1. Diferenças comportamentais na resposta ao álcool em peixes juvenis de peixe zebrafish (Danio rerio)
- Author
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Ferreira, Maria Elisa Leite, Bonan, Carla Denise, Rachetti, Vanessa de Paula Soares, Nascimento, Manuela Sales Lima, and Luchiari, Ana Carolina
- Subjects
Metabolismo ,CIENCIAS BIOLOGICAS [CNPQ] ,Eclosão ,Etanol ,Comportamento ,Personalidade ,Ansiedade ,Zebrafish - Abstract
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior - CAPES O álcool (etanol ou álcool etílico) é, sem dúvida, a droga lícita de abuso mais consumida no mundo. O uso excessivo desta substância pode causar o transtorno por uso de substâncias, uma das doenças mais devastadoras dentre aquelas relacionadas às drogas de abuso. Os efeitos de reforço do uso moderado de álcool são resultado da interação com sistemas neurotransmissores como, por exemplo, dopamina (DA), serotonina (5HT), ácido gama-aminobutírico (GABA) e glutamato. No entanto, sabemos que alguns indivíduos são mais sensíveis aos efeitos do álcool enquanto outros são mais resistentes, resposta que pode estar relacionada a fatores genéticos e ambientais/sociais. Determinar a relação entre o perfil comportamental e uso do álcool é difícil, visto que deve ser levado em consideração tanto a análise comportamental quanto a neurofisiológica do indivíduo. A fim de melhor compreender estes aspectos do consumo de álcool, o zebrafish (Danio rerio) vem se tornando animal modelo promissor, pois oferece a possibilidade de investigação tanto sobre álcool quanto sobre diferenças individuais, possui neurotransmissores clássicos de vertebrados, além de ter elevada semelhança genética com seres humanos. Outra vantagem é o conhecido repertorio comportamental derivado da exposição ao álcool, que também mostra similaridades aos comportamentos humanos. Nesse sentido, este trabalho avaliou através de testes comportamentais se as diferenças individuais estabelecidas precocemente podem ser preditivas dos efeitos do consumo de álcool. Os resultados encontrados mostram animais emergentes precoces alteram seu comportamento em moderadas concentrações de álcool, como 0,25% enquanto animais emergentes tardios têm seu comportamento alterado em concentrações baixas de álcool, como 0,10%. Além disso, emergentes precoces são mais propensos a riscos, exploram mais o ambiente e tomam decisões mais rápidas ao contrário de animais emergentes tardios. Neste estudo foi possível observar que as diferenças individuais aparecem desde muito cedo na vida de um indivíduo. Animais com diferentes tempo de eclosão diferem comportamentalmente quando expostos ao álcool, emergentes precoces são mais resistentes ao álcool enquanto emergentes tardios são mais sensíveis, de maneira que emergentes precoces apresentam características comportamentais semelhantes ao perfil bold, enquanto emergentes tardios mostram-se mais próximos ao perfil shy. Alcohol (ethanol or ethyl alcohol) is undoubtedly the most widely used legal drug of abuse in the world. The excessive use of this substance can cause substance use disorder, one of the most devastating diseases among those related to drugs of abuse. The reinforcing effects of moderate alcohol use are the result of the interaction with neurotransmitter systems such as, for example, dopamine (DA), serotonin (5HT), gamma-aminobutyric acid (GABA) and glutamate. However, we know that some individuals are more sensitive to the effects of alcohol while others are more resistant, a response that may be related to genetic and environmental / social factors. Determining the relationship between the behavioral profile and alcohol use is difficult, since both the individual's behavioral and neurophysiological analysis must be taken into account. In order to better understand these aspects of alcohol consumption, the zebrafish (Danio rerio) has become a promising model animal, because it offers the chance to investigate alcohol and individual differences effects, it presents classic vertebrate neurotransmitters, and shows high genetic similarity with humans. Another advantage is the well-known behavioral repertoire derived from zebrafish alcohol exposure, which also shows similarities to human behavior. In this sense, this work evaluated through behavioral tests whether individual differences established early in life can be predictive of the effects of alcohol consumption. The results show that early emergent animals alter their behavior in moderate concentrations of alcohol, such as 0.25% while late emerging animals have their behavior altered in low concentrations of alcohol, such as 0.10%. In addition, early emerging are more prone to risk, explore the environment more and make faster decisions as opposed to late emerging. In this study it was possible to observe that individual differences appear from an early age in an individual's life. Animals with different hatching times differ behaviorally when exposed to alcohol, early emerging are more resistant to alcohol while late emerging are more sensitive, so that early emerging have behavioral characteristics similar to the bold profile, while late emerging are closer to the profile shy.
- Published
- 2020