Esta pesquisa teve por objetivo compreender como alunos com deficiência visual interagem com os diversos registros de representação e como os articulam nas atividades matemáticas sobre o Teorema de Pitágoras. Ela foi desenvolvida no âmbito do Mestrado Profissional em Ensino na Educação Básica do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu do CEPAE/UFG. Com contribuições da Teoria de Registros de Representação Semiótica (TRRS), baseou-se em Duval (2012, 2017) e Almouloud (2003, 2004, 2016, 2017) e também nas contribuições de Mello (2013, 2015) e Fernandes (2004, 2007, 2008) sobre o ensino da matemática para alunos com deficiência visual na TRRS, e Lorenzato (1995, 2015) e Kallef (1994, 2012,2016) com contribuições sobre o ensino da geometria. A pesquisa proposta é de cunho qualitativo, segundo Bogdan, Biklen (1986), Ludke, André, (1986) e Triviños (1987), com método de análise segundo Fiorentini e Lorenzato (2009). Utilizaram-se como instrumento de coleta as entrevistas com alunos com cegueira total, buscando compreender de que forma eles aprenderam o Teorema de Pitágoras e as representações associadas à geometria. Entrevistaram-se, também, professores de matemática de alunos com deficiência visual, buscando investigar como é ensinado o Teorema de Pitágoras e quais recursos esses professores utilizam no ensino-aprendizagem desses alunos. A análise verificou o quanto os recursos táteis são fundamentais para a visualização das figuras geométricas para alunos com deficiência visual e também o quanto é importante a descrição das imagens e dos conceitos associados ao conteúdo. A forma de descrever as representações algébricas também é fundamental para o aluno cego acompanhar bem o ensino em sala de aula. Com os dados da pesquisa, observando a forma como os alunos interagem e articulam com os registros de representação em matemática, foi possível elaborar dois produtos educacionais: um podcast educacional, cujo título é “Conversando sobre o teorema de Pitágoras: problemas e aplicações” e um caderno pedagógico para o professor, cujo título é: “Propostas de ensino para alunos com deficiência visual”, contendo atividades envolvendo o Teorema, observando o estudo das representações e as especificidades para o ensino de alunos cegos. This research aims to understand how visually impaired students interact with the various representation registers and how they articulate them in mathematical activities on the Pythagorean Theorem. It was developed within the framework of the professional Master’s degree in Elementary Education Teaching of the Stricto Sensu Graduate Program at CEPAE-UFG. With contributions from the Theory of Register of Semiotic Representation (TRSR), we based on Duval (2012, 2017) and Almouloud (2003, 2004, 2016, 2017) and also on the contributions of Mello (2013, 2015) and Fernandes (2004, 2007, 2008) on the teaching of mathematics to visually impaired students in the contexto of TRSR, and Lorenzato (1995, 2015) and Kallef (1994, 2012, 2016) with contributions on the teaching of geometry. The proposed research is of a qualitative nature, according to Bogdan, Biklen (1986), Ludke, André, (1986) and Triviños (1987), with an analysis method according to Fiorentini and Lorenzato (2009). Interviews with students with total blindness were used as a collection instrument, seeking to understand how they learned the Pythagorean Theorem and the representations associated with geometry. Mathematics teachers of visually impaired students were also interviewed, seeking to investigate how the Pythagorean Theorem is taught and what resources these teachers use in the teaching-learning of these students. The analysis verified how much tactile resources are fundamental for the visualization of geometric figures for students with visual impairment and also how important is the description of images and concepts associated with the content. The way of describing the algebraic representations is also fundamental for the blind student to follow the teaching in the classroom correctly. With the research data, observing the way students interact and articulate with registers of representation in mathematics, it was possible to elaborate two educational products: an educational podcast, whose title is “Talking about the Pythagorean theorem: problems and applications” and a pedagogical notebook for the teacher, whose title is: “Teaching proposals for students with visual impairment”, containing activities involving the Theorem, and observing the study of representations and specificities for teaching blind students.