This article focuses on media representations of ‘the South in the North’ crosscutting the European mediascape in 2015 and the beginning of 2016. Assuming that both identities and perceptions of in/security are socially constructed, particularly by means of discourse, that security is gendered and gender constructions are in turn built on dynamics of in/security, and that gendered power relations and representations are always entangled with other structures of inequality and domination such as racism, this article argues that gendered categories of othering in the media’s representations have been critical to produce and justify 1) hegemonic narratives of securitisation that aim to protect an imagined European identity and 2) counter-narratives denouncing the racial and cultural discrimination tied to the ‘North’s’ hegemonic representations of refugees. Theoretically, the article proposes a dialogue among critical, feminist, and postcolonial peace and security studies. Methodologically, it analyses through discourse analysis three highly mediatised cases by examining the social representations of the refugees, namely their gendered components put forward by representative European media outlets based in the UK. It explores their implications in terms of the consolidation of stereotypes and hierarchies of suffering according to criteria of credibility/suspicion and vulnerability/threat, and identifies some examples of media counter-narratives on refugee flows through specific gendered and racialised representations. Resumo Este artigo concentra-se nas representações midiáticas do ‘Sul no Norte’ que perpassam mídia europeia em 2015 e início de 2016. Assumindo que as identidades, assim como as percepções de in/segurança, são socialmente construídas, particularmente por meio do discurso; que a segurança é genderificada e as construções de gênero são, por sua vez, construídas sobre as dinâmicas de in/segurança; e que as relações de poder e representações de gênero estão sempre emaranhadas com outras estruturas de desigualdade e dominação como o racismo, este artigo argumenta que as categorias genderificadas de representação de Alteridade na mídia têm sido essenciais para produzir e justificar 1) narrativas hegemônicas de securitização que visam proteger uma identidade europeia imaginada, e 2) contra-narrativas denunciando a discriminação racial e cultural ligada às representações hegemônicas ‘do Norte’ acerca dos refugiados. Teoricamente, o artigo propõe um diálogo entre os estudos para a paz e estudos de segurança críticos, feministas e pós-coloniais. Metodologicamente, analisa através da análise do discurso, três casos extremamente mediatizados, examinando as representações sociais dos refugiados, nomeadamente as suas dimensões de género apresentadas por meios de comunicação europeus representativos sediados no Reino Unido. Explora suas implicações em termos de consolidação de estereótipos e hierarquias de sofrimento de acordo com critérios de credibilidade/suspeita e vulnerabilidade/ameaça, e identifica alguns exemplos de contra-narrativas de mídia sobre fluxos de refugiados através de representações específicas de gênero e raciais.