O presente artigo confirma a relação de simbiose entre as esferas da política, da cultura e da religião, já interdependentes e indissociáveis no período de transição entre o medievo e a modernidade. Mais especificamente, pretende-se apontar os ímpetos de vigilância e controle, característicos dos processos de confessionalização, ocorridos no início da Era Moderna, como consequência das dinâmicas de reformas religiosas. São analisadas as hierarquias, segregações e racismos, legitimados pela ortodoxia católica, que fortalecia seus vínculos com o poder civil. Há também uma atenção especial para a expansão dos mecanismos segregacionistas lusitanos em missão civilizacional. Palavras-chave: Ortodoxia católica; Confessionalização; Expansionismo ibérico.