in João Pessoa – Paraíba. Using sociolinguistic interviews from the Projeto Variação Linguística no Estado da Paraíba – VALPB corpus (HORA, 1993), collected in 1993 and 2015, a longitudinal study was conducted considering the palatalization in the speech of five participants. The main hypothesis is that the use of the palatalized variants progressed in relation to the speech of the participants, after 22 years. The results suggest that, in general, although there was a slight increase, it was statistically significant, regarding the use of affricates by the participants. This finding is consistent with the literature (BHAT, 1978), which suggests a tendency of natural languages towards palatalization., A partir de dados em tempo aparente confrontados com dados em tempo real, metodologia de pesquisa chamada por Labov (1994) como estudo de painel, este artigo tem o como objetivo analisar o processo de palatalização das oclusivas dentais /t, d/ do Português Brasileiro (PB) falado em João Pessoa – Paraíba. Utilizando as entrevistas sociolinguísticas do corpus de 1993 e 2015 do Projeto Variação Linguística no Estado da Paraíba – VALPB (HORA, 1993), um estudo longitudinal foi desenvolvido considerando a palatalização na fala de cinco participantes. A principal hipótese é de que o uso da forma palatalizada progrediu na fala dos participantes, após 22 anos. Os resultados sugerem que, no geral, houve um aumento leve, porém estatisticamente significativo no uso da forma africada pelos participantes. Esse achado é consistente com a literatura (BHAT, 1978), que sugere uma tendência das línguas naturais em direção à palatalização.

In this paper, we extend a technique due to Romero, Rubio and Salamanca establishing sufficient conditions to guarantee the parabolicity of complete spacelike hypersurfaces immersed in a weighted generalized Robertson-Walker spacetime whose fiber has phi-parabolic universal Riemannian covering. As some applications of this criteria, we obtain uniqueness results concerning spacelikes hypersurfaces immersed in spatially weighted generalized Robertson-Walker spacetimes. Furthermore, Calabi-Bernstein type results are also given., 11 pages. arXiv admin note: text overlap with arXiv:1604.04117

The major aim of this paper is to present, based on quantitative sociolinguistics, a analyse of the process of progressive assimilation that involve the dental stop consonants. First of all, one overview about the regressive assimilation, which was extensively studied in Brazilian Portuguese, will be present. Then, the contexts of progressive assimilation in the speech community of Itabaiana-PB will be analyzed. The motivation for this paper is the fact that, in the dialect from Itabaiana, the process of progressive assimilation, in words such as muito ‘many/much’ and gosto ‘like”, in which the preceding phonological context exerts influence over the following one, tend to undergo the process of regressive assimilation, such as as pote ‘pot’ and bote ‘boat’, more useful when we think about the Brazilian Portuguese. The theoretical approach underlying the research is the variation theory, or quantitative Sociolinguistics, pioneered by William Labov (1972). The data collected had already been electronically stored in the corpus from Projeto Variacao Linguistica da Paraiba – VALPB. The sample consists of 36 informants from the community, being stratified according to gender, age group and years of schooling. As result, the computer program Goldvarb (SANKOFF; TAGLIAMONTE; SMITH, 2005) pointed as favorite to the application of the rule: the gender (male gender), the level of schooling (no scholar historic since the primary), the following phonological context (high back vowel), the precedent phonological context (monophthong), and the tonicity (post-stressed syllable).

The presence of microvascular invasion (MVI) has been highlighted as an important determinant of hepatocellular carcinoma (HCC) prognosis. We sought to build and validate a novel model to predict MVI in the preoperative setting.

Post-hepatectomy liver failure (PHLF) is a dreaded complication following liver resection for hepatocellular carcinoma (HCC) with a high mortality rate. We sought to develop a score based on preoperative factors to predict PHLF.Patients who underwent resection for HCC between 2000 and 2020 were identified from an international multi-institutional database. Factors associated with PHLF were identified and used to develop a preoperative comorbidity-tumor burden-liver function (CTF) predictive score.Among 1785 patients, 106 (5.9%) experienced PHLF. On multivariate analysis, several factors were associated with PHLF including high Charlson comorbidity index (CCI ≥ 5) (OR 2.80, 95%CI, 1.08-7.26), albumin-bilirubin (ALBI) (OR 1.99, 95%CI, 1.10-3.56), and tumor burden score (TBS) (OR 1.06, 95%CI, 1.02-1.11) (all p 0.05). Using the beta-coefficients of these variables, a weighted predictive score was developed and made available online ( https://alaimolaura.shinyapps.io/PHLFriskCalculator/ ). The CTF score (c-index = 0.67) performed better than Child-Pugh score (CPS) (c-index = 0.53) or Barcelona clinic liver cancer system (BCLC) (c-index = 0.57) to predict PHLF. A high CTF score was also an independent adverse prognostic factor for survival (HR 1.61, 95%CI, 1.12-2.30) and recurrence (HR 1.36, 95%CI, 1.08-1.71) (both p = 0.01).Roughly 1 in 20 patients experienced PHLF following resection of HCC. Patient (i.e., CCI), tumor (i.e., TBS), and liver function (i.e., ALBI) factors were associated with risk of PHLF. These preoperative factors were incorporated into a novel CTF tool that was made available online, which outperformed other previously proposed tools.