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Resumo Objetivou-se analisar a incidência de aumento e de redução do Índice de Massa Corporal (IMC) entre homens e mulheres de meia-idade segundo características sociodemográficas e classificação do estado nutricional. Trata-se de uma coorte de base populacional com 689 adultos com idade entre 40 e 64 anos seguidos por quatro anos. Verificou-se a proporção de redução e de aumento do IMC (≥1 kg/m²) segundo variáveis sociodemográficas e classificação do estado nutricional na linha de base mediante regressão de Poisson bruta e ajustada. A maior incidência de redução do IMC foi observada entre os homens na faixa etária de 55 a 64 anos (RR: 1,78; IC95%: 1,06-3,00), naqueles sem companheira (RR: 1,85; IC95%: 1,09-3,14), nos classificados com sobrepeso (RR: 2,06; IC95%: 1,13-3,74) e obesidade (RR: 2,33; IC95%: 1,24-4,35), e entre as mulheres na faixa etária de 55 a 64 anos (RR: 1,43; IC95%: 1,02-2,00) e nas classificadas com obesidade (RR: 2,10; IC95%: 1,30-3,38). A incidência de aumento do IMC foi menor na faixa etária de 55 a 64 anos entre os homens (RR: 0,62; IC95%: 0,41-0,95) e mulheres (RR: 0,68; IC95%: 0,49-0,95). Estes dados são importantes para compreensão dos fatores relacionados à variação do IMC e elaboração de políticas públicas que visem o cuidado à saúde na meia-idade. Abstract The scope of this study was to analyze the incidence of increase and decrease in Body Mass Index (BMI) among middle-aged men and women according to sociodemographic characteristics and classification of nutritional status. It involved a population-based cohort of 689 adults aged 40 to 64 years followed up for four years. The proportion of reduction and increase in BMI (≥1 kg/m²) was verified according to sociodemographic variables and classification of nutritional status in the baseline by means of crude and adjusted Poisson regression. There was a higher incidence of reduced BMI among men in the 55-64 age group (RR: 1.78; 95%CI: 1.06-3.00), in those without a partner (RR: 1.85; 95%CI: 1.09-3.14), in those classified as overweight (RR: 2.06; 95%CI: 1.13-3.74) and in those classified as obese (RR: 2.33; 95%CI: 1.24-4.35), and among women in the 55-64 age group (RR: 1.43; 95%CI: 1.02-2.00) and in those classified as obese (RR: 2.10; 95%CI%: 1.30-3.38). The incidence of increased BMI was lower in the 55 to 64 age group among men (RR: 0.62; 95%CI: 0.41-0.95) and women (RR: 0.68; 95%CI: 0.49-0.95). These data are important for understanding the factors related to the variation of BMI and the elaboration of public policies aimed at the health care of middle-aged adults.

Os efeitos agudos do exercício na rigidez arterial (RA), variabilidade da frequência cardíaca (VFC) e sensibilidade barorreflexa (BRS) têm sido estudados nos últimos anos através de modelos laboratoriais de exercício. Atendendo ao facto de que a participação em aulas de ginástica em grupo é cada vez mais frequente de se manter fisicamente ativo, é importante examinar se os resultados são transferíveis entre modelos laboratoriais e ecológicos do exercício. O objetivo deste estudo foi comparar o período de tempo de reativação parassimpática pós-exercício do coração e alterações nos índices locais e regionais da RA para diferentes classes de condicionamento físico (Bike, Pump Power e Global Training). A intervenção incluiu 24 adultos jovens e de meia-idade (entre 24 e 55 anos). As medidas ocorreram 20 minutos antes de cada aula, com os participantes em posição supina para mensuração do GER por calorimetria indireta (K5, Cosmed, Roma, Itália), em intervalos de 10, 20 e 30 minutos após cada aula. Em conclusão, mudanças no pós-exercício foram dependentes da idade, segmento anatômico e o ponto de tempo medido. Nosso estudo sugere que as evidências de ambientes laboratoriais sobre os efeitos agudos do exercício em RA, VFC e BRS não podem ser totalmente transpostas para ambientes ecológicos. The acute effects of exercise on arterial stiffness (AS), heart rate variability (HRV), and baroreflex sensitivity (BRS) have been studied over the last few years in laboratorial models of exercise. In view of the fact that participation in group fitness classes is an increasingly popular way to stay physically active, it is important to examine whether findings are transferable between laboratorial and ecological models of exercise. The aim of this study was to compare time periods of post-exercise parasympathetic reactivation of the heart, and changes in local and regional indices of AS, between different fitness classes (Bike, Pump Power and Global Training), as prescribed for health and commercially available. The intervention included 24 young and middle-aged adults (from 24 to 55 years old). The measurements took place 20 minutes before each fitness class, with participants in supine rest for the measurement of the REE by indirect calorimetry (K5, Cosmed, Rome, Italy), in intervals of 10, 20, and 30 minutes after each fitness class. Overall, changes in post-exercise responses were found to be dependent on age, anatomical segments and time measurements. Our study suggests that evidence from laboratorial settings on the acute effects of exercise in AS, HRV and BRS cannot be fully transposed to more ecological settings.