1. O ensino como ferramenta de transformação social e promoção da saúde: a experiencia do Centros de Estudos e Pesquisa em Saúde Internacional e Intercultural (CSI) da Universidade de Bologna
- Author
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MARTINO, ARDIGO', SINTONI, FRANCESCO, MARTA, BRIGIDA LILIA, ARIATTI, BARBARA, BODINI, CHIARA FRANCESCA, CACCIATORE, FRANCESCA, CAMPLONE, ILARIA, CIANNAMEO, ANNA, DI GIROLAMO, CHIARA, FABBRI, ALICE, MARANINI, NADIA, TORTORETO, BRUNELLA, LORUSSO, ANGELO, STEFANINI, ANGELO, Martino A., Sintoni F., Marta B. L., Ariatti B., Bodini C., Cacciatore F., Camplone I., Ciannameo A., Di Girolamo C., Fabbri A., Maranini N., Tortoreto B., Lorusso A., and Stefanini A.
- Subjects
PEDAGOGIA MEDICA ,ENSINO EM SAÚDE ,DESENVOLVIMENTO SOCIAL ,RELAÇÕES DE PODER ,DIREITOS HUMANOS - Abstract
O Centro de Estudos e Pesquisa em Saúde Internacional e Intercultural (CSI) da Universidade de Bolonha é um centro acadêmico criado em 2006 por um pequeno grupo de ativistas da área de saúde, insatisfeitos com a falta de compromisso social na prática e no ensino da medicina. O objetivo era reafirmar a saúde como direito humano fundamental e benéfico da comunidade, abordar as relações de poder entre a profissão médica e a comunidade como fator de risco para a saúde e adotar práticas de trabalho para enfrentá-las. De forma auto-reflexiva, o CSI começou a desenvolver práticas que fossem abertamente contra-hegemônicas abrindo um espaço de trabalho acadêmico participativo, horizontal, sem hierarquias, gerenciado com a método da unanimidade, aberto a professores, estudantes, profissionais da saúde e a todos que compartilham as finalidades. Como centro universitário, o CSI pretende utilizar a pesquisa e o ensino como ferramenta de transformação social e de promoção da saúde através de diferentes ações: desenvolver pesquisas e atividades didáticas auto-reflexivas quanto às relações de poder, com abordagem de saúde global, tentando conectar os problemas locais com o contexto global, enfatizando a necessidade de uma abordagem transdisciplinar e participativa; promover a transformação dos curriculuns promovendo perspectivas multi-profissionais, participativas, capazes de modificar o saber, saber fazer e saber ser dos estudantes; facilitar o contato de estudantes e profissionais com o trabalho participativo e com metodologias quali-quantitativas, com a complexidade cotidiana na vida das pessoas, enquadrando os processos saúde-doença na estrutura das determinantes sociais e das desigualdades em saúde; fortalecer a conexão entre academia e sociedade construindo parcerias em particular com a porção mais frágil da comunidade a partir dos problemas percebidos; Hoje o centro conta mais de 30 voluntários e bolsistas de diferentes áreas, propõe mais de 150hs de didática participativa e multiprofissional, pesquisas desenvolvidas com a comunidade e colaborações com redes de promoção da saúde nacionais e internacionais. Os principais problemas encontrados são relativos à atitude conservadora da academia frente as mudanças; a dificuldade dos profissionais em abordar o tema das relações de poder e de se identificar como fator de risco potencial para a saúde; a dificuldade dos médicos em aceitar abordagens multi-metodológicas e trabalhar em equipes multidisciplinares.
- Published
- 2012