1. Logística reversa das embalagens vazias de agrotóxicos em áreas produtoras de melão
- Author
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Yuri Pereira Da Câmara, Hailson Alves Ferreira, Carlos Augusto Rocha de Moraes Rego, Andréa Celina Ferreira Demartelaere, Jaltiery Bezerra De Souza, Tatiane Calandrino da Mata, Eloisa Lorenzetti, Pablo Wenderson Ribeiro Coutinho, Fernanda Nicolini, Luciano Henrique Pereira Da Silva, and Antônio Gomes Batista
- Subjects
Marketing ,Pharmacology ,Organizational Behavior and Human Resource Management ,Strategy and Management ,Drug Discovery ,Pharmaceutical Science - Abstract
O Brasil mantém altas produções de diversas culturas, dentre elas o melão na região Nordeste que vem se destacando devido ao grande consumo de agrotóxicos, tornando-se um dos maiores consumidores, com o objetivo de assegurar as altas produções, o que justifica o valor gasto na compra dos produtos fitossanitários, movimentando o mercado brasileiro de defensivos agrícolas no ano de 2021, que foi em torno de R$ 768,4 bilhões. A utilização desses dos agrotóxicos de forma excessiva e o descarte incorreto de suas embalagens pós-uso tem promovido consequências danosas à saúde pública e prejuízos ao meio ambiente. Os comerciantes precisam orientar os agricultores sobre o tratamento e os tipos das embalagens para designar o descarte correto após o uso, como também indicar as centrais de recebimento, conforme indicado pelos comerciantes. Os fabricantes devem receber as embalagens e fazer a destinação de forma apropriada e os órgãos públicos devem fiscalizar o cumprimento da legislação vigente. No entanto, o objetivo do presente trabalho foi avaliar a gestão de descarte de embalagens vazias de agrotóxicos em áreas produtoras de melão. A presente pesquisa foi aplicada de forma descritiva, coletando dados e informações sobre a devolução de embalagens vazias do setor produtivo e a saída de embalagens (encaminhadas para reciclagem ou incineração) fornecidas pela Central de Recebimento de Embalagens Vazias de Agrotóxicos dos municípios produtores de melão no período de 2017 a 2019. A análise dos dados foi realizada no programa Microsoft® EXCEL® 2010. E a avaliação dos dados foram expressos em gráficos dos tipos Linha e Pizza. Ainda que a legislação seja muito bem elaborada, por trás, há uma estrutura de coleta das embalagens instrumentalizada pelo INPEV, o fato é que existe uma falta de estímulo, quer pela inexistência de incentivo nas informações divulgadas, quer pela falta rigorosa da fiscalização por parte do poder público, visto que a logística reversa não é realizada em todas as localidades da cadeia produtiva de melão e nem abrange toda a cadeia produtiva. O INPEV não conseguiu por seus postos de coleta itinerantes e nem atingiu a totalidade dos produtores rurais que detêm embalagens para devolução nos anos de 2017, 2018 e 2019. Entretanto, não havendo fiscalização, esses produtores ficam descompromissados e não se dispõem ao cumprimento da legislação. Acredita-se que a deficiência na Fiscalização, a desinformação a respeito da devolução de embalagens de agrotóxicos para a central de recebimento, proporciona o aumento de lixo tóxico e consequentemente influencia na contaminação do meio ambiente e no bem-estar da saúde populacional. No entanto, espera-se que mais atuação e ações do governo, junto com as instituições como inpEV, têm colaborado para colocar o Brasil na primeira posição em reutilização e destinação correta de embalagens vazias do tipo laváveis e não laváveis de agrotóxicos. Visto que com o aumento da conscientização no manejo dessas embalagens e a sua logística reversa, são imprescindíveis para a redução do impacto ambiental causado pelas atividades agrícolas no cultivo de melão.
- Published
- 2023