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Cardiotonic steroids are natural compounds capable of inhibiting the Na+/K+-ATPase. These steroids, such as marinobufagenin and ouabain, have been identified as endogenous substances present in mammalian plasma. Our group has been demonstrating the role of ouabain in the immune response by describing and characterizing its anti-inflammatory effect. However, there are still no reports in the literature about the marinobufagenin in this regard. Therefore, the aim of this work was to analyze, in vivo and in vitro, the role of marinobufagenin in inflammation. Initially, Swiss mice were treated intraperitoneally (i.p.) with marinobufagenin at the dose 0,56 mg/kg, the same used in ouabain experiments (LEITE et al., 2015), for three consecutive days. One hour after the last day of treatment, animals were stimulated with zymosan (2 mg/mL) intraperitoneally, in order to induce peritoneum inflammation. After 4 h, peritoneal fluid was collected and used for counting cells by optical microscopy and for quantification of proinflammatory cytokines (IL-1ß, IL-6 and TNFa) by immunoenzymatic assay (ELISA). Zymosan, as expected, induced increased cell migration and proinflammatory cytokine levels in the peritoneum. On the other hand, marinobufagenin treatment was able to reduce the total number of cells into the peritoneal cavity by reducing migration of polymorphonuclear cells. In addition, this steroid was able to reduce IL-1ß and IL-6 levels. This effect appears to be independent of TNF-a, since its levels were not affected. In addition, in vitro effect marinobufagenin was evaluated by culture of peritoneal macrophages with zymosan (2 mg/mL) or lipopolysaccharide (LPS) (1 µg/mL) stimulation. In macrophage culture with zymosan stimulation, it was observed that different concentrations of marinobufagenin (10, 100, 1,000 and 10,000 nM) did not interfere in viability of peritoneal macrophages and only the lowest concentration was able to reduce proinflammatory cytokines IL -1ß, IL-6 and TNF-a levels. In macrophage culture with the LPS stimulation, it was observed that all marinobufagenin concentrations were able to reduce nitric oxide (NO) production in these cells. Thus, from the analysis of the results, it can be suggested that there is evidence that marinobufagenin has an anti-inflammatory role in vivo and in vitro. Therefore, this work is pioneer in characterizing immunological role of the cardiotonic steroid marinobufagenin. Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES Os esteroides cardiotônicos são compostos naturais capazes de inibir a Na+/K+ATPase. Esses esteroides, tais como, a marinobufagina e a ouabaína, foram identificados como substâncias endógenas presentes no plasma de mamíferos. Nosso grupo vem evidenciando o papel modulador da ouabaína na resposta imunológica, pela descrição e caracterização de seu efeito anti-inflamatório. No entanto, ainda não há relatos na literatura sobre a marinobufagina nesse aspecto. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi analisar, in vivo e in vitro, o papel da marinobufagina na inflamação. Inicialmente, camundongos Swiss foram tratados via intraperitoneal (i.p.) com a marinobufagina na dose 0,56 mg/kg, a mesma utilizada nos experimentos com a ouabaína (LEITE et al., 2015), durante três dias consecutivos. Uma hora após o último dia de tratamento, os animais foram estimulados com zimosan (2 mg/mL) via intraperitoneal, de modo a induzir uma inflamação no peritônio. Após 4 h, o fluído peritoneal foi coletado e utilizado para a contagem das células por microscopia óptica e para a quantificação das citocinas pró-inflamatórias (IL-1ß, IL-6 e TNF-a) pelo ensaio imunoenzimático (ELISA). O zimosan, como esperado, induziu aumento da migração celular e dos níveis das citocinas pró-inflamatórias no peritônio. Por sua vez, o tratamento com a marinobufagina foi capaz de reduzir o número total de células para a cavidade peritoneal, pela redução na migração das células polimorfonucleares. Além disso, esse esteroide foi capaz de reduzir os níveis das citocinas IL-1ß e IL-6. Esse efeito parece ser independente do TNF-a, visto que os seus níveis não foram alterados. Adicionalmente, foi avaliado o efeito da marinobufagina in vitro, pela cultura de macrófagos peritoneais com o estímulo do zimosan (2 mg/mL) ou lipopolissacarídeo (LPS) (1 µg/mL). Na cultura de macrófagos com o estímulo do zimosan, observou-se que as diferentes concentrações da marinobufagina (10, 100, 1.000 e 10.000 nM) não interferiram na viabilidade dos macrófagos peritoneais e apenas a menor concentração foi capaz de reduzir os níveis das citocinas próinflamatórias IL-1 ß, IL-6 e TNF-a. Na cultura de macrófagos com o estímulo do LPS, foi observado que todas as concentrações da marinobufagina foram capazes de reduzir a produção do óxido nítrico (NO) nessas células. Dessa forma, a partir da análise dos resultados, pode-se sugerir que há evidências de que a marinobufagina possui papel anti-inflamatório in vivo e in vitro. Portanto, esse trabalho é pioneiro em caracterizar o papel imunológico do esteroide cardiotônico marinobufagina.