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A hipomineralização incisivo-molar (MIH) é uma patologia caracterizada pela diminuição da mineralização dos primeiros molares permanentes frequentemente associada aos incisivos permanentes. Clinicamente, apresenta como opacidades demarcadas do esmalte (mole e poroso) de cor diferente nos dentes afetados, que ocasionalmente sofrem uma quebra pós eruptiva. Embora a etiologia desta doença, que afeta cerca de 18% das crianças, seja incerta, existem algumas dúvidas sobre o bisfenol A (BPA). Esta molécula exibe efeitos que mimetizam o estrogênio (E2), poderá ter um papel na perturbação da amelogénese. O objetivo deste estudo consiste em avaliar o conhecimento que a literatura científica atual nos traz sobre a possível influência do BPA na etiologia da MIH. Formulou-se uma questão segundo a estratégica PICOS e como orientação o PRISMA. Uma pesquisa bibliográfica foi realizada na base de dados: PubMed, Cochrane Library e ScienceDirect utilizando combinações das palavras-chave e abrangendo artigos entre 2010 e 2021 de idioma inglês. Mais de 83% da população apresenta concentração superior ao LOD nas suas urinas. A mediana das concentrações de BPA observadas é inferior à TDI. Correlação com: idade, inter-familiar, sócio-económico e localização. A hipomineralização do esmalte por BPA deve-se à perturbação de um pequeno número de genes que controlam a qualidade do esmalte, por EMPs, proteases e reguladores de homeostasia. A contaminação por BPA é principalmente oral. A exposição ao BPA durante o período crítico da mineralização dentária, enfraquece o esmalte, tornando-o mais propenso a gerar defeitos de mineralização frequentes, tais como MIH. Palavras-chave: Hipoplasia do Esmalte Dentário, Hipomineralização Incisivo-Molar, Amelogénese, Desreguladores Endócrinos, Bisfenol A, Factor(es) Perinatal.